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que se elle a julgou bastante, a Commissâo viria contradizer-se a si, se nesle ponto não quizesse o que o Governo dissera ser o sufficiente, e propozesse mais. Ora Iodos nós sabemos que o nosso Paiz não tem estado no seu verdadeiro estado normal, sejamos francos, confessemos o que assim tem succedi-do, (apoiado) pore'm não entro nas causas, nem na explicação dos motivos desse mal; todos os partidos lêem os seus desejos, todos marcham ao mesrno fim, a differença tem sido nas formulas; mas as facções estão sempre fora da lei, os seus effeitos correspondem a isto. Mas referindo-me ao ponto em questão direi outra vez que este ponto e a questão dos fundos secretos, que pertence a este Ministério, os que o sustentam, sustentam a necessidade dessa Verba; é ponto de confiança ou de não confiança ; nós boje entendemos que é a precisa, os que ostão do lado opposto entendem que não, e quando chegar um Ministério do partido que hoje sustentam, dirão o mesmo que eu hoje digo sobre esta questão, (apoiado) A Commissâo pois apresenta esta verba que entende deve ser 'opprovada, e não querendo de-morar-me mais sobre este objecto julgo que devo terminar, pois que me parece ter dito o sufficiente. (apoiados)

Q Sr. J. M. Grande: — Eu queria fazer também algumas perguntas a S. Ex.a o Sr. Ministro do Reino; e como já alguns Srs. Deputados tem feito algumas considerações, a que S. Ex.a tem de responder, parecia-me, para S. Ex.a não ser obrigado a fallar duas vezes, que seria melhor fazer eu primeiramente as considerações que tenho a apresentar, e se S. Ex.a convier, eu as farei.

As perguntas que eu tenho a fazer são de grande importância, e estou certo de que em resultado delias se poderão fazer grandes economias no orçamento. Se pois S. Ex.a não quer fallar já, reservo-me para quando fallar sobre a matéria.

O Sr. Ministro do Reino: — Eu considero preferível o responder a todas as perguntas que se me houverem de fazer, c não sobre cada uma em separado ; e estimava ate muito que os nobres Deputados, que lêem de fazer perguntas ou considerações relativamente ao orçamento em discussão, as fizessem antes de eu fallar, a fim de eu responder a todas ao mesmo tempo, (apoiado)

O Sr. Presidente: — Quem se segue a fallar é o Sr. Xavier da Silva, depois é que tem a palavra sobre a matéria o Sr. José Maria Grande.

O Sr. Xavier da Silva: — Eu pedi a palavra para rogar ao Sr. Ministro do Reino, que houvesse de dar algumas explicações sobre o capitulo 12." — dês-pezas diversas— na parte, em que diz que esta des-pexa e' menor, que a despeza no orçamento de 41 no valor de 400$000 reis, e parte desta diminuição tem logar em consequoricia da eliminação da prestação dada a um estudante, que se acha cursando as aulas em Pariz. Eu aproveito esta occa-sião para mandar para a Mesa um requerimento, que esse estudante dirige a esta Camará. — Este estudante chama-se Thomaz de Carvalho; elle até hoje tem feito os seus estudos muito regularmente, sendo approvado em todos elles, como attestam as inforrnagòes dos seus lentes; e também como tem altestado o Ministro do Governo Portuguez que ali está, e como sabem todos os porluguezes, que teern estado em Pariz. (apoiados) Este estudante está no N." QO.

seu ultimo arma, e seria uma inconveniência, que estando elle fora dos seus lares, c quando está a acabar os seus estudos, e a ver coroadas as suas fadigas litlerarias lhe faltassem os meios para chegar a esse firn. Eu sei que este estudante está empenhado, que tem conlrahido empréstimos, pois que desdeja-neiro, que não tem recebido pagamento algnm; seria pois muito inconveniente, e até mesmo muito árduo que a este indivíduo lhe faltassem agora não só os meios para a sua volta, para a conclusão de seus estudos, como também para a sua subsistência. Eu entendo, Sr. Presidente, que não é urna ocono-mia o não votar-se uma verba porque este otiaquelle estudante vá fora do paiz cursar alguma sciencia particular que cá se não ensina (apoiados) eu entendo que sobre tal ponto deve desapparecer toda a ide'a de economia, que o Governo deve ter um credito supplementar para puder mandar a essas universidades aquelle estudante que for apto para cursar esta ou aquella sciencia, esta ou aquelia matéria que nós cá não temos, e que só [ha lá fora. ( apoiados)

Eu desejo saber do Sr. Ministro do Reino, ou da commissão de fazenda se entende que o Governo pelo credito supplementar, que se propõe no art. 4.*, pode continuar a dar as mesadas a este estudante, ou a outro que seja preciso mandar fra-quentar algum estudo; se entende que sim, e que pode dar deste modo meios para o estudante que actualmente está em Pariz poder concluir o seu estudo, muito bem; aliaz eu proporei que fique subsistindo esta verba de 200/000 rs., que sempre se lhe tem dado.

Aproveito esta occasiâo para mandar para a Me-za o requerimento desse estudante para que a illus-tre commissão de fazenda o lenha presente.