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%fdía fatídica, que lê m presidido á origem de todos os nossos Governos, que os tem dirigido em suas li-mitadus orbitai;, è que lhe tem preparado suas ine- , vitaveis e repentinas quedas. Isto quero eu que se entenda, como um modo de ver geral, e abstracto, que não se applica em es.pecial a esta, ou áquella .Administração.

E agora, Sr. Presidente, não terão os Governos Ii"do com meditação, nas paginas daHislofia coeva, que a Liberdade de 1820, a Realèsa de23, a Carla de 26, a Monarchia de 28, a Restauração de 34, a líevolução de 36, e o Movimento de 42, tudo nos esiá bradando, que cesse por uma vez este estado provisório, e lastimoso, que nos abracemos todos, que terminem para sempre esses ódios inveterados, e que-animados todos d'um só pensamento, d'uma f.6 f é 5 d'uma só vontade mostremos ao mundo que ainda somos dignos do alto renome de nossos a^vós ! Oh ! ditoso programmu, bello pensamento., abençoada Administração, divino o Parlamento que o concebesse, e de!lê fizesse uma realidade!

Nem se diga, que nossas dissençôés políticas transactas nos collocam em reciproca desconfiança, e continua guerra ! Nãoéassim, Sr. Presidente : ainda ha pouco um illtsslre Deputado pela Estremadura, astro brilhante desta Camará, em volta do qual giram planetas e satellites, que constituam um radioso systemá, disse nesta Casa — fui fi JI á Constituição de 38, ale' que ella deixou de ser a Lei do Estado; nunca a Irahi, e este meu comportamento político, juntou o nobíe Orador, e à mais forte garantia que eu presto de respeito, devoção, e submissão á Carla !—-Quando chegará o momento, em quê qualquer sectário d'outra qualquer crença política po?sa ser acreditado em suas palavras , quando der por fiador delias sua immutabiliJade deconducta para com os princípios que um dia esposou? igualdade até nisto, eu desejava ! Mas infelizmente quanto pelo contrario vão as cousas ! Vê-se subir n^ima rápida ascenção o homem que atirou abala aoprin» cipe proacripto, a quem tinha incensado no» dias do s^u triunfo!

Este pensamento nobre e grande, Sr. Presidente, de fiizer c >m que a F'amilia Poriugueza seja uma e indi\ isivel , que tenha uma só crença, e uma só fé', que nâ.o se distingam cores, e opiniões políticas, mas que só se attenda ao'mérito, e á virtude: este pensamento , no qual espero ser coadjuvado por muitos'dos nobres Cavalheiros, que.se sentam nos diversos lidos desta Casa, .e a base de medidas que eu tenciono apresentar um dia á consideração do Parlamento Portuguez ; ,e para cujo, edifício coíbo actualmente os maleriaes necessários, entre osquaes de (Í5UÍÍO me valerão os esclarecimentos que peço ao Governo nos seguintes requerimentos,

Entenda-se por urna \cx , que eu nestes requerimentos não lenho ide'a , ou pensamento algum reservado: não quero fazer murchar os loiíros que cingem a frente do vencedor; rnas só quero tornar menos pesadas as algemas , que arrocheiam os pulsas do vencido; ou ant*-s , Sr. Presidente, o que eu desejo c que acabe esta divisa horrorosa de vencidos.e vencedores contra os membros d'um a mesma Farni-lia , divisão que não^ se compadece com a unidade, base essencial d'uma Monarchia Constitucional, como a da nossa terra; por isso mando para a Mesa os dous Requerimentos seguintes:

REQUERIMENTO.-—Roqueiro que pela Secretaria dos Negócios da Fazenda se informe esta Camará dos títulos do empréstimo forçado contraindo em 12 de Novembro de 1831 , que foram amortisados pelas providencias dos Decretos de 31 d'Outubro , e 1.° de Dezembro de 1830", e quanto existe deste empréstimo para amortisar.—-Beirão.

Foi julgado urgente — approvado —-e que se zm-pfimisse no Diário do Governo.

REQUERIMENTO. — Requeiro quê se peçam pela Secretaria d,'Estado dos Negócios da Guerra as co-pias da Capitulação em Ourem em 1834 sendo General das Forças sitiantes o Conde do Cabo de S. Vicente; bem como a da Capitulação de Castello de Vide garantida pelo General Marques deRodil* —• Beirão.

Voi julgado urgente--,approvado—* c que se imprimisse no Diário 'do Governo.

O Sr. Presidente: — O Sr. Mariz Coelho pediu a palavra para um Requerimento, mas esta hora eslava destinada para se tractar d*ontro objecto; entretanto se a Camará convém, dou a palavra ao Sr. Deputado.

dssim se decidiu.

O Sr. Mari% ' Coelho:— Sr. Presidente, índivi-duos, que exerceram o officio d'Escrivão de Juiz de Paz, em alguns Dislrictos, e que ficaram sem os seus officios por causa da ultima Reforma Judiciaria , porque foram.supprimidos alguns destes lo-gares, queixam-se de agora de terem sido providos em alguns destes logares homens, que não eram Escrivães nem tinham serviços alguns, isto contra o Art. 141 da novíssima Reforma Judiciaria. Entendo que a Camará deve ter conhecimento deste negocio, paradar as providencias necessárias, e por isso mando para á Mesa o seguinte Requerimento. (Leu).

REQUERIMENTO. — Requoiro que pelo Ministério dos Negócios Ecclesiasticos e das Justiças se re-meltain a esta Camará.

1.° Copia do Requerimento sobre o qual recaiu o despacho do actual Escrivão dçs Juiz de Paz da Freguezia de S, Lourenço do Bairro na Comarca d'Anadia, e Synopse dos Documentos, que instruíram o dito Requerimento com informação da~ dala daquelíe despacho.

2.° Copia do Requerimento de Domingos Joaquim José da Rosa, ex-Escrivão de Paz da Freguezia de Tamengos, (no Concelho da Meai liada) ex-tincto depois da publicação da Lei de 28 de Novembro de 1840; e do Requerimento de Joaquim Ferreira deSeabra, ex-Escrivão de Paz da Freguezia de V-ilíarínho do Bairro, (no dito Concelho de S. Lourenço) extincto igualmente depois da publicação da cilada Lei de 28 de Novembro de 1840 , nos quaes pediam ser despachados em pfficios de Escrivães; informarido-se as datas em que foram apresentados estes Requerimentos na Secretaria do dito Ministério.

3.° -Syriopse dos documentos com os quaes foram instruído» os ditos Requerimentos destes dous ex-Escrivães. -.— Mariz "Coelho.

Foijulgndo urgente.

O Sr. Presidente: —Está em discussão o Requerimento do Sr. Deputado.