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t* o Exército, nem podem cumprir as obrigações tjue-lhe estão destinadas peja sua instituição ; to! e a Misericórdia d'Aveiro, que dentro em pouco tempo fecha-se, e não recebe nern mais um doente militar, nem um doente civil, porque ab.-olutamente carece de meios, e estes devem custar talvez 3_ ou 4 contos de reis. Então pois que o Exercito está em tal esta» do, qubs,ão; nós queremos 27 mil-homens-, porque #7 çr«il homens são indispensáveis pura a nossa defrza, rrias depois diz-se-nos que nunca hão de haver estes vinte e sete mil homens, porque o recrutamento nunca se ha de chegar a fazer para o numero fot;i! ; então, Sr. Presidente, eu voto contra o Parecer da maioria da Commissâo, porque tílíe não e exequível. Sr. Presidente, eu vejo que é dada a hora , mas já que entrei nesta questão não poderei deixar de fyzer ruais algumas pondera* coes e uma importante (vozes:—.Mie, falle), Sr. Presidente, eu declaro abertamente, que considero como coadjuvação ao Exercito, a organisação das Guardas de Segurança publica em todas as ca- ^ becas de Districto, e a este respeito preciso fazer uma declaração Ciithegoria, que involve talvez m»is que um dos Srs. Ministros. Sr. Presidente, ensinuou-se , não po.sso provar por quem , inas-&ei que se ensinuou q?-ie a votação desta força era um meio indirecto d'acabar o Exercito, e estes lisonjeiros desgraçado?, e rni/,ernvt>is da força publica, andaram pé- . los quartéis dos soldados com uma doutrina immi-nentcatente deshonrosa na instituição mililar; o que e certo, Sr, Presidente, é que o Sr. Ministro da Guerra não se livra da imputação geral, que a execução daquella medida foi sacrificada -por uma lisonja ao Exercito, e então todo o sangue que se derramou pela falta desta medida, todo elíe pesa sobre a cabeça de S. Ex.a (o Sr. Ministro da Guerra: peço a palavra para uma explicação; isto e' uma indignidade), e nesta falta digo com pezar que não dfrixa de ser cumplice o Sr. Ministro do Reino. Sr. Presidente , o Sr. Ministro do Reino, próximo á reunião das Cortes expt-dio com promptidão um regulamento para as Guardas de Segurança publica, dizendo, que era preciso quanto antes pôr este objecto em execução; durmio S. Ex.a 3 ou 4 mezes, esóna reunião das Cortes, é que acordou para dar pressa á execução d'-unia sirnilbanie medida! Sr. Presidente, eu não sei em quanto figura no Orçamento essa medida das Guardas de Segurança publica, parece-me que em 300 contos (aazes ll&) 115 contos; e menor despeza que aquella que se exige para a formação de deis regimentos de cavallasia.

Tem-se dito ..qu« ha treze mil homens, e que com elles se não pode fa;;er o serviço, porém se aã instituírem as Guardas de Segurança Publica, veja-se quantos e que despeza e necessária para que a segurança dos povos seja mantida , porque infelizmente os assassinos correm por todo o paiz , o roubo, os contrabandos, e as mortes são um divertimento. Com. a força que temos, diz-se que não se podern pren-

der, e não se po.de "pfèfinir este desgraçado • esíado; isto,-Sr..: Presidente, é que-é com pie ta mente um estado d'irumo-ralrdade em qne nos achamos actualmente.

Eu entendo que a questão de Hespanha es>tu decidida , não sei o como, tnas o q;ie me parece é que não e possível que ura General mandasse fusi-lar uns poucos de Gcneraes , e caudiihos d'um partido, sum que se levante a sua força contra o seu próprio Rei; mas não se fez nada disto, ou por vingança, ou por algum fim político, e se estaques-tão°está assim resolvida, ha de ser sustentada provavelmente pelos Gabinetes .Buropeos, e nós havemos de nos sujeitar ás suas consequências, não precisando para a sua resistência de organisação do Exercito porque ella nos não pertence ; e se esta questão não tem esse resultado, também rne parece que a Urna Francesa ha de ser mais poderosa do que a espada do Conde de Luchana, e se ella levar a sua influencia ate' a Hespanha, concluída está também aquella questão. Por tanto supponho eu a questão decidida por um lado, ou por outro, e em consequência acho desnecessária a formação de um Exercito de27 mil homens. Agora, Sr. Presidente, pelo que toca ao Commissariado, entendo que a questão do Comtnissariado está tão madura, que o Commissaiiado ha de cahir revolucionaria, mente dentro desta Camará, porque o Conimissa-riado tem contra si. um documento vivo, e muito forte que e'a Guarda Municipal; qualquer soldado delia é um argumento contra o Comtnissariado, por que cada um" e vestido e sustentado sem ser pelo Commissariado > e muito melhor do que se fosse por elle fornecido: por tanto o que eu digo e Commissariado abaixo, e espero que ha de ir abaixo.

Agora pelo que toca ás outras repartições fiscaes, o Sr? Ministro da Guerra não pode deixar de confessar que as nossas repartições íiscaes estão em um estado desgraçado; nós temos ensaiado diversos sys-temas, não sabemos o resultado delles; porque a Repartição da Contabilidade da Secretaria da Guerra ainda nos não foz o favor de o dizer, e o Sr. Ministro da Guerra disse-nos que não responde por ella, porque não era Contador; declaração^que e desgraçada, porque ficamos sabendo que S. Exc.a não écapaz de desempenhar os negócios da sua Pasta ; mas d'aqui resulta que a primeira necessidade e' organisar o systema de Administração Militar em. todos os seus differentes ramos; mas é também necessário que o Ministro entenda disso, para que possa ter responsabilidade pelo resultado, porque ao contrario eu ate duvido realmente que o Orçamento apresentado, seja o Orçamento da. Guerra. Como pode S. Exc.a saber se os dinheiros da sua Repartição foram applicados devidamente quando declarou que não entendia disso?!

Concluo declarando em summa que eu voto por 15 mil homens, porque não quero soldados morrendo com fome, e porque entendo q;ie uni Exercito sem meios de subsistência é um foco de revoluções.**