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uríí espectáculo de mais decência; porquê na Verdade é um espectáculo indecente, que eu nào quuera mesmo qualificar devidamente, este estado de. cousas. Nós temos uma crise ministerial, segundo a declaração dos Srs. Ministros; e nào se lhe seguiram todos os effeitoa que se costumam seguir em todos os Paízes, onde se empregam trabalhos constantes e assíduos , para se substituir aã pessoas que deixam o Ministério. Os Ministros disseram; o Governo acabou ; quando um Governo acaba, procura-se Tòrmar outro; o meio de formar outro é escolher um homem com cujo pensamento concordem outros que se unam a elle para executar esse pensamento. Esta escolha não está feita: a pessoa indigitada pela opinião pu-bttcá para organisar o Ministério acaba de declarar solemneniente que não esta encarregado de tal missão; e alem desta declararão publica e authentica , para mim de muita fé, sou lambam informado particularmente de que tal encargo eííVctivarcpntè* nunca pesou sobre a pessoa a quem alludo. Por consèquen-òiíi estamos em crise mini^tprfttl, sem haver trabalnos tienhuns para âabirmos d'ella., <_- p='p' _='_'>

Ora agora, visto que a Camará dá apoio aos Governos, e que influe tanto para os distruir e desmanchar, deve t a J« b e.11 empregar todos os meios p;ara os reconstruir: o meio que ha para chegar a esse â m é dignificar á Coroa e ao Paiz x]ue os trabalhos Legislativos acabaram, que a Camará p.ira a sua economia, e o Paiz para seu governo pr^cialj de Ministe» rio. (O Sr. Conde da Taipa: -1- Is^o hadc Ser ha Se-gwidajeira.j Em consequência o trafulliáfmos em

Agora, se realmente o facto e' como diz o Sr. Con* de da Taipa , eu creio que toda a qu^tâo se rediu a intrigas, amai querenças, pouca intelligenciâ en« *tre os Ministros actuaes; é unia questão totía domestica, como muito bem disse o Sr. Conde da Taipa , e a Camará nào pode expiar similhatues (bisarias. '

O Sr. (rasconccllos Mascafehhás: —Coneofdo em que nada podemos fazer de i"níHr«!>se publico em quanto o Ministério não estiver presente; mat> eu lembra-Tia um objecto propfio nosso, que conviria 'murto ser tractado neste interregno, e era a revisto íío Regimento da Camará , que se reconheceu fio 'annó passado ser dá maior irnportartcra.

O Sr.. Presidente: — Eu fogo pro^oreH 'tilguns Pm-"jeétos, que rne parece pcrderfj diáculir»$e sem"a presença dó Ministério.

O Sr. Sócibra,'—Concordo perfeitamente éõtíi as

ídéás que ataba de eimttir o illuslre Deputado por

Aveiro. A Canfara não pód«, nem deve ddTar-te ;

primeiramente porque pôde haver dusida, se cons-

Uiluciona!mente estaúios aulhorisados para

03 nossos trabalhas, visto que o adiar as Cortes é uma das attribniçoes da Coroa ; e em segundo logaf parece-me que ha crraveá inconvenientes políticos neâ» ta espécie de adiamento; porque a Camará pôde regularmente occupar-se de trabalhos nas Cornmissões, ou 'mesmo no expediente de Projectos e Propostas, que1 não entendam com a política Ministerial. E nesta parte rectificou o illustre Deputado por Larnego a áua opinÍà'0, acquiescendo a este expediente.

Entretanto ainda ha urn outro inconveniente mais grave, que nào deve escapar á Camará, e é. qiiè não devemos, por um acto deapàthia e indolência* significar ao Paiz que acquièsceojos a esta interrupção sensível e fatal, que está experimentando a marcha dos negócios públicos.

Sr. Presidente, na crise financeira em que noa achamos, ha absoluta necessidade de nào perder um áó momento para prover sobre as despêzas do Esta» do, antes que chegue o fim deste rnez, praso fatal, fatalissimo, poique festão esgotado» todos os recursos de que âe podia dispor.

Ora, Sr. Presidente, havemos nas acharmd-nos nestas circumstancias, e ha de haver um Ministério tão insensível ás Calamidades publicas que prolongue este estado indefinido do Paiz, para nos vir talvez, na véspera do dia em que expirar a authorisação, que lhe foi concedida para a cobrança dos impostos, pôr-nos um punhal ao peito para lhe conceder» mós nova anthorisàçãó, talvez mais monstruosa que às concedidas? E1 preciso que o Parlamento faça sentir, de todos os modos, que resiste a este estada de desgoverno completo em todas as Repartições da Estado. Debaixo de^te ponto de vista eu estimei ou» vir dizer ao illustre Deputado por Leiria, que tenciona fazer mais alguma cousa, para que saiamos do estado indefinido em que nos achamos; parece-me que annunciouL para segunda-feira esta sua mo-çâo. Basta esta razão para não podermos suspender a* nossas Sessões. Entretanto faremos o que V. Ex»* entender, pois que e quem deve dmgir os n-egocíos da Camará.

O Sr. J. A. de Campos:—O Sr. Deputado disse que não sabia officialmente, que houvesse pessofc encarregada de uma organisação Ministerial; rnas d«Vo ponderar-lhe que e'ssa comnlunicáção não oos-lurna fazer-se ofâcialmerítè ao Corpo Legislativo; não 'é esse o estrio.

Ora, nós sabárrihs'dTías cousas vi»fficial rtitmle , que podem talvez supprir essa cornmunieaçào; a primeira e a declaração deS. Ex."1 o Sr. Ministro do Reino de que o Ministério tinha dado

Mus qual devera ser o expediente, que nós bou-"vesseíisOi de seguir para poder continuar nos trabalhos da Camará ? Aquvlle que Y. fíx.a apontou de •rfar para dft»cut>sâo alguns Projectos, qae não de1-•pendes-ern do Concurso do Governo parece*me que nào pód^r< pôr-se em pratica; porq-ie a experiência aroeira todos> os'dias. qtie-ate mí»síno n»'aquelles "objectos, q UR'pá r"ece nada têcoí» com ^agatlribuiçòes do. Executivo, a disCUssào todavia ílfsí;dbrii taes. Fe--laçopb , que sem

tórr>B «eíhi^^rra a? presença 'du Ministério.          f