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de uma similhante doutrina, porquanto resolveu que se não tomasse aqui conhecimento de objecto algum sobre obras publicas, sem que viesse convenientemente preparado. Foi uma resolução desta Camará sobre Proposta do Sr. José Estevão. A Camará de 1837 nas melhores disposições auctorisou certos contractos para se fazerem estradas publicas, e o resultado qual foi? Foi uma perda gravíssima para o Paiz, nem uma única legoa de estrada, e embaraços immensos á única industria que nos pôde regenerar. E isto porque? Porque se contractou ás cegas e sem primeiro se terem feito os necessários estudos. Só na estrada de Lisboa ao Porto perdemos o rendimento da ponte de Sacavem, da ponte do Porto, G demais perto de setecentos contos de reis. Aqui tem pois, V. Ex.a, Sr. Presidente, o resultado do* contractos inconsiderados e sem base, e é certo que se se tivesse procedido primeiro aos competentes e necessários dados technicos, muito se poderia ter feito corn quantias tão avultadas, e com rendimentos tão producti-vos.

Eis-aqui porque eu fiz o meu Requerimento, é para que o Governo se não fie só nos trabalhos e orçamentos que lhe apresentarem essas Emprezas, porque se se fiar nisso ha de ser muito e muito illudi-do apesar da intervenção dos seus Engenheiros, embora útil eefficaz. Em um orçamento de tanta magnitude, por pequena que seja a variação nas suas bases, pôde dar resultados com differenças de sommas consideráveis; c por consequência uma perda real para o Estado.

O trabalho que peço no meu Requerimento para o Governo mandar fazor, embora de momento, não será todavia de grande despeza, e o Governo fica assim habilitado com uma base para poder contrariar corn algum conhecimento de causa. Por consequência o meu Requerimento não importa o Adiamento do Parecer da Commissâo, pelo contrario dá ao Governo os necessários dados para poder saber o que contracta. Diz-se, importa muita dinheiro; pois um estudo preliminar d'aqui ate Santarém, e de Santarém á fronteira de Hespanha será objecto de muita despeza ? Três contos de reis serão sufficientcs — (O Sr. Holtreman: — Como e que se gastam só três contos de réis?) O illustre Deputado confunde o trabalho definitivo com o que eu aconselho e perlendo se leve a effeito.

Não se tracta de um trabalho definitivo, tracta se de um trabalho que auctorisa esse trabalho definitivo, e que muito bem o pôde substituir em consequência das exigências c dados positivos que lhe ad-ditei — (O Sr. Holtreman: — Então se é isso só, não serve para nada). O illustre Deputado apresenta uma similhante proposição, por que, certamente, não leu o rneu Requerimento — Estranho a uma matéria, alheia da sua profissão, ignora que a practica em todos os Paizes é nunca proceder-se ao Projecto definitivo sem primeiro se ler feito o reconhecimento geral. — Este trabalho, pois, cerco eu de laes cautellas, e peço seja acompanhado de esclarecimentos e dados taes que sem duvida alguma fornecerá ao Governo uma base segura para poder contractar com todo o conhecimento de causa.

Disse-se que o Governo tem a seguir os dois meios únicos de contractar —ou adjudicar somente o uso-fructo da linha de ferro, ou dar o uso-fructo por um determinado numero deannos e um mínimo de juro

sobre o capital elícelivamcnte despendido, com uma amortização rasoavel ; — <_ de='de' de3-ta='de3-ta' alguma='alguma' corn='corn' governo='governo' parte='parte' do='do' graciosa='graciosa' pelo='pelo' meio='meio' uso='uso' frança='frança' verdadeira='verdadeira' menos='menos' um='um' faz='faz' presidente='presidente' tal='tal' como='como' practica.='practica.' ultimo='ultimo' acerto='acerto' preliminares='preliminares' única='única' queremoá='queremoá' lambem='lambem' asserção='asserção' em='em' sr.='sr.' gráficos='gráficos' cousa='cousa' queremos='queremos' este='este' esta='esta' trabalho='trabalho' paizes='paizes' prescindir='prescindir' algum='algum' servir='servir' complelamerite='complelamerite' parlamentar='parlamentar' inglaterra='inglaterra' que='que' preliminar.='preliminar.' practique.='practique.' fazer='fazer' trabalhos='trabalhos' tanto='tanto' nós='nós' ordernsem='ordernsem' exclue='exclue' elle='elle' inquérito='inquérito' louvamos='louvamos' se='se' nos='nos' para='para' caminhos='caminhos' outros='outros' sem='sem' não='não' ferro='ferro' respeito='respeito' mas='mas' _='_' só='só' corno='corno' a='a' nunca='nunca' sendo='sendo' hespanha='hespanha' os='os' e='e' apoiados.='apoiados.' é='é' o='o' p='p' mandar='mandar' eses='eses' proceder='proceder' lá='lá' contractar='contractar' ha='ha' tudo='tudo' preferido='preferido' da='da' podo='podo' base='base' fizeram='fizeram'>

A Camará resolva como quizer, o que eu desejo é que as minhas opiniões fiquem consignadas. Como Engenheiro civil, como Deputado, e como homem amante do meu Paiz intendi que devia pedir que só procedesse a eale trabalho para o Governo não ir contraclar ás cegas; intendo que fix. o meu dever, e vá u responsabilidade depois aquém competir. Sem fazer injuria a pessoa alguma eu devo dizer a V. Ex.a que ninguém mais do que eu reconhece a necessidade de fazer a linha de ferro que deve ligar Lisboa a Madrid; todavia, intendo quequanlo maioréaneces-sidade, maior deve ser a prudência do nosso proceder.