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faltassem da maneira por que o fizeram. O nobre Deputado qúo falloti primeiramente, IÍmitoii-se a perguntar o estado em que estava o Projecto de Lei que tinha apresentado; a Cotmnissão de Fazenda, a quem foi remellido o mesmo Projecto por via do seu Relator, respondeu, declarando o estado desse Projecto; por consequência devia parar-se aqui, e não . produzir discussão nenhuma a este respeito. Eu peço pois a V. Ex.a que ponha termo a esta discussão, porque o seu resultado não e senão pura perda de tempo.

O Sr. Mendonça.: — Eu nào gastarei muito tempo á Camará, porque não rosturno faze-ío; mas tendo-se dado estas explicações, não posso deixar também de rne explicar. Não se me dá que as classes inactivas estejam relacionadas, ou assentadas em qualquer dos Ministérios; o que eu queria era que cada um dos indivíduos, que compõe essas classes, não perdesse o direito que linha adquirido.

Disse o meu nobre amigo o Sr. Ávila, que se deve pagar a todos : muito bom seria se assim fosse, porque ninguém tinha de que se queixar; mas, Sr. Presidente, não acontece assim, e nào acontecendo assim, bom era lambem que se não prejudicassem os direitos daquellés indivíduos das classes inactivas que , por Lei , recebiam suas pensões corn as classes activas, e alguns, e não poucos , ha com •este direito, porque todos sabem da existência de uma Lei, a qual manda que as famílias dos que pertenceram ao Exercito Libertador, e nelle morreram, recebam com as classes activas: ora não se fazendo isto, deixando aliás de se ter pago á classe •para onde estes indivíduos foram passados , ficam elles prejudicados nos seus interesses,, o que eu não tyuizeia ; e nisto não ha injustiça para os demais indivíduos, porque esses não tinham o direito da» quelles. E' o que tenho a ponderar, e espero que a Commissão , quando der o seu parecer, tenha esta consideração muito em vista.

O Sr. Falcão:—Sr. Presidente, et? quasi poderia desis ir da palavra ; os meus sentimentos são bem conhecidos a respeito deslas classes. Estas declama-oôes de sentimentalismo por ellas, que apparecetn «igora, sabemos nós quarilo valem, porque todos sabemos o que aconteceu no auno de 1841 , quando, se a maioria não reclamasse a favor deslas classes , nada se fazia , porque a Camará estava a fechar-se sem se ter tomado medida alguma a este respeito: esla é que e' a verdade. A tal centralisaçâò no The-souro não passa de ser urna symetria ; e com quanto se queira dizer que foi para evitar o patronato que havia nos di'fferenles Ministérios, digo que este patronato pôde continuar, ainda mesmo centralisa-do no Thesouro. Mas, Sr. Presidente, eu hoje voto por toda «qualquer medida, que tenda a dar meios, com que pagar a estas classes; porque só isto e de que se precisa, e não de nova mudança.

Disse-se cjm; em algum dos Ministérios se pagava a alguns dos indivíduos destas classes com as classes activas; digo eu, fizeram muito bem, porque o fizeram em consequência de uma Lei. Mas eu lambem sou pelo principio da igualdade : eu acho urna excrescência que haja 50 Leis para se pagar aos Servidores da Nuçào; nós temos obrigação de acudir a todas as despezas; e' isso a que se deve prover; tudo o rnais e urna decepção : meios é o de que sã carece.

O Sr. d guiar: — Sr. Presidente, pedi o palavra para urn Requerimento, o qual tem por fim o perguntar V. Ex.a á Camará , se esta matéria, que eu não sei qual é, está ou não discutida. Decidiu-se que estaca discutida. O Sr. Ávila: — Sr. Presidente, o meu amigo não percebeu o estado da questão , por isso fez o seu Requerimento : acabava-se de fazer uma c<_-n- que='que' foi='foi' de='de' tinha='tinha' junho='junho' uma='uma' explicação.='explicação.' repclli-ia='repclli-ia' essa='essa' para='para' ministério='ministério' nlio='nlio' meu='meu' pois='pois' vou='vou' presidente='presidente' palavra='palavra' a='a' tag0:_='censura:_' e='e' repel-lir='repel-lir' sura='sura' ao='ao' amigo='amigo' o='o' p='p' eu='eu' te='te' _9='_9' precisão='precisão' agora='agora' xmlns:tag0='urn:x-prefix:censura'>

Sr. Presidente, não foi sÓ a maioria, que Veio solicitar, que se pagasse ás classes inactivas: a maioria não o desejava mais, do que eu appello para os Diários da Camará desse tempo; ver-se-ha se não fui eu , que fiz passar esse Projecto, contra, ou a despeito de antipalhias, que se levantaram contra elle : digo antipathias, porque logo que eu separei a capitalisação do pagamento das classes inactivas, logo se viu quaes eram as âimpalbias , que havia por essas classes infelizes, a favor do quem tanto se havia declamado, logo se viu quem attendia mais aos rebatedores, do que aos desgraçados Pensionistas, que lhe davam por nada os seus recibos.

Sr. Presidente, eu sustentei com lodo o calor esse Projecto, e nào podia deixar de o sustentar: a Camará deve ter conhecido, o que e' a maioria quando o Governo nada quer fazer. Sr. Presidente , a maioria fez o" seu dever, a maioria interessa-va-se pelas classes inactivas, mas ella não foi adiante de mim, nern do Ministério, e como podia isto deixar de ser, se era eu, e os rne u s CoIIc-gas, a quem essas classes incommod;ivnm , pedindo-nos, que lhe matássemos a fome? Era neces-a-rio , que nós tivéssemos corações de bronze, para sermos insensíveis a tantas lagrimas, que não coí-riam por nossa culpa , mas que cumpria , que enxugássemos atravez de todas as difficuldad s. Esta e a verdade, dêmos a cada um , o que e seu, a maioria fez o seu dever, n maioria fez pelas classes inactivas tanto quanto devia ; porem o Ministério de 9 de Junho, não lhe ficou atraz.

Sr. Presidente , a maioria pouco fará quando o Ministério não caminhar á frente delia: se o Ministério por exemplo nào quizer ser económico , a maioria não o pôde obrigar a isso; pôde sim obriga-lo a retirar-se; mas não o pôde obrigar a ser económico: e desenganemo*nos, Sr. Presidente, é da essência do Governo Representativo, que o primeiro movei das reformas do Paiz seja o Governo. Se as pessoas dos Ministérios não dão garantias de quererem as reformas, pouco importa, que as maiorias as desejem. Se não diga-me a maioria se tem podido conseguir , que o actua! Ministério abandone a estrada dos desperdícios, em que tem caminhado. ( sípoiados).