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nistro das obras publicas, n'uma das sessões passadas, sobre a difficuldade em que te via para mandar proceder immediatamente á construcção d'esta estrada.

Disse s. ex.ª que = o additamento á tabella n.° 3 só podia ser introduzido nesta tabella, quando para isso fossem votados fundos especiaes =. Ora eu entendo que o artigo 33.° da respectiva lei, que considerava aquellas estradas como estudos urgentes, resolve este negocio, porque esse artigo determina muito expressamente que = á proporção que se forem concluindo os trabalhos indicados na tabella n.° 3, se devem ir introduzindo na mesma tabella n.° 3 as estradas que foram contempladas como urgentes no additamento a essa tabella =. Portanto á vista do que dispõe o artigo 33.° da lei entendo que s. ex.ª está perfeitamente habilitado a mandar construir aquella estrada com toda a urgencia.

Eu desejava tambem dizer alguma cousa, ou antes repetir um pedido que fiz n'esta casa quando se discutiu a distribuição da contribuição predial.

Eu chamei então a attenção do sr. ministro da fazenda sobre a necessidade urgente de mandar pagar aos louvados e informadores que serviram na confecção das matrizes de 1861. No Algarve não me consta que se tenha pago aos louvados que serviram de 1861 a 1863 em nenhum dos concelhos, mas o que posso assegurar á camara é que determinadamente no concelho de Lagos se não tem pago a nenhum (O sr. João Antonio de Sousa: — E tambem nos outros.) Eu entendo que esta divida é sagrada, e que o governo não deve protelar por mais tempo o seu pagamento.

V. ex.ª sabe perfeitamente quaes são os inconvenientes que resultam de se não pagarem estes debitos, e do mau serviço que pôde esperar-se dos louvados e informadores se tiverem de proceder a novas matrizes.

Este negocio portanto parece-me de consideração, e julgo que o sr. ministro não deixará de lhe prestar a maior attenção, mandando com urgencia proceder a este pagamento.

De resto eu podia n'esta occasião levantar algumas das asserções que foram apresentadas n'esta casa quando o illustre deputado por Loulé, o sr. João Antonio de Sousa, fallou contra a directriz da estrada do litoral, mas o negocio já vae longe e o meu collega, o sr. Bivar, disse já, na minha opinião, bastante para destruir quaesquer apprehensões que o illustre deputado por Loulé tenha tido a respeito da directriz d'aquella estrada. Permitta me porém s. ex.ª que eu discorde especialmente na apreciação que fez a respeito do pouco zêlo dos seus collegas, deputados pelo Algarve.

O sr. João Antonio de Sousa: — Está enganado, o contrario d'isso é que eu fiz.

O Orador: — Bem, como o illustre deputado diz que não foi essa a sua intenção, não digo mais nada. Era uma injustiça que o illustre deputado fazia, não digo a mim, mas a todos os meus collegas do Algarve, que têem pugnado aqui sempre com zêlo e intelligencia a favor dos interesses d'aquelle paiz.

A respeito da directriz da estrada do litoral, digo que, aquella directriz nunca pôde tomar por ponto de partida a cidade de Tavira que não é a capital do districto.

A estrada que ligasse Tavira com Loulé seria utilissima; mas a directriz que o illustre deputado pretendia que se seguisse afastou-se precisamente da denominação que nós dêmos aquella estrada, porque a estrada que seguisse por Santa Catharina a Loulé não podia ser a estrada do litoral, e deixava de tocar no ponto principal da provincia, que é Faro.

Não digo mais nada, folgando muito de que o illustre deputado rectificasse as suas expressões, de modo que me deixou a convicção de que não houve da sua parte a menor allusão desfavoravel aos seus collegas do Algarve.

O sr. Annibal: — Mando para mesa quatro requerimentos, pedindo esclarecimentos ao governo, e uma nota de interpellação.

O sr. Abilio da Costa: — Mando para a mesa uma representação da camara municipal de Tábua, pedindo que se discuta e approve o projecto de lei sobre a liberdade do commercio dos vinhos.

O sr. Pinto de Magalhães (Antonio): — Mando para a mesa o seguinte requerimento (leu).

O sr. Rojão: — Mando para a mesa varios requerimentos dos sargentos do 2.° batalhão de veteranos, pedindo que se lhes dê uma gratificação alimenticia, como se deu aos sargentos do exercito; e achando de toda a justiça este pedido, rogo a v. ex.ª que dê a estes requerimentos o conveniente destino.

ORDEM DO DIA

CONTINUAÇÃO DA DISCUSSÃO, NA GENERALIDADE,

DO PROJECTO DE LEI N.° 19

O sr. Presidente: — Tem a palavra o sr. Claudio José Nunes para continuar o seu discurso.

O sr. C. J. Nunes: — (O sr. deputado não restituiu o seu discurso a tempo de ser publicado neste logar.)

O sr. José da Gama: — Mando para a mesa tres pareceres da commissão diplomatica.

O sr. Ministro da Marinha (Mendes Leal): — Mando para a mesa a seguinte proposta.

O sr. Presidente: — Tem a palavra o sr. Casal Ribeiro.

O sr. Casal Ribeiro: — A hora está tão adiantada, que me parecia rasoavel, que v. ex.ª e a camara me concedes sem licença para começar ámanhã (apoiados.)

O sr. Presidente: — Fica lhe reservada a palavra. Amanhã ha trabalhos em commissões.

A ordem do dia para sexta feira é a mesma que vinha para hoje.

Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde, menos dez minutos.