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reio, mas o que não achei muitíssimo generoso foi a .approvaçâo, por ser injusta, que lhe deu o Sr. Ministro da Guerra. • •
Por esta occasião declaro ao Sr. Ministro da Guet-ra, que quando eu achar que lhe devo fazer opposi-çâo, lha hei de fazer clara, explicitamente, e sobre este objecto ahi está o Sr. José da Silva Carvalho, que sabe muito bem, corno eu lhe fiz opposiçâo, ainda que como Ministro nunca me fez favor nem injustiça; mas fiz-lhe opposiçâo, porque eu assentava que era impossível continuar oseu systeroa de Governo; fiz-lhe a opposiçâo quepude, e ucna opposiçâo para o fazer sair do Ministério; portanto, quando eu entendesse que devia fazer opposiçâo ao Sr. Ministro da Guerra, eu lha faria da mesma maneira que a fiz n'aquelle tempo, porque se ha differença entre um, e outro, eu não a vejo, e esteja certo o Sr. Ministro da Guerra, que senão combinarcomigo sobre as medidas que eu entendo que são indispensáveis para sustentar esta Nação, como uma sociedade independente, verá então que eu tenho força para lhe fazer opposiçâo clara, e abertamente, porque eu nunca tive dissimulação em cousa nenhuma, nem soucapaz de a, ter, porque a minha-fraqueza, ou a minha virtude é a franqueza, e quando eu assentar que lhe devo fazer opposiçâo eu lha farai, porque não é elíe que me ha de impedir disso, nem ninguém.
O Sr. Silveira: — Sr. Presidente, eu sou militar ha 31 annos e não posso deixar de maneira nenhuma escurecer que eu sentei praça com o Sr. Ministro da Guerra, e que fomos mu.to tempo camaradas, e fomos os primeiros que entramos em Roliça, e alem disto temos entrado depois em grandes batalhas ; por consequência eu não poeso ser suspeito ao exercito de não querer o seu augmento, porque eu desejo que elle seja elevado a §7 mil praças, que é o seu effec-ti-vo, mas para que elle um dia possa chegar a essa força, é que eu agora voto por 15:080 praças, e devo declarar que eu também fiz cálculos e também os aprendi. Agora, Sr. Presidente, começarei respondendo á lembratrça-do nobre Conde da Taipa , e dir-llie-hei que eu calculei a despeza do exercito para o tempo de paz, porque eu supponho que estamos em tempo de paz, e supponho mesmo que esta paz não será perturbada, porque nós não ternos agora guerra Nacional e não a podíamos agora ter senão com a Hespanha, porém eila não pôde íaze-la, sem ser de combinação com as outras Nações da Europa, e porque também me lembra que em 1827 não estando a Hespanha de combinação com ellas pôde a Inglater-la em Ires dias embarcar uma expedição para Portuga!, e dirigir urna nota ao Governo Hespanhol expressando-lhe que logo queentrassa etn território Por-tuguex ««i soldado hespanhoi só que fosse, viria desembarcar em Lisboa a Divisão que tinha prompta; mas nós hoje se por algum motivo chegarmos a esse caso havemos de sustentar a nossa independência, porque estamos na posição de o poder fazer em muito pouco tempo, e devo dizer a esta Camará que, om J809 não tínhamos officiaes, e agora temos um quadro deofticiaes excellente, e em seis mezes recrutámos um exercito de 60 mil homens com a mesma rapidez cotno as outras Nações da Europa; por consequência eu iimito-me só ao tempo de paz, e agora direi anais que fui vencido na Cotumissão, e que não estive pelo parecer, porque primeiramente vejo a impossibilidade deter esta força ; porque nós lemos
actualmente 13 mil e tantos homens; esuppunhaniós que temos afazer utn recrutamento de .14 mil ho« mens; ainda além destes 14 mil homens, lemos baixas a dar, as quaes se devem dar a nada menos de é mil e tantos homens, que â lêem de direi to, e que ainda se conservam no exercito pela falta de gente, e então temos a recrutar 18 mil homens. Ora se desde que se determinou que se augmentassem as praças do exercito com 8 mil homens (que ha 14 mezes que isto foi) ainda senão pode concluir^ corno se hão de recrutar 18 mil homens? O meu Batalhão foi o primeiro que mandou recrutar, isto ha dois annos* e não tem feito mais do que 40 a &0 recrutas, porque apenas se tem completado em todo o Reino una SOOO soldados; e então será possível recrutar 16, a 18 mil homens? Eu não o julgo possível; portanto' é necessário outra lei que tenha mais força, e eu peço aE. JEx.a que a apresente, porque é a quem compete, ainda que essa lei tem ainda de passar pelos tra-miites, mas isso não obstante eu quero recorrer a el* Ia e se ella já existisse talvez não fosse sufuciente, porque a ser, como a outra, já se viu pela experiência de dois annos, que não tem produzido effeito. Màãf eu, Sr. Presidente, quero ainda dar de barato quê se possa recrutar esse numero, porém lembre-se bem esta Camará da difficuldade qu<_ digo='digo' aos='aos' aeste='aeste' poderá='poderá' fim='fim' pelo='pelo' menos='menos' lhes='lhes' prompto='prompto' promptidao='promptidao' jamais='jamais' serviram='serviram' presidente='presidente' _-s-nídados.='_-s-nídados.' ramo='ramo' ao='ao' diz-se='diz-se' accudir='accudir' crear='crear' força='força' as='as' fogem='fogem' precisarmos='precisarmos' mezes='mezes' atempo='atempo' lastimo='lastimo' portugal='portugal' actualmente='actualmente' provem='provem' delles='delles' cumprimento='cumprimento' elle='elle' desta='desta' se='se' por='por' essa='essa' desse='desse' provém='provém' mal='mal' usurpador='usurpador' respeito='respeito' mas='mas' sr='sr' _='_' mau='mau' a='a' preciso='preciso' e='e' o='o' p='p' cumprirem='cumprirem' intrúir-se='intrúir-se' recrutamento='recrutamento' recrutar='recrutar' todos='todos' pergunto='pergunto' da='da' promettem='promettem' promessa='promessa' compete='compete' de='de' estado='estado' achamos='achamos' estiver='estiver' criar-se='criar-se' tempo='tempo' parte='parte' do='do' das='das' um='um' sefallando='sefallando' baixas='baixas' consequência='consequência' actual.='actual.' segurança='segurança' em='em' sr.='sr.' esse='esse' soldado='soldado' eu='eu' ás='ás' _3='_3' diffieuldades='diffieuldades' _4='_4' acha='acha' auctoridades='auctoridades' governos='governos' haja='haja' que='que' bom='bom' no='no' causa='causa' muito='muito' ainda='ainda' fazem='fazem' nós='nós' mação='mação' principal='principal' nos='nos' então='então' para='para' leva='leva' pubfica.='pubfica.' promessas='promessas' fuga='fuga' não='não' contra='contra' jvlas='jvlas' publica='publica' os='os' ou='ou' guerra='guerra' é='é' cumpriram='cumpriram' aprornpta-la='aprornpta-la' haver='haver' quando='quando' soldados='soldados' andamento='andamento' ha='ha' tropa='tropa' minha='minha' porque='porque'>
Su julgo , que se nós fizermos uma boa legislação, e se tivermos boas Auctoridades, que o estado desastroso de segurança pnbliea, ha de mudar inteiramente.