O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

rã, a fallar a verdade não e compatível com as clrr cutnstanciae do momento; quando tudo esta no «*•» lado em que se sabe, apresentar-se utn Corpo Legislativo a discutir um Regimento, a fallar a verdade, era perdera consideração e a confiança ^os constituintes. Ora a medida do adiamento r como acto próprio da Camará, em vista das observações que se leoa feito, também me parece que irvvolve alguma dureza; .porque não encontro nas attributições constitucionais desta Camará o poder de adiar-se pela sua authoridade. O expediente do trabalhar «a» Com missões é quaai igual.

Ora no meio de tudo isto talvez houvesse alguma cousa a fa/er; não digo—Jemhrar a quem compete—a necessidade do Executivo entrar em suas al-tribuiçôes, mas talvez houvesse alguma cousa, que não parecesse tão directa, e seria representar o es-, ta do da Camará, que tem suspendido os seus trabalhos Legislativos; isto é, em vez de alguma mensagem a quem competisse, acerca-do exercício das suas attribuições, no que não concordo, talvez se podes-se representar que os trabalhos Legislativos eslào interrompidos. Talvez isto não involvesse dure/a, e satisfizesse as intenções da Camará relativamente a este objecto.

O Sr. Gomes de Ca&trç:—Sr. Presidente, eu inclino-me ajais áquelle parecer,

Disse-se aqui, e creio que foi o nobre Conde da Taipa , qwe só sabia que o Ministério tinha pedido a sua demissão, e que sabia que nào h.avia ninguém encarregado de nova organisação ministerial. Oia, isto é que eu declaro, como particular, que não sei: não sei se lia alguém encarregado da formação do Ministério, não tenho me*os nenhuns para o saber. Sei que uma pessoa de alta cathego-ria declarou que não estava incumbido dessa missão; mas daqui não sé se,gue que não haja alguém incumbido de organisar o J\linisterio. Por consequência parecia-me muito bem seguir o arbítrio de nos occuparmos daquellas matarias, que não dependem absolutamente da presença dos Ministros, até que possamos tradtar da urtica medida que aqui se de^e-tractar, que é a medida da Fazenda. E, Sr. Presidente, guardemos todo o nosso sangue frio, empenhemos .toda. a nossa urbanidade , em nome do Paiz, deponhamos todas as malquerenças para entrarmos na questão de finanças; porque sern se organisar a Fazenda nenhum partido pode governar.

Eu dezejana muito que algum trabalho que tive, que algum contingente que dei para se organisa-rem as finanças, se aproveite, seja quem for que dir.ija a nau do Estado; para mitn isso é indiffe-rente ; a grande questão é organisar.a Fazenda Publica; porque, não se organisando ella, não é possível nenhum Governo, não é possível a cor ne-

nh-uma política, ou se estribe na aristocracia ou na democracia, não e possível levar isto para diante.

Por tanto, Sr. Presidente,' tractemos desses ob~ jectos, como disse, que não exigem a presença do. Governo; não digo que ^stejamos^orista^teroente nesta apathia ; mas ha só três dias que o Ministério fez a sua declaração (vozes:—-ha seis dias), Em todo o caso esta e' a miaha opinião; islo.é o que sentem aqui praticado muitas vezes.

.O $r. ftugemo (f/ílmcida : — Julgo inútil canr çar a attençâo da Camará. Creio que se tem mais do que um fira em vista nesta proposta: não se tracta unicamente da impossibilidade em que estamos de discutir matérias importantes psla falta da presença do Ministério; este e um das fins, é verdade; mas ha ainda outro de reconhecida importância : a Camará tracta lambem de fazer cessar a crise em que estamos coliocados, crise ministerial , que embora pode ser similhante em muitos respeitos a outras poique temos passado, mas que em consequência do nosso estado actual:se reveste de circumstancias muilo graves. c

Nào poaso ouvir sem notável estranhesa , que se diga que isto e' exceder as nossas atiribuições: por ventura não somos Representantes da Nação? Não podemos exprimir os nossos votos acerca dos seus interesses?.... Tractamos de invadir nina prero-gativa d'um autro poder que não seja o nosso?.. » Nào; tractamos unicamente de manisfestar a nossa vontade ; e todas as vezes que a manifestarmos pelos termos marcados na Constituição, não excedemos , pelo contrario exercemos uma das nossas mais importantes attnbtiições. 'Em presença disto, Sr. Presidente, eu direi que dos diversos meios que se apresentam, nenhum pode exprimir os nossos fins d'utna maneira mais explicativa do que A proposta—que a Camará não se óccupe d'objeclo algum— que trabalhe nas suas Commissões; — desta maneira, respeita-se o principio constitucional da Camará se não adiar por si ptopna; porque se o fizesse invadiria uma ?>ttnbuição que não é sua, mas sim da Coiôa; desta maneira «ao se occupa a Camará de objectos importantes, para os quaes e' precisa a presença do Ministério, e conseguimos assim um outro fim, qual é o manifestar o dezejo veliemente que temos de que esta crise acabe quanto antes, e não nos condusa a algum desfecho desastrosamente funesto para o Paiz.

Sr. Presidente, ficarei aqui porque é este o fim que nos occupa ; se houvesse de dizer mais alguma cousa, diria unicamente que as propostas de Fazenda , a que o Sr. Deputado que me precedeu al-kidiu no seu discurso, primeiramente são desconhecidas de nós, desconhecidas complelamente; moral c politicamente fallando, não temos conhe-cimcn'o nenhum delias, *• não sei como se possa invocar a attençâo da Camará para uma cousa que ella de modo algum conhece; em segundo Jogar CA to u persuadido que a questão que divide os partidos em Portugal, que a questão em que elles eslão completamente distantes entre si, é a questão de Fazenda. (Apoiados).