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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Ballastro com 30 centimetros de espessura 870 metros cubicos a 415 réis..........361$050

2:937$939

O custo nos 83 kilometros do Casevel á Portella das Silveiras será: 2:937$939 X 83 = 243:848$937.

CAPITULO VII

Edificios e obras accessorias

Vias de resguardo 2 kilometros a 2:937$939 réis..............5:875$878

Cruzamentos e mudanças de via, 10 a réis 100$000............ 1:000$000

Signaes semaphoricos, 5 a 221$500 réis…………………………………………………….. 1:107$500

Passagens de nivel, 18 a 605000 réis...... 1:080(5000

Casas de guarda e partido, 9 a 828$000 réis................. 7:452$000

Casas de guarda, 9 a 430$000 réis........................... 3:870$000

Poços, 4 a 590$000 réis..................................... 2:360$000

Reservatórios, 4 a 350$000 réis............................. 1:400$000

Bombas, 4 a 260$000 réis.................................... 1:040$000

Telegraphos, 83 kilometros a 55$000 réis……………………………………………... 4:565$000

Estações telegraphicas, 4 a 160$000 réis…………………………………………………... 640$000

Estações, 4 a 3:600$000 réis............................... 14:400$000

44:790$378

Segundo o orçamento feito pelo engenheiro chefe da secção de Faro, a quantia necessaria para o completo acabamento da parte comprehendida entre a Portolla das Silveiras e Faro é: No caso de via larga, 323:000$000 réis; no caso de via reduzida, 260:000$000 réis.

Resumindo as differentes verbas, temos:

Capitulo I — Estudos................. 8:300$000

Capitulo II — Expropriações......... 20:060$284

Capitulo III — Terraplenagens...... 412:129$140

(Pontões, aqueductos e canos…………….. 111:030$150

Capitulo IV Pontes................. 131:000$000

(Túneis............................. 76:000$000

(Muros de supporte.................. 74:822$970

CapituloV Desvios de cursos de aguas 14:913$040

Capitulo VI—Via................... 243:848$937

Capitulo VII — Edificios e obras accessorias.......44:790$378

Acabamento da secção comprehendida entre a Portella das Silveiras e Faro..... 260:000$000

Alargamento da estação de Casevel, fiscalisação e despezas imprevistas........ 63:105$101

Importa, pois, na quantia de 1.460:000$000

o caminho de ferro de via reduzida de Casevel a Faro, para a exploração do qual julgo sufficiente nos primeiros tempos a acquisição do seguinte material circulante:

10 locomotivas, a 6:000$000 réis....... 60:000$000

4 carruagens de 1.ª classe, a 1:800$000 réis......... 7:200$000

8 carruagens mixtas de 1.ª e 2.ª classe, a 1:500$000 réis... 12:000$000

16 carruagens de 2.ª e 3.ª classe, a réis 1:060$000........ 16:960$000

60 wagons descobertos, a 338$000 réis... 20:280$000

50 wagons cobertos, a 540$000 réis..... 27:000$000

6 fourgons, a 800$000 réis.............. 4:800$000

148:240$000

Esta importancia elevará emfim a 1.608:240$000 réis o custo do caminho completo para ser explorado.

A importancia a despender no acabamento do caminho, sendo a via de lm,67, é:

De Casevel á Portella das Silveiras, orçado em...... 2.155:023$470

Da Portella das Silveiras a Faro...................... 322:807$780

2.477:831$250

Addicionando a esta importancia o custo do material circulante necessario ao augmento do trafego, e que foi orçado em 149:104$000 réis, resulta, em numeros redondos, a quantia de 2.627:000$000 réis.

O acabamento do caminho de ferro do Algarve dará, pois, na construcção uma economia superior a 1.000:000$000 réis, se a parte comprehendida entre Casevel o a Portella das Silveiras for construida para uma via de 1 metro de largura.

Esta economia é em verdade notavel, e não ponho em duvida que ainda na exploração as maiores despezas a que as baldeações obrigam serão bem compensadas no menor despendio de reparação de via o de tracção; mas a comparação que venho de fazer é entre um caminho de ferro de 1 metro de largura de via, em que são admissiveis raios de curvas de 120 metros, e outro, de lm,67 em que as curvas não podem ser traçadas com raios inferiores a 300 metros.

A differença dos orçamentos seria de certo bem menor se a comparação fosse feita com o traçado do via larga executado pela antiga empreza concessionaria do caminho de forro do sueste, ou ainda com o do engenheiro Taborda se n'este traçado fosse permittido elevar as pendentes até 20 millimetros por metro.

Deus guarde a v. ex.ª Lisboa, 1 de março de 1879. — Ill.mo o ex.mo sr. director geral das obras publicas e minas — O director, João Pedro Tavares Trigueiros.

Está conforme — Secretaria da direcção do caminho de ferro do Algarve, Lisboa, 20 de março de 1879. = O amanuense, João Schiappa Roby.