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uma estrnda litoral entro o Porto e Villa do Conde, e E->poar-ude; porque nesta direcção se faz grande Com«iíe.rrio de pescado fresco, colhido na Povoa" de Víir/im , e sendo o pei\e género de alteração proíupfa nào pôde estar sujeito aos transtornos e demoras da navegação costeira. Convém também sobre maneira aperfeiçoar a estrada de Villa do Conde por Villa Nova de Famalicão a Guimarães. O Sr. Deputado sabe muito bem , que. a Província de Traz-os-Montes é provida de peixe escalado, salgado, e até fresco,, pela Povoa de Vá r?, i m , e iiiíroediaçôes ; é d*ali que vem todo o pescado para a Província de Traz-os-iVlontes, e para qnasi toda a Beira ribeirinha do Douro. Esta via de corjimu-iiicaçâo e rnuito importante, porque o peixe e para aquellas Províncias urna necessidade, e estou per-suadido que a pescaria da costa ao Norte do Porto , dando-se-l.he alguma protecção, poderia vir a fornecer alimento a uma grande parte das Povoações daquellas partes do Jleino. Por consequência sem rejeitar, a opinião do Sr. Deputado relativamente á estrada do Porto a Guimarães, entendo com tudo que deve conservar-se a estrada do Porto a Braga por Villa Nova de Famalicão; e lodus estas alterações ficam salvas no Addilamento por mim já proposto ao art.. 1.° .

O Sr. Presidente: — Eu não posso deixar de observar que se tem estado fora da matéria. Eu entendo que o que os illustres Deputados lêem dito, está ressalvado pelo Additamento- feito ao primeiro artigo, e que foi approvado pela Camará,.. .

O Sr. Mousinho (TÀlinHjutrque:— Perdoe-me V. Ex.a, mas eu não pos»o reputar inútil para uma Camará de Representantes de um Paiz, a exposição que cada um pôde fazer do eslado de Commercio , do estado Industrial, da Estatística finalmente, de cada urna das partes'desse Paiz, f Apoiados) e não juigo de modo algum perdido o tempo que com isso se gasia,

O Sr. Presidente: — Mas eu tenho obrigação de fazer chamar as, questões á ordem. (Apoiados). A Cain-arajuigou-.se instruída relativamente ao ari. l.°, e eu não posso agora consentir discussão sobre esse artigo. (Apoiados).

Ò Sr. Baptista Lopes: — Providenciando este Projecto orneio de melhorar ascommunicaçòes no continente-do Reino, parece-me que não nos devemos esquecer das Ilhas Adjacentes: enviou pois para a Mesa o seguinte • .

A n DITA MENTO : — E Ilhas Adjacentes. — Baptista Lopes.

Não foi admiti i do á discussão.

O Sr. Agostinho A lhano: — (Sobre a ordem) pedi a palavra para mandar para á Mesa uma Emenda já que o não pude fazer na occasião competente. Nenhum dos illustres Deputados que se pentam nesta Casa, tem mais empenho de que eu, em que esta Lei pnsse; eu entendo que esta é a principal Lei de meios, que é Lei de prosperidade publica, e eu não posso jamais oppor-me nem empecer o andamento de uma semilhanle Lei; mas ainda assim não são perdidas (cromo muito bem disse o. iliustre; Deputado que me precedeu) os momentos que se gastam ern examinar bem os diversos pontos de que se tracta neste Projecto. Sem embargo de que o illus-tre Deputadu satisfez em grande parte ás minhas duvidas, eíla* ainda não estão de todo destruídas, e VOL. 3.°—MARÇO —J843.

como já não posso fallàr sobre ó assumpto do arfa 1.°, por isso que já foi votado... (O Sr. José Ma« ria Grande : — Peço a palavra sobre a ordem) não tenham tanta impaciência; se entendem que com tanta impaciência hão de fazer passar a Let mais depressa, esião enganados; (Apoiados) Vamos de espaço, todos nós temos iguaes desejus que a Lei pa5»-se, mas uma impaciência assim parere que desperta a vontade de querer dizer alguma cousa. Torno a repetir, não me satisfizeram completamente as explicações dadas pelo nobre Deputado, rnuilas cousas poderia eu dizer em resposta ás suas observações, mas não quero alterar a ordem, e vou mandar para a Mesa a seguinte

EMENDA : —Proponho corno Emenda ao mappa n.° I do art. I.° na direcção da Estrada do Porto a Braga, que a direcção delia seja por a ponte dê Santo Thyrso e Landim, seguindo a estrada, que cornmumente as tropas seguem em sua marcha.— Agostinho dlbano.

O Sr. Psestdente : — Como já se votou o artigo, fica reservado este Additamento para o fim do Projecto. Õ Sr. Agostinho Albano: — Coico V* Ex.* qui-zer ...

O Sr. Lopes Branco: — Como se tem fallado sobre o artigo "@.° depois delle votado, eu usando do mesmo direito, lembro á Com missão a conveniência de eliminar do artigo, as palavras quanto for poaxi» vel, porque dependendo da boa vontade dos contribuintes ...

O Sr. Presidente: —• Noto ao Sr. Deputado que o artigo está votado...

O Sr. Lopes Branco:—Eu uso de um di.eito igual áquelle de que teem usado outros illustres Deputados ... . v

O Sr. Presidente: — Como tem o Sr. Deputado, direito a fazer urna Emenda a um artigo que já foi votado? (/Ipoiadns.)

O Sr. Lopes .Bronco :—«• Os Srs. Deputados que teem fallado, teem proposto alterações ao artigo 2.% e parece-me que devo usar do mesmo direito. Então digo eu, (e decida a Camará como entender) quê dependendo o pagamento de qualquer contribuição, que se houver de vencer para melhoramento das nossas comrnunicaçòes internas, da boa vontade do» contribuintes, e esta boa vontade sõ terá lugar, quando elles virem que as obras progridem, e sentirem as vantagens que delias lhes ha de resultar, seria conveniente eliminar do artigo 2.°as palavras quan* to for possível j parece-me que a Commissâo faria um grande serviço ao Paiz, convindo na eliminação destas palavras.

O Sr. Presidente : —- Não é possível, porque o artigo já está votado. Entrou em discussão o

Artigo 3.° Por espaço de dez annos, contados do dia da publicação da presente Lei, todos os Portu. guezes do sexo masculino contribuirão para a aber. tura, melhoramentos, e conservação das Estradas designadas no artigo 1.°, com a quantia de cem rei» em cada três mezes, sendo permittido a qualquer dos contribuintes remir a referida quantia de cem réis por um dia completo de trabalho prestado ás obras das mesmas estradas.