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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

zer o termo proprio. Basta-me invocar o sr. Osorio de Vasconcellos, que n'outro dia nos deu conta com toda a proficiencia dos difficeis trabalhos da commissão de fazenda. É por isso que os trabalhos uteis não apparecem. Muitas vezes não se trata dos assumptos para que as commissões foram eleitas, que é para apresentarem pareceres sobre as propostas do governo e projectos dos srs. deputados, que não vão ali para ficarem esquecidos e sem solução.

A commissão de fazenda trabalha ha tres mezes e...

O sr. Presidente: — Peço licença «o sr. deputado para observar que não está em discussão a proposta do sr. Mariano de Carvalho, porque ainda não foi admittida á discussão, nem tambem está em discussão a commissão de fazenda.

O que está em discussão é se ha de ou não haver sessões nocturnas, ou se as sessões de dia hão de começar ás 9 horas, ou ás 11 como manda o regimento.

O Orador: — Então que proposta é essa que está sobre a mesa?

O sr. Presidente: — Ainda não está em discussão.

O Orador: — Já eu estranhava não ter incorrido em advertencia de v. ex.ª Eu cedo, agradeço a advertencia, e se a proposta não foi ainda admittida á discussão, melhor é que o não seja, aliás a camara lucraria mais em me ouvir já, porque logo tenho de começar de novo, e não tenho d'isso vontade, nem o menor desejo.

O sr. Presidente: — A proposta a que o sr. deputado se refere fica para segunda leitura. É necessario decidir primeiro as propostas que estão em discussão e não estar a intercalar a discussão de umas propostas com a de outras, porque assim não se póde chegar a um resultado, nem isto se consente em nenhum parlamento.

Vae ler-se a primeira proposta do sr. visconde de Moreira de Rey.

O sr. Visconde de Moreira de Rey: — Requeiro votação nominal sobre esta proposta.

Não se venceu que houvesse votação nominal, e foi em seguida rejeitada a proposta.

O sr. Santos e Silva: — Creio que ha uma outra proposta que estabelece que as sessões durem pelo menos cinco horas, contando-se as cinco horas desde a abertura. Ora, se temos cinco horas de sessão diurna, o melhor é concordar que não haja sessão nocturna (apoiados).

O sr. Presidente: — Então retira a sua proposta?

O Orador: — Não tenho duvida em retirar a minha proposta, sendo approvada a do sr. Mariano.

O sr. Presidente: — Vota-se então primeiro a proposta do sr. Mariano de Carvalho, mas vae primeiro admittir-se á discussão.

Foi admittida.

Posta a votos foi approvada.

O sr. Santos e Silva: — Peço licença para retirar a minha proposta.

Foi retirada.

O sr. Rodrigues de Freitas: — Peço a v. ex.ª que tenha a bondade de dizer qual é a hora a que na segunda feira se deve abrir a sessão?

O sr. Presidente: — Ás 11 horas, que é o que manda o regimento.

O sr. Falcão da Fonseca: — Peço a v. ex.ª que consulte a camara sobre se permitte que na primeira parte da ordem do dia de segunda feira se discuta o projecto n.º 28 sobre a creação de um logar de agrónomo em cada um dos districtos.

O sr. Presidente: — Na segunda feira não póde deixar de continuar o debate encetado pelo sr. Barjona, não posso tambem deixar de dar para ordem do dia a continuação do projecto n.º 25 sobre bancos. Está a votação empatada, e é necessario resolver este negocio.

O sr. Falcão da Fonseca: — Mas é sem prejuizo dos projectos que v. ex.ª acaba de mencionar.

O sr. Presidente: — Mande o seu requerimento para a mesa. A ordem do dia para segunda feira é a continuação do debate em relação á interpellação do sr. Barjona de Freitas e a continuação do projecto n.º 25 sobre bancos, e mais os projectos n.ºs 26 e 21 se houver tempo.

Peço aos srs. deputados que compareçam ás 11 horas.

Está levantada a sessão.

Eram quatro horas e tres quartos da tarde.