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ma-s-entendva. que elle estava dentro das conveniências; eu ajoisei que..o seu Discurso era uiiiá oração preparatória para glosar todas as Emendas, ein preparar aCamaia para a sua rejeição; eu entendia que 'eile estava fora da urdem ; mas dentro da táctica, e táctica que lhe tinha sido snggerida ; depois o facto provou, que elle estava na ordem; porque concluiu por u u.» a Moção rigorosamente parlamentar, e não empregou um único principio , que não fosse para sustentar esta doutiina.

• Sr. Presidente, ha entre 03 Additamentòs princípios de diversa gravidade, sobre os quaes nós não podemos deixar de exigir, uma votação pronunciada, em que appareça a responsabilidade individual de cada Deputado. Um desses princípios essericiaes , parece-me que não pó.de ser objecto de votação, porque nós sem acreditarmos mais que devemos nesta grande •mixtíficaçâo , que estamos presencéando, não podemos consentir, que a Camará vole sobre os princípios esseneiaes .do Syssema Representativo; porque «ião creio que.se possam pôr em diívidá, ape-zar da extensão que se tem dado a"essa theoiia-inix-lificadora. • O. Governo e obrigado a governar segundo os principies de publicidade; assim não sei se poderemos s e na- offensa dos. principies constílucio-cionaes, pedir uma votação nominal da Camará sobre o.principio d.e publicidade. Eu interpe.Hò so-lemne e formaJrneiite oSr. Ministro da Marinha para que nos diga, coruo homem,"de consciência, como Ministro-deste systema ,.. como ho.ineai de'reputação , como homem publico e .sobre sua responsabilidade, se elle faz tenção d« continuar no absurdo, suspeito.i e borrorqso systema de governar as Possessões Ultramarinas com um. sigillo completo e absoluto, .e se S. Ex.a no exercício da auctorisação, que esta. Lei lhe concede,' não esl.á decidido a en.» íregar a uma .completa publicidade todas as medidas que houver de tomar. Espero de S. Ex.a uma declaração franca ç cathegorica.

Mas, Sr.. Piesidente,, ha sobre a Mesa uma ou-lra Proposta, d.e igual gravidade, e sobre a qual nós precisamos exigir também .uma votação ,norni-' iial1; o Additarhanto- do Sr. Aguiar dá á Lei res-tricções importante.» , restricçôes d^econ fiança , res-tricçôes.do política, e consigna que estas.Leis não sei ao permanentes. ...

Sr, PresJdente, voga um grande, sofisma ha Ca* mara : diz-se : «está Lei não é jtermancMittí , as Ca-inaras podem- re.voga-lo .quando quixereu) » essa é a condição de todas as Leis, , fi!as,.o\que ?e pergunta .é ,; se. os effeitos deita' auctori.swçào „• Ii.âo de ou não ser permanentes! qu5ponsa.bi|idad« absoluta" e clara.:-nós temos pelos nossos actos,, responsabilidade moral e legal, e preciso que a salveíjjos toda.

J3u e&loui persuadido que esta Lei e.um funesto presente dado ás Colónias, que e um principio de desmembraçâo do territo.ro porluguez ; eu não temo os Srs, .Ministros, - lemo a Lei, é elles também a

deviam temer; e um poder que "os ha de Fascinaf-j e um poder de que elles hão de -usar contra a sua própria vontade, e-urn poder discricionário entre* gue a toclas as contingências das mudanças politi* cãs, que n'um volver de olhos pôde passar ás mãos cie pessoas, que não dêem garan.li.as nenhumas nem corno homens públicos ,• nem como homens particulares, è SSi Ex.as então hão de chorar elles,mesmos os males para que concorreram innocentemente!. i Sr. Presidente, eu quero que , perguntando-se á Camará, se quer que o Governo fique auctorisadò para poder vender as Colónias, para poder lançar impõe tos" sobre o$ nossos irmãos do Ultramar^ eu q.uero que a Camará declare, que não admitte este assumpto á discussão, que o despres^a, que ojul* ga ridículo, e de nenhuma importância ,"quero experimentar a coragem da Camará ;'estou persua-d,do que e' para muito mais, mas quero experimen* ta=-la. :

Di?-se «que ás declarações do Sr. Ministro são bastante;? entretanto nós fazemos Leis.. ..(O *SV. P residente.••***-N ao está na ordem) Estou haordem^ o meu discurso e que não está muito >bem:ordena* do; eu requeri á Camará que votasse nominalmente sobre duas Mo,ções, que estavam na Mesa * e le« nho-a entretido em demonstrar a importância dês* sãs Moções, sobre: que quero a votação nominal? não ha nada mais lógico; alern disso os Srs. De* putados tem estabelecido a doutrina de que os cos» turnes e precedentes parlamentares-de nada velem, que quem valo é o Regimento, è ,que é.permit-tido túdo;quanto o Regimento não prohiibe; o Ee-girnento não prohibe isto. portanto estou, no meu direito. - v -

Também tem sido pralica no Parlamento, pratica fundada em boa educação e civilidade, que os requerimentos para se julgarem ás matérias discutidas^ sejarn feitos sem serem fundamentados, porque não ha nada mais incivil nem mais grosseiro de quefal-lar, e depois requerer que aos outros seja prohibjdo fallar; entretanto muitos Srs. Deputados têem feito discursos antes de fazerem estes requerimentos. Por tanto eu estou na ordem, mas o meu discurso e que tem sido desordenado, porque depois de ter annun-ciado a minha Moção, tenho continuado na demonstração, de modo que a Moção devendo apparecer no fim , ficou no meio; inas os illustres Deputados não podéra obrigar-me a fazer penitencia da minha pouca lógica ; porque eu exames de lógica fiz só uffi, e quando me elegeram Deputado não me mandaram repeti-lo. ,

Sr. Presidente, e' verdade,, que o Sr. Ministro . declarou, que não queria usar desta auctorisação para osfins que nós appreendiamos; mas seS.Êx.31 tvem esta convicção, se S. Ex.a nos fez esta promessa com sincero propósito de a cwmprif, porque motivo não ha de S. Es.a consentir, que a essa pró* ífiessa se dê uma formula rnais curial ? .Porque .não ha de consentir, que a sua prom.éssa seja convertida ern Lei, prestando assim ho.roenagern ao direito da Caaíara? Mas se S. Ex.a está resolvido a cumprir essíí proinessa, a sua conversão em preceito ..nada o prejudica; ao contrario :obstando a isso quer 'um âroitrio1 não no seu-próprio interesse, mas no interesse'de todos os Ministérios, que o possam succede.r l., t.