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espero que V. Ex.* me nào mande tomar nota de falta; porque esta minha declaração se deve entender para sempre.

O Sr. Presidente: — O regimento determina, que ern cada urna das Sessões os Srs. Deputados façam constar o seu impedimento, já se sabe quando nào e por moléstia prolongada. Como porem o Sr. Deputado diz, que ha de faltar a algumas, e a Mesa nào pôde saber quaes ellas são, rogo ao Sr. Deputado, que ou por escriplo, ou mesmo por via de algum seu collega faça, quando o caso se der, constar na Mesa o seu impedimento.

O Sr. Mello e Carvalho: — Na verdade parece-me um tanto rigoroso, no meu caso o que V. Ex.a acaba de dizer; mas eu farei a participação.

OSr. Presidente: — Repilo, o regimento e' o que determina.

O Sr. Mello e Carvalho: — Nem V. Ex.a nem a Camará me podem fazer observações, quando eu digo que falto por doença. Eu sói bem cumprir com os meus deveres, e appello para toda a minha vida publica.

O Sr. Presidente: — Ninguém disse que quando o Sr. Deputado deixa de comparecer, nào seja por motivo justificado; e o Sr. Deputado sabe muito bem a deferência com que a Meza o tem tracta-do : e appello para o seu próprio testemunho.

O Sr. Mello e Carvalho: Aqui estão alguns Srs. Deputados, que já ern outra occasião fizeram o favor de me visitar, e me encontraram na cama: e isto para provar a verdade do que disse.

O Sr. Presidente: — Torno a dizer ao Sr. Deputado, que o regimento é que determina, que quando qualquer Sr. Deputado falta, mande participar o motivo da sua falta, (apoiados)

ORDEM DO DIA.

Continua a discussão do projecto n.° 173 sobre o orçamento.

Ar. 1.° § 6.' — «( Ao Ministério da Guerra 2.482:576/920. »

O Sr. Gavião; — Sr. Presidente, parece-me que não se pode entrar na discussão desta verba , se m que esteja presente o Sr. Ministro da Guerra ; e isto porque eu na occasião em que ella se discutir, tenho de apresentar algumas considerações, que, pelo menos, precisam da presença de S. Ex.a. Por conseguinte proponho o adiamento desta verba; e que passemos á da marinha, visto que Sr. Ministro da Marinha se acha presente.

Approvado o adiamento nos termos propostos, entrou logo em disçuRsâo o seguinte

§ 7.' u Ao Ministério da Marinha 856:790^013.« O Sr. Ávila: — Sr. Presidente, eu pedi a palavra, porque desejo fazer uma pergunta ao Sr. Ministro dos Negócios da Marinha; e S. Ex.a me responderá, quando o julgar conveniente: desejava que o Sr. Ministro da Marinha'informasse a Camará, se e verdade, que S. Ex.a mandou construir um vapor de guerra em Inglaterra, e ao mesmo tempo qu« S. Ex.a tivesse a bondade de nos informar da auelorisação que tinha para essa despezu. O Sr. Ministro da Marinha: — Sr. Presidente, pedi a palavra sobre a ordem para responder a esta pergunta do nobre Deputado, a qual se divide em duas partes: a primeira — se mandei construir um vapor em Inglaterra; e a segunda — qual era VOL. 3.*—M.uiço—184í>.

a auctoriiaçâo que tinha para e**ti fim. O nobre Deputado que costuma ler eanalysar os orçamentos acharia ahi, se quizesse, a resposta á primeira parte da sua pergunta. Em a nota preliminar que precede o orçamento se diz assim : (leu) tt Posteriormente ao orçamento, e ale'm da nova fragata da índia, se lançaram ao mar dois brigues de guerra, e está-se tractando da conslrucção d'um novo vaso de vapor. »

Por consequência aqui tem a Camará n'uma nota do orçamento que eu participo officialmente, que tinha mandado construir um vapor, e não como o Sr. Deputado disse um dia destes em um aparte que se tinha mandado construir solapadamente ou á sorrelfa (O Sr. Ávila: —Não disse tal :) O Orador : —Se o não disse agora, já o tem dito por outras occasiões.

Em quanto á segunda parte da pergunta, em occasião opportuna responderei ao nobre Deputado aquiilo que entender a tal respeito.

O Sr. Ávila: — Sr. Presidente, eu podia agora applicar a S. Ex/ a frase que eile me applicou — de que S. Ex.a está tão cheio de fanatismo pela sua pessoa, que nem pode consentir que se duvide um só instante da legalidade dos seus actos: mas não o farei, porque essa lingoajem imporia uma personalidade, e as personalidades são prohibidas pelo regimento.

Também não esperava eu, que o Sr. Ministro viesse alludir hoje a frases, que eu havia retirado, logo que vi, que eram reputadas offensivas: e' necessário que todos nós nos acostumemos a reconhecer , que uma frase retirada e' como senão se tivesse pronunciado.

Sr. Presidente, diz-se, que eu sou o Deputado mais provocador, que tem a Camará: esta frase no sentido, ern que eu a devo tomar, era summamenle lisongeira para mim , porque importava o mesmo que a declaração de que os meus argumeulos embaraçam aquelles, que tem de lhes responder, e que, não podendo socorrer-se ao raciocínio para os destruir, força é empregar outras armas, as das personalidades que deviam ser banidas para sempre desta casa. Felizmente não acceito o cumprimento; o que faço e avaliar devidamente a intenção, com que me e' dirigido.

O Sr. Ministro julgou-se em difficil situação, e respondeu somente á primeira parte da pergunta, ficando a outra sem resposta: porem c» espero que S. Ex.* ha-de responder, quando o julgar a propósito; e então pedirei a palavra sobre a matéria para demonstrar, que o Governo não linha tal aucto-risação no orçamento, e que era necessário uma concessão especial do Parlamento para esse fim.

O Sr. Ministro da Marinha: — Sr. Presidente, farei a diligencia para entrar nesta questão simplesmente no que disser respeito á matéria, deixando de lado quaesquer outras cousas que eu poderia dizer ao Sr. Deputado como em vindicta d'algumas que me dirigiu, não somente nesta occasião, mas em outras que tem apparocido.

Sr. Presidente, é cousa nova, e extraordinária que o illustre Deputado queira vir pedir explicações cobre a auctorisação que o Ministro da Marinha tem para fazer uma ou oulra construcçâo, quando isso ate hoje nunca esteve etn pratica, (apoiados) e porque nenhum Ministro e responsável senão pela