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4 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

grupo, requereu ao Instituto para fazer exame das cadeiras do 2.º grupo, muito embora tivesse ficado reprovado no exame do 1.° grupo, mas o Conselho Escolar indeferiu-lhe o requerimento. Um outro alumno fez exame das cadeiras de 1.º grupo ficando approvado, fez exame das cadeiras do 2.° grupo e ficou reprovado. Ambos requereram a Sua Majestade a admissão á frequencia do Instituto, mas não podiam fazer exame das cadeiras d'este Instituto sem terem tido approvados nas materias que constituem o exame de admissão.

Fiz o que toda a gente fazia: mandei informar este requerimento ao Instituto Industrial e Commercial de Lisboa. Não podia nem devia fazer outra cousa. (Apoiados)

Vou ler ao illustre Deputado a informação que do Instituto me veiu.

(Leu).

Aqui tem o illustre Deputado o voto do Conselho Escolar do Instituto e a informação que o seu director me dirigiu.

O Sr. Queiroz Ribeiro: - V. Exa. dá-me licença V. Exa. sabe o numero de professores que votaram contra

O Orador: - Não sei, nem posso saber. Sobre esta informação limitei-me a pôr o seguinte despacho: "Conformo-me..."

Aqui tem, pois, o illustre Deputado a que fica reduzida a sua accusação. S. Exa. tinha-me accusado de ter faltado a consideração devida aos professores do Instituto. Mas pelo que acabo de expor a Camara já S. Exa. vê que na fiz outra cousa senão conformar-me com a informação e voto do Conselho Escolar. (Apoiados}.

O illustre Deputado perguntou-me em áparte só eu sabia o numero dos professores que tinham votado num sentido ou noutro. Eu declaro a S. Exa. que não tive a curiosidade de indagar esse pormenor. Todavia direi que o Conselho Escolar, apesar de ter votado por maioria, julguei o negocio de tal maneira corrente que as datas vão provar a V. Exa. como isto foi uma decisão tomada sem grande discussão.

O Sr. Presidente: - Deu a hora para se passar á ordem do dia.

O Orador: - Apenas uma palavra. O requerimento de um alumno é de 17 de outubro e a informação do Sr Director do Instituto Industrial é de 18. Já se vê portanto que o assumpto era perfeitamente corrente entre o professorado d'aquelle estabelecimento.

Por consequencia eu não fiz senão aquillo que devia fazer, e estou certo de que o illustre Deputado faria o mesmo se estivesse no meu logar.

Tenho dito.

(S. Exa. não reviu).

O Sr. Queiroz Ribeiro: - Agradeço ao Sr. Ministro das Obras Publicas a resposta que se dignou dar-me.

O Sr. Sousa Tavares: - Mando para a mesa o seguinte

Requerimento

Peço a V. Exa. se digno consultar a Camara sobre se permitte que durante a sessão reuna a commissão de redacção. = Sousa Tavares.

Foi autorizado.

O Sr. Alfredo José de Albuquerque: - Mando para a mesa um parecer da commissão do ultramar.

O Sr. Presidente: - Vão passar se á ordem do dia. Os Srs. Deputados que tenham papeis para mandar para a mesa podem fazê-lo.

O Sr. Fuschini: - Mando para a mesa um requerimento que desejava expedir hontem, o que não me foi possivel fazer pelas razões que V. Exa. sabe. É muito urgente.

Requerimento

Para avaliar no seu justo valor a declaração do Sr. Ministro da Fazenda: "que o Governo de 1893 não guiu voluntariamente o caminho que o levou á lei de 20 de maio de 1893, mas foi para elle impellido pela força das circumstancias"; e para esclarecer ainda outras grave affirmações, tambem feitas por S. Exa., sobre este assumpto, requeiro que sejam immediatamente mandadas para a mesa d'esta Camara, a fim de poderem ser lidas e estudadas pelos Srs. Deputados, as minutas ou copias dos officios e telegrammas mandados pelo Governo d'aquella epoca aos nossos Ministros no estrangeiro, principalmente um effeito, que deve ter sido expedido em principios de abril de 1803, aos Ministros portugueses em Londres o Berlim, em que lhe eram communicadas, para os devidos effeitos, as bases da lei que o Governo se propunha apresentar ao Parlamento e que, com effeito, se traduziram, com algumas modificações, na lei de 20 de maio de 1893, que hoje ainda regula a divida externa.

Lisboa, 22 de abril de 1902. = Augusto Fuschini.

Mando igualmente para a mesa tres representações: uma da Camara Municipal de Campo Maior, outra da Associação de Classe dos Operarios Fabricantes de Calçado no Porto o outra da Associação do Classe dos Operarios Serralheiros.

Veio por extracto no fim da sessão.

Mandou-se expedir.

O Sr. João Pinto dos Santos: - Mando para a mesa um requerimento.

Apresento uma representação da Associação Portuguesa dos Possuidores de Titulos da Divida Publica Interna.

Vae por extracto no fim da sessão.

O Sr. Vaz Ferreira: - Mando para a mesa um parecer da commissão de administração publica e de fazenda sobre o projecto n.° 35-A, que autoriza a Camara Municipal de Monção a lançar um imposto de 10 réis em cada kilogramma de ferro ou ferragens que entrarem dentro do concelho, para consumo ou uso dos seus habitantes.

A imprimir.

O Sr. Conde de Paçô-Vieira: - Mando para a mesa os pareceres das commissões de fazenda e de obras publicas sobre a proposta de lei n.° 81-B, que autoriza o Governo a abrir um credito do 10:000$000 réis para despesas de sanidade pecuaria.

A imprimir.

ORDEM DO DIA

(Continuação da discussão do projecto do lei n.° 67, que autoriza o Governo a converter a actual divida publica externa)

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ressano Garcia para concluir o seu discurso.

O Sr. Ressano Garcia: - Antes de reatar o fio das suas considerações, quer cumprir um dever de cortesia, agradecendo ao Sr. Presidente e á maioria a gentileza com que hontem procederam para com elle; tanto mais que a Camara lhe concedeu um favor muito superior áquelle que suppunha ter pedido.

É muito myope; não distingue o relogio da sala, e confiando numa informação inexacta de um seu collega, que se equivocou, suppôs que faltava apenas cinco minutos para se encerrar a sessão e, por isso, pediu que lhe fosse permittido interromper as suas considerações, para não encetar a discussão de um novo capitulo, quando tão pouco tempo faltava para a hora.

A final, veiu a sabor que faltavam vinte minutos, o que quer dizer que muito maior foi o favor da maioria, e muito maior tambem, portanto, a sua gratidão.

O leader da minoria progressista, o Sr. Beirão, dirigiu ao Sr. Presidente do Conselho a seguinte pergunta:

"Obteve o Governo a segurança de que, feita a conversão, nos termos propostos, os Governos dos paises com