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de 30 mil, o que quero é uma força que nos ponha na posição do nos defendermos de qualquer aggressão interna ou externa quando formos atta-cados.

O Sr. Pestana: — Pedi a palavra sobre a ordem porque me vejo embaraçado para quando chegar a occasião de se votar: na lei exactamente se tracta de fixar a força para oanno económico de 38 para 39, como diz a Commissão no seu relatório, não se tracta de decretar a força que deve ter logar no anno de 39 para 40, como diz a minoria da Com-rnissão; nós estamos ou vamos entrar na discussão do Orçamento, e um Sr. Deputado pediu para isso que que/ia saber qual é a força sobre que assentaria a despeza do Orçamento da guerra; por consequência e' preciso que nós fixemos, se por ventura a força, que hoje faz objecto da discussão, e' força para o anno económico de 38 para 39, que está quasi acabado, e que só lhe faltão três mezes, ou se por ventura se tracta de fixar a força que deve ter logar para o anno de 39 a 40; peço a V. Ex.a que convide a Commissão a que nos fixe as suas ide'as sobre esta materifi.

O Sr. Alberto Carlos: — Não ha a fazer senão uma pequena alteração no projecto, em logar de 38 para 39, deve ser 39 para 40; isto está claro ; porque estando o anno quasi decorrido , não podemos taxar uma força para um tempo que já não existe, parece-me pois que se desvenece toda a dúvida em se dizendo de 39 para éO, e desta maneira estou eu persuadido que se deVe entender o Orçamento apresentado.

O Sr. Silva e Cos/a: —A Commjssão não tem difíiculdade alguma ern que a força se fixe de 39 para 40; pedio que se fixasse de 38 para 39, para se ligar 4 letra do Orçamento.

O Sr. Pestana: — Como o objecto que hoje faz parte da discussão, e uma parte do Orçamento apresentado pelo Sr. Ministro da Fazenda, onde estão incluídos todos os outros Orçamentos, e' preciso decidir por uma vez, se por ventura temos de contemplar o Orçamento de 38 para 39; eu partilho as ide'âs do Sr. Alberto Carlos, que devemos considerar o Orçamento apresentado como de 39 para 40, mas entretanto pedirei á Camará'que decida esta questão. •

O Sr. Presidente f — Esta questão parece-me que estava esclarecida dapoís da explicação do Sr» Re-Jator da Commissão, que disse que a Commissão não tinha dúvida em que se fixasse a força de 39 para 40 (apoiados).

O Sr. Valde*: — Sr. Presidente, ha uma questão prejudicial, que e', se se ha de tractar somente de fixar a força, ou se se ha de tractar ao mesmo tempo das cifras da despeza.. ..

O Sr. Presidente:—Essa não e'a questão da ordem.... .

O Sr. Valde%: — Perdoe-me V. Ex.% apresentou-se esta questão pedindo-se a palavra sobre a ordem, pelo Sr. Silva Pereira; o Sr. Silva Pereira era de opinião que não era preciso tractar das cifras , eu sou também da mesma opinião; e ,então como ha já dous Deputados, que entendem que se deve tractar promisctiamente esta questão, eu peço a V. Ex.a que proponha, se primeiro se ha de tractar da questão sobre a força, ou se ha de ser promiscuamente com a questão das cifras, e neste -

caso peço eu já a V. Ex.a á palavra para fallar so= bre a matéria.

O Sr. Roma:—'Para mim essa questão já não existe, porque nesta Camará já se votou um parecer da Commissão de Fazenda, em que se auctori-sou o Governo para fazer á cobrança de todos os rendimentos públicos na conformidade do que se tinha decretado para o anno económico de 1837 a 1838, e parece-me que assim ficam acabados os escrúpulos do Sr. Deputado , -declarando-se que isto e para o anno de 1839 a 1840.

O Sr, José Estevão: —• Esta questão tem estado epigramática, porque tem estado coberta de ordem de todos os lados, e três mil questões se têem feito 9 e por isso digo, que está epigramática, porque hoje 5já se falia em ordem por epigrama. Agora uma das questões já está terminada, porque se todas as leis só regulam da sua publicação em diante, como se não ha de fazer o mesmo em uma lei tão importante, como a do Orçamento? Agora do que se tracta e' se ha de ser promíscua, ou separadamente, tractada a questão das cifras; parece-me que esta questão devia já estar morta; entretanto, isto são cousas tão connexas, que é impossível separa-las, e se a Camará resolvesse que se tractasse de fixar a força, sem se tractar do dinheiro, eu entendia que a Camará me tornava inhabil de entrar nella, e desde já, se assim o decidisse, eu diria que cedia da palavra.

Eu entendo que a fixação da força traz comsigo certas despezas; e verdade que ainda nos ficam as mãos soltas para fazer algumas economias, quando se discutir o Orçamento da Guerra, podendo esta Repartição ser sustentada com mais, ou menos despeza. Más quando se diz ha de ser tal torça, sem se marcar a cifra que ella ha de dispender, segue-se que depois se ha de tractar delia; ora se ha pois esta conseqirencia porque razão não se ha de essa consequência tomar em consideração, quando se discute o principio de que ha de declinar essa circumstancia ? Portanto não me importa que o Sr. Deputado mande a sua substituição para a Mesa, porque estou certo que se ha de rejeitar, pelo menos, pela minha parte rejeito-a, e quando a Camará a approvar, decide que eu me cale, nem mesmo eu tenho que dizer muito, e mesmo a Camará não perde nada em rne não ouvir; mas eu desejava realmente que entrássemos na matéria, porque desejava que quanto antes esta questão se resolvesse.

Ha uma cousa, que eu tenho a observar, e vem a ser que depois de se terem discutido em Parlamento todos os Orçamentos verba por verba, é uma vergonha que este anno não seja o primeiro Orçamento que discutamos, e que fique para o fim, para depois ser votado em globo, nem eu sei corno; se tem praticado sempre com o Ministério da Guerra, isto é que eu não quero, que se continue, para que se não diga que o Congresso não tem força para fazer a reforma desse Ministério.