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ou é querer que a Camará administre, saindo fora da orbita das suas attribuiçòes, porque isso compete ao Governo, ou então e quere-la expor a s«r desconsiderada complelamenle; porque se a votação desta Camará não vai produzir o efTeito que se tem em vista, realmente a Camará fica desairada e muito desairada.

Sr. Presidente, não e a primeira vez que Propostas desta natureza, de recommendação ao Governo sobre qualquer objecto, aqui teem sido trazidas, e a Camará tem sido sempre conforme na ide'a, de que tal recom-mcnduçâo se não deve fazer; ale de Pareceres da Commissão- de Petições se tem alterado essa redacção em muitas occasiões.

Mas eu ouvi dizer que estas estradas são feitas por outro modo, que são estradas feitas por donativos. (O Sr. Plácido: — Não, Senhor). Pois são ou não são? Se são, quero até que se irrogue um voto de censura ao Governo, porque havendo quem faça gratuitamente essas estradas, o Governo as não tem mandado fuxer; rnas se o não sàr>, não ha logur a tra-ctar delias aqui sobre um Kcquciimonlo. O que vejo c que os illustres Deputados estão em conlradicção, e então a Camará deve rejeitar os Requerimentos que opparecem neste sentido de dnr preferencia mais a uma do que a outra estrada. Pois a Camará não vê que cada urn de nós tem em vista uma estrada, e que approvando o Requerimento de um Sr. Deputado, teci) depois nccesssidade de approvar outro e outro? K sabe V. Ex.a o que isto traz comsigo? E nós não fazermos mais linda d<_ que='que' de='de' iniciar='iniciar' consequência='consequência' estradas='estradas' feitura='feitura' volo='volo' p='p' por='por' similhanlt-s='similhanlt-s' contra='contra' cie='cie' requerimentos.='requerimentos.'>

O Sr. P latido de. Abreu: — Na verdade estou admirado do que lenho ouvido, e muito mais do que disse o illustre Deputado pelo Alem tojo. Sr. Presidente, não se querem fazer estradas no Minho por donativos, ninguém disse similhanle cousa; o que só disse foi, que havendo Companhias que ns querem fazer, pedorn que se façam os trabalhos preliminares, e que depois se ponham a concurso; portanto o que se pode é que o Governo acceda a similhanle rogativa ( Apoiados )> Não se pede dinheiro ao Governo, pc-de-se só que feitos os trabalhos gráficos ponha a concurso H construoção destas estradas. Ksle systerna não e admissível em todo o Reino ; a estrada, por exemplo, a que se refere o Sr. Fe r ré r, não está neste caso, para rssa ha de o Governo por força prestar alguns meios, porque os rendimentos dessa estrada não são suficientes para fazer face á amortisação do capital que se ha de gastar com ella, e ao mesmo tempo aos juros.

Devo igualmente declarar ao Sr. Soure, que não ha nisto censura alguma ao Governo, porque o Governo já ulilisou a Companhia que scorganisou, con-traclando com ella a construcção das duos estradas do Porto a Braga, e do Porto a Guimarães; assim estou certo que lambem utilisará os serviços patrióticos das que de novo se tentam organisar na província, e cujos principaes Auclores pedem que se proceda aos respectivos trabalhos gráficos. — Assim já *ê S. Ex." que em rneu pedido não ha qualquer inconveniente, e muito menos censura ao Governo, o que eslava muito longe das minhas intenções, e que tinha direito a esperar, que S. Ex.a não viesse assim devassar.

O Sr. Leonel Tavares: — Eu devo declarar que quando votei pelo Requerimento dos Srs. Plácido o

Ferrer, não tive idea alguma do. fazer censura ao Go. verno; e porque se havia de fazer censura ao Governo, por não ter approvado as Companhias? Ainda não estão formadas, agora e que se tracta desse objecto, c o Governo não o fez até agora porque não tinha com quem.

Ora a Camará dos Deputados, em geral o Parlamento, todos os dias está chamando a attençâo do Governo sobre negócios importantes, e nisto não lhe faz censura nenhuma; pois não se tern aqui fallado em estradas, em canacs, em pontes e outros objectos ? E ha nisso alguma censura ! De certo que não. Ora eu não disse que os povos estavam promptos a fazer a estrada sern dinheiro; disse — que os povos estavam promptos a concorrer com os meios que podessem : — de certo que não pódern concorrer corn tudo, mas o Governo pôde ajuda-los com alguma cousa, e aproveitar o empenho que ha de formar Companhias para essas estradas. Por consequência não estejamos aqui a fazer bulha com cousas

O Sr. Plácido de. Abreu:—Pedi a palavra somente para fazer uma declaração á Camará, c vern a ser a seguinte; que na estrada de Braga a Miran-dela estão já concluídos os trabalhos gráficos, na da Ilcgoa a Villa Real estão-se fazendo. Na estrada cie Arnarante á Rego a tem-se já gasto dezasete contos de rei*; e também ha obras na estrada da Regoa a La i nego. — lia dinheiro em cofre para os trabalhos do Douro, c ou, instei muito, quando era Director

O Sr. Ferreira Pontes: — Sr. Presidente, peço novamente a palavra para mostrar que não houve inexactidão ou exàggeração da minha parte, quando aflirmei que no Districto de Bragança se não havia ainda feito urna braça de estrada, nem constava que se tivesse procedido a trabalhos alguns preparatórios para esse fim, corno parecia em vista do que aílirmoti o illuslre Deputado que me precedeu Poder-se-ha ter procedido a esses trabalhos, mas (í no Gabinete; no campo, não consta isso, nem o Publico tem conhecimento delles em quanto não apparecem.

Disse-se aqui, Sr. Presidente, que em uma estrada daquella província se haviam gasto dezasete contos de reis: não duvido desta asserção; mas essa estrada é a que vai de Amarante á Regoa, e fica em uma extremidade da província, chegando apenas a um ponto do Douro. K ainda que não nego a utilidade delia para ligar a Beira com o Minho, com tudo na de que eu íallei, é na que atravessa pelo meio a província de Traz-os-Monles, e que vem designada na Lei das Estradas corno uma das principaes, e a que é preciso altender cm primeiro logar.