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núncio á palavra ; não porque creia, que o que eu circumstancias do nosso paiz, que nada se perde disser, augmente o queeslá dicto, mas porque real- etíi quanto á independência do caracter dos i

mente entendo, que a matéria e digna de consideração.

Sr. Presidente, pôde ser que a matéria esteja discutida, comtudo, no meu fraco entender, seria bom responder a algumas observações, que eu entendo terem sido feitas com a maior sinceridade, que e possível, do meu nobre amigo o illustre Deputado o Sr. José Maria Grande.

Sr. Presidente, aqui realmente não ha a considerar o quantum, não ha mais tostão menos tostão,

viduos, e pelo contrario se ganha ; e que a recepção do subsidio, longe de obrigar um homem a tornar-se dependente, o põe em estado de o não ser. Bastam estas considerações.

Agora, Sr. Presidente, não sei na minha própria situação, como hei de considerar o additnmento, que foi admitlido; mas digo desde já que se esta Camará decidisse, que o Deputado houvesse de ac-ceitar o subsidio, e renunciar ao ordenado do Governo, eu acceitava o subsidio e não queria perder

aqui é a moralidade da cousa, (apoiados) É ou não a honra de ser Deputado. Mas nós não devemos ^constituir os representantes da Nação n'urna certa pôr todos os homens a esta prova, e encher a Ca-

dependencia, priva-los da independência que elles devem ter como representantes do povo, o subsidia-los, ou não? A minha opinião, pronunciadamente, é que o Deputado subsidiado pôde ser mais independente, que o Deputado não subsidiado, (apoiados)

Ora eu ouvi o meu nobre amigo recorrer a exemplos de nações, aonde os Deputados não são subsidiados, mas tremo de dizer o que sei sobre isso: bem traclado, segundo aquella idea, de que os pré-(opoiados) julgo que não é necessário, porque todos gadores devem não ser Freis Thomaz; (riso) e não os que aqui estão, o sabem: eu não quero lembrar se diga, que eu estou defendendo a minha própria

entrego .esta causa, que não só e minha,

mara de,mestres de latim, (riso) e também alguns secretários dos governos civis. ... eu digo.. . . não digo nada. (riso) Se nós não devemos ter outra remuneração mais do que o praser da consciência de servirmos bem o nosso paiz, também não creio que devamos ter castigo ; porque isso seria castigo.

Mas na verdade este negocio tractado por rnim não pôde ser bem tractado, ao menos não pôde ser

o blak book de Inglaterra, nem quero marcar o caminho, que seguem n'outras partes certos representantes de outras nações.

Sr. Presidente, e necessário constituir n*uma certa independência os representantes; a Carta mandou que o homem, que tivesse 400^000, reis fosse hábil para ser Deputado, mas entenda-se bem, que cousa são 400$OOQ reis para um chefe de família.

Sr. Presidente, o exercício destas funcçôes e' nobre, e eu entendo que comais nobre; mas, em verdade, em quanto elle dura, priva-se o homem de exercer outras funcçôes. E muito grave esta consideração, ^especialmente para os pais de família; porque eu não sei, nem posso conceder ao coração humano a preferencia entre o amor á pátria, e o «mor aos filhos, e Deos rne livre lembrarnio-nos disto, e não entremos nisto. O Deputado que tem subsidio, está em maior probabilidade de ser independente, do que estaria se o não tivesse; em maior

causa

mas de muitos, á consideração da Camará, e, repito, se a Camará assentar, que os Deputados empregados devem renunciar ao seu ordenado para acceitarem o subsidio, se eu liver a. honra de ser eleito Deputado, não hei de renunciar á cadeira de Deputado, porque considero nella a minha maior honra, e digo mais, e permitla-se-me este desafogo pessoal, e muita gente que rne ouve, o sabe, eu nunca tive ambição por outra cousa, desejaria poder desempenhar os rneus deveres como me incumbe, e creio que todos o desejamos.

Agora eu não percebi uma allusâo , que o meu nobre amigo o Sr. Agostinho Albano fez ás festas da revolução franceza chamadas — sansculotidcs na- ' quelles dias intercallados do anno, como não percebi, não direi nada.

Sr. Presidente, nós podemo-nos enganar, todos nós podemos enganar-nos, e já está dicto por um

probabilidade, porque, Sr. Presidente, a indepen- grande filosofo—que não ha absurdo humano, que cia tern limites, diz um filosofo profundo Mr. de "5 ' "1! ' '"

Châteaubriand) que todos nós conhecemos, que a alma grande do homem chega a muito, elle pôde renunciar ás honras, elle pôde renunciar ao luxo, ás carroagens, aos covallos; mas não pôde renunciar nem ao comer nem ao calçar, riem ao vestir;

seja digno de respeito, olhando para a inten-são boa daquelle, que o proferiu. Eu não approvo a idea do meu nobre amigo o Sr. J. M. Grande... (j4qui proferiu o Sr. A lhano algumas palavras, que não percebemos). Eu não tenho culpo do nobre Deputado rne não entender, disso não tenho.. . ou

em chegando a e*>te termo acabou a virtude, aça- lerei; mas o que digo e', e para lhe mostrar que

bou-se a independência. Não levemos o negocio a ~~ "*- --<_-- p='p' _-----='_-----' _-='_-' _='_'>

tanto, o que se concede não e muito, mas ajuda o que cada um tem de per si, mas constituo uma certa facilidade, rnas livra de cuidados, e cuidados sérios, que lhe podem tomar o tempo, em prover á Subsistência ria sua família, e n'urna palavra isto são caseiriccs, permitta-se-me a frase, em que não devo entrar aqui, mas que são facilmente compre-hendidas por todos, (apoiados)

Neste caso, e como já disse, segundo o exemplo de paizes bem liberaes, aonde esta matéria se tem agitado e questionado, e aonde tem sido o voto qua-ãi geral pelo subsidio dado aos Deputados, não ha duvida nenhuma, que nós devemos concluir (e eu agora repito o que já dis?e)j attendendo mesmo ás SESSÃO N." 15.

me não referia ao nobre Deputado, que a opinião apresentada pelo Sr. J. M. "Grande, que eu contrario, com quanto a não julgue tão rasoavel como a minha , não a posso altribuir a causa que seja culposa , esfá explicado. (O Sr. Agostinho Àlba-no : — Também me declarei a esse respeito). O Orador:— Esta susceptibilidade do meu nobre amigo não enfada, porque sei de certo, que elle faz justiço á sinceridade com que eu fallo ; tenho pena de que o nobre Deputado não faça justiça ás minhas expressões. (O Sr. Agostinho sílbann : — A essas não faço eu justiça). O Orador: — Tenho muita pena e custa-me muito, mas que lhe hei de eu fazer (riso).