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ò teírf feíto muitas vezes,que tem estado dote, três, e quatro dias sem haver Sessão; o exemplo que se deu do outro Corpo Legislativo e rnuito acertado; aquelle Corpo por suas próprias resoluções tem estado dez, e qtiinie dia» sem ter Sessão; a-inda ultimamente acabou'de expirar um praso de oito dias, durante o qual se determinou que não houvesse Sessão. K to não é um adiamento constitucional, que não pôde ser exercido senão'pelo Executivo, é um acto económico desse Corpo > alem disso, Sr. Presidente, è' força 'confessar que esta Camará se adia a si muitos dias; ainda h ontem V. Ex.a invocou o Regimento, e pediu aos Srs. Deputados lhe sugge-rissem um meio de'pôr a Camará em actividade, por que não havia numero; por muitas vezes não ha numero, assim adia-se a Camará, e os Srs. Deputados que -concorrem para esse adiamento usurpam então as atlribuiçòes do Executivo] Mas, Sr. Presidente, quando eu «cabei de faltar, e vi depois que os Srs. Deputados me não tinham entendido, pedi a palavra; tive-a, e reformei logo a minha opinião, e pedi á Camará que se collocasse na sua verdadeira posição. Sr. Presidente, dizer que nos occupemos dos Projectos para os quaes não seja absolutamente necessária a presença do Ministério^ é uma itlusão; V. Ex." deu honlem para Ordem doDia de hoje leitura de Pareceres deCommissôes ; supponhamos que esses Pareceres que se deviam tractar não precisavam deexplicaçâo alguma do Ministério ; o primeiro que se leu á Camará careceu logod'cllas; e' diificil achar um'Projecto, a não .ser o Regimeuto da Casa, ou outro objecto de similhante natureza, para o qual não seja precisa a presença do Ministério, e então, Sr. Presrdente, no jneio disto de que no» devemos occupar, a não querer mofar do Paiz? Devemo» ir trabalhar nas nossas Commissòes, dar salnda a esses Projectos que 'lá estão, para traciar-rnosdellesquando haja . M mistério. (Apoiado) As circumslancias em que nos achamos boje são mui diversas das circunstancias apuradas porque o Paiz tem passado; todo o tmindo sabe qual é a situação pecuniária do Tliesouro, todo o mundo sabe a penúria delle; lodo o mundo a sabe, -não obstante o futuro prospero que nos apresentou o Sr. Ministro da Fazenda, quando pediu'á Camará a ultima aulhorisação, que fios disse que se lh'a concedêssemos, elle espetava que havíamos t«r dias prósperos, e d ias felizes; esse&dias depois daquella feliz falia, depois dessa feliz concessão, teiu levado Portugal a uma situação a mais ferienha por que elle tem passado (Apoiado}. Sabe-se per fé i Iam e n te (fallo com sinceridade, e sem segundas inlençòee, estas expressões são filhas do profundo sentimento que me causa asituaçâo emquees-ta mós) (domado)» Sabe-se perfeitamente que o Banco.deixou du fazer desconto a diversos militares, sã* be-se muito bem que os rebatedores nào rebatem a ningu«iu ; a fome, a i inseri a «extrema, ninguém tejií meios para viver, e i&to qtiando o Paiz está na obrigação de para o mez que vem, que digo?... Jíile mez.de que já lá vão seis dias, de fazer certos pagamentos, quando os rendimentos futuros estão em Projecto, ou talvez em reallda.de, já tenham sido antecipados; ,Á vista,d'riti)a situação tão medonha, que ralA fazer ? Mostrar ao Paiz o profundo sentimento qn« nos acompanha, o desejo que lemos de ver. acabada esta c/ise terrível; e. só í lie podemos manifestar estas duas cousas indo trabalhar para -as

nossas Commissòes silenciosamente (Apoiado, apoia» do).

O Sr. Conde da Taipa: — Sr. Presidente, eu não npprovo nenhum dos expedientes que se tem proposto; elle» tem sido três, 1.° adiar-se a Gamara por dias, 2.° o trabalhar em Commissòes, 3.° o tractar de Projectos innocenles, mas não ha nenhum que nào careça da presença do Ministério. A Camará nào tem a tomar senão dous expedientes, que são: nu o estado de expectação, ou o de uma mensagem que é o que eu quero propor. Na Segunda-feira quero apresentar um Projecto de Mensagem , pintando a Sua Ajagestade oe*tado do Paiz, e pedindo* Lhe que dê o remédio de que ca recém os (Apoiado) i portanto digo eu, que este é um dos expedientes, e o outro é que a Camará se declare em Sessão permanente até que acabe esta crise, porque o Paiz... (algum r/sO na Camará) riem-se?... Pois eu lá vou agora... Oia pergunto eu, que Projectos innocontes lemos nós para discutir? E , o que quer dizer irmos discutindo alguma cousa para a qual não seja necessária a presença do Ministério?.. . Pois nós devemos t r a* ctur desses objevtos, ou tractar de ver o modo como havemos d« Urar o Paiz da expectação em que elle esia?.. . (Apoiado). Como é que nóá podemos manifestar ao Paiz o desejo de ver acabada essa expectação?... E' declarar-nos em Sessão permanente ate que vejamos acabada a situação ruinosa eco que está o Paiz (Apoiado)» O que é que está succeden-do? E' ter o Ministério o Paiz n'u;n estado de incerteza ; porque o Paiz não vê a demissão do Ministério, ninguém está encarregado de formar outro Ministério; em todas as crises Mmisteriaes todo o mundo sabe, nâooC&ciuImentè, mas ófficiósómente, que um tal está encarregado deformar o Ministério, isto é o que succede quando as demissões dos Ministérios sàofraesj e não fantásticas, quando os Mi» nisterios pedem as suas demissões francamente, e não dissiaiuiadamente para depois intrigarem ( Apoia» do); isto e o que está succedendo, e sliccedendo quando, Sr* Presidente? Quando estamos em cir-cuiu&lancias bem extraordinárias, quando estamos n'uma crise financeira!!... Quando o Ministério no» apresenta aqui um Projecto de Lei , que não e nada menos do que "introduzir"Bilhetes do Thesouro pagos com ó rebate de80 por cento ao anuo, quando se apresenta esta medida'creio que para'haver dinheiro ao praso de20 dias; tudo isto para que?... Para que chegue o instante fatal, e lermos depois de passar por baixo das forcas caudinas, e sacrificar-mos sem reparo, nem condição os rendimentos futuros; aonde vai o Paiz dar com eíl& aystema ?.. .• Este systerna e' fatal, e desgraçadamente a Nação tem de paliar por elle! (Apoiado),

Disse o Sr. Deputado por Lamego, que o Sr. Ministro da Fazenda unha dito, que &e nós. lhe concedêssemos a aulborftaçào que «He pediu, havia-mos ter diasfelrzes, editoshs; ò Sr. Deputado sabemuito bem que os homens grandes faliam muitas vezes no plural , -e quem sabe »« esses dias terta sido felizes para essa pessoa. '(Sensação e hilaridade na Camará). ' ...... ,