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«xportavam em abundância para os portos de Inglaterra; {apoiados). O Qfficio. do Encarregado actual em data de 12 de Fevereiro, que faz reviver ',a pertenção de 15 de'Janeiro, .dá-lhe um fim diffe-rente; e comtudo é para. notar que nem uma fane-o-a de mais, nem urna de menos propõe, o que parece indicar a identidade da pertenção , (apoiado). Eu não tracto por ora de mostrar o que ha de pre-iudicial., ou de excessivo em tal .pertenção, em frente do que ha de útil, e compatível, pois que a seu tempo isso se fará quando se tractár da matéria, e então se fará ver o-melhor meio de evitar o maior mal, se bem que não posso deixar de sujeitar desde ia a consideração da Camará, quanto esta conces-^sâxTtão íata, pôde ferir a nossa exportação de ce-reaes, que apresentou uxiia face agradável, e que ainda pode continuar; muito se deve attendei-a isto quando e indubitável que na Província doAIero-Teio, ha ainda um excedente de mais de cmcoen-ta mil moios dc cereaes (apoiados), accrescendo a consideração da probabilidade ;de consumo, de se-milhante quantidade de cereaes pelo Exercito Hes-panhol, nos pontos onde eíles provavelmente serão levados, que devem ser os fortificados,

A urgência lembrada pelo Encarregado de Hes-•panha, no seu Officio de 12 de Fevereiro, Unha por motivo a probabilidade cie uma invasão Caihs-tà, mas basta o termo probabilidade, empregado pelo Diplomata , para se conhecer que não devemos ser privados do tempo necessário para considerar, a par do auxilio á Causa da Liberdade da Península , os interesses do nosso Paiz (apoiado) ; e tanto mais agora se torna isto sensato, quanto as ultimas occurrencias de Hespanha, tornam mais dim-cií, ou pelo menos mais demorada, similhante invasão, quando mesmo ella houvesse de verificar-se, (Apoiados). . v. r

Por todas esta* razões parece-me inacreditável., que a Camará não annua á minha Proposta, que -vem a ser o adiamento da discussão deste Projecto por 8, 10, ou 12 dias , para que a classe Agrícola tenha logar de elucidar a Camará, e ser reconsiderado mais de espaço , e mais geralmente pelaCamará, um objecto de tanta transcendência. (Apoiados), * .

O Sr. Fonseca Magalhães:— Sr. Presidente, eu «ao entro.no merecimento do Projecto, mas parece-me que para se apresentarem razões, a fim de se so-'breestar na sua discussão, não e necessário haver interrogações sobre palavras, e basta que se allegue que é necessário tempo para se exporem algumas razões contra elle; mas amontuar uma serie de interrogações á Commissão, como se houvesse alguma dit-ficuldade já não manifestada da parte da Comnnssão para se não attenderem. essas razões, e gratuito, e parece-me que nos convém anos os membros daOorn-ínissão, sem sahirmos da ordem, explicar alguns dos motivos, que tivemos para exarar este Projecto.

Nós vimos a carta, a que se referiu o Sr. Deputado , e vimos a nota seguinte, em resultado da qual o Governo veio a esta Camará propor este Projecto. O fundamento, que ò Governo teve para fazer esta Proposta, estava nas duas notas, que nos apresentou do "Governo Hespanhoí, e especialmente na ultima; e para aCòmmissãò também foi de muito pezo a exposição do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que para mim lera a solemnidade de official, por is-

só que elle poio sou caracter Diplomático assim B apresentou, e a Commissâo tornou sentido nella. ,

O Sr. Ministro disse que o Governo Hespanhoí .pertendia uma exportação de trigo, como soccorro dado por Portugal aos seus Exércitos, que combatem • a favor da liberdade Hespanhola, e da nossa liberdade; e a Cornmissão viu-que não tendo o Governo Pórtuguez desde longos mezes prestado o auxilio, que elle deseja, e a, Nação á Hespanha d'um contingente de tropas, a que" estava ligada por Tractados, embora estes Tract£|dos fossem sofismados por algumas outras Nações, era esta a occasião, em que lhe mostrava os seus desejos de contribuir para o auxilio tio Exercito, que. combate contra o pertendente, ini--inigo da liberdade de Hespanha, e da de Portugal. Q Governo Hespanhoí fez saber ao Governo Porlu-guez, e este a esta Camará que havia necessidade de subsistência para o Exercito da Rainha de Hespanha em alguns pontos do território Hespanhoí; e ainda que o Governo Hespanhoí o não dissesse, creio que não ha nesta Camará indivíduo algum, que ignore que acolheita tem sido muito pequena nas Províncias do Norte de Hespanha, porque o Governo Hespanhoí tem-Sevado ateáquella Província trigo estrangeiro; isto e uma verdade sabida. Por consequência nós vimos a exigência do Governo Hespanhoí, e entendemos que não podíamos dar de prompto outro auxilio, senão este, enâo virnosque o trigo assim importado,, para ser exportado pelo nossos portos paraaquelle destino, tivesse outro fim ; e vimos a necessidade de dar esta 'subsistência .ao Exercito Hespanhoí. Em consequência a Comnnssão não andou de leve ; reconheceu que esta necessidade allegada era verdadeira , e entendeu que o Governo Pórtuguez podia fazer este serviço á Nação Hespanhola, e que deste auxilio vinha utpa .utilidade real para Portugal, Ora a primeira idea de opposição, que chegou ao meu conhecimento -nesta Camará, foi a do temor de que por extravio ha condução deste cereal, se introduzisse grande quantidade delle em uma, e outra margem do rio Douro, e que viesse infestar o Paiz deste contrabando.