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40 até agora, 3« cair --no pedantismo: da éspeeiallda-ide..; :- ••-. -. -•- .. :•-:• .-•-.. • '" . • -•-.-. ' •-.-;-• .^ : Desejaria mesmo nada mais dizer nesta questão,

tmas .€ impossível deixar de responder especialmente

.•ao. que disseram ultimamente doi&illustres Deputados qae por todos os motivos, e principalmente pêlos seus talentos oratórios, muito respeito; -.:

-, \ St. Presidente, um dos mesmos illustres Deputados para combater o Parecer da maioria , recordou-nos as façanhas dos nossos compatriotas noftem-,po antigo e moderno; e de lar sorte se enthusias-

. mou com a natural bravura do povo Portuguez que pouco faltou que não dicesse que era escusado ter 'Exercito regular: abandono ao iliustre Deputado

• todas; as suas.asserçôes a respeito dee'pocas já muito affastadas, e somente me occuparei de responder ao que disse S, Ex.* relativamente á promptidão com que se organisou o Exercito no tempo da ultima guerra peninsular.

E* um facto de todos sabido que o nosso Exercito se organisou rapidamente, e que muito concorreu para a independência da Península; mas perguntarei ao Sr. Deputado, se não é igualmente verdade que a sua orgatiição se effectivou á sombra de um Exercito estrangeiro, numeroso e perfeitamente dis-r cipljnado. Sem este poderoso auxilio nem o Marchai Beresfosd, nem os Officiaes Inglezes e Portuguezes aquetn elle confiou a organisação, e nenhum dos dififerentes Corpos, nem pessoa alguma seria capaz de crear, como por encanto, um bello Exercito, e de organisar militarmente um Paiz que tinha cahi-do em horrorosa anarchia.

E' fundado pois em todos os princípios de organisação militar até Jia nossa própria experiência que a Com missão deseja que haja um Exercito regular, respeitável, como elemento indispensável para organisar a defesa do nosso território, e tornar proveitoso todos os outros elementos que para elle de-vern concorrer.

Pode-se diz? r quanto se quizer sobre o valor do povo Portuguez, sobre o seu amor da independência Nacional: eu sou o primeiro a me enthusias-iriar quando ouço narrar os brilhantes feitos de he-roismo de nossos maiores, e de nossos contemporâneos ; mas a verdade é que não basta o valor para fazer a guerra com proveito, e para defender o? Estados. Quando se ataca um Estado empregam-se numerosas forças regulares, as quaes para conseguirem o fim proposto executam uma serie de operações de guerra sobre os defensores, os quaes paru defenderem o seu Paiz lambem são obrigados a praticar outro meio de operações militares. Estas operações reduzem-se ás batalhas ,^ú defeza dos pontos fortificados, e aos pequenos combates de parti-

•.das. Na primeira destas operações não se vence quando não ha um certo numero de tropas regulares perfeitamente disciplinadas; na segunda podem-se empregar .com utilidade as tropas denominadas 2.a linha ; na terceira todo o mundo pode combater e inuito auxiliar os Exércitos regulares, que lhe ser-yern

respeitável, tínhamosràs- Milicia*s que bem a proveito,» das eram um auxilio, e tínhamos as Ordenança^ q-we podiam rèpittar^se como o povo em massa or» ,ganisado para; combater. Esta organisação apoiaçUi sobre o espirito marcial do povo Portuguez, e «n» tregue a mãos, ique «oubessem delia aproveitar-sej era uma poderosa garantia da nossaindependenciaj. Hoje, pode infelizmente dizer-se

Se despresamos este salutar principio de conser* vação, ninguém será capaz de prever todos os males que d'ahi nos podem vir.

Sr. Presidente, lem-se fallado na Guarda Na* cional como um eíficaz meio de manter a ordem es> tabelecida, e defender a Pátria. Ninguém respeita esta instituição mais do que eu, e outro tanto posso dizer da maioria da Commissão. Os nossos desejos de ver organisar o Exercito, em cousa alguma pre> judicam a opinião, em que estamos, de que ale'm do Exercite» permanente é preciso haver uma Guarda Nacional de tal maneira organisada, que não só se utilise em sustentar a segurança interna do Paiz, mas seja capaz de bater o inimigo, se elle investir" com as nossas fronteiras. :_. _^^--~~r~"~~~~~~

Outro Sr., Deputada r-para combater o Parecei da maioria da Commissão, fundou-se principalmente no lamentável estado de fortuna publica; tnas, Sr. Presidente, é d'esperar que o estado das nossas finanças melhore; pois se elle não melhorar, então não teremos Exercito, nem grande, nern pequeno, nerri cousa alguma. Também se tem objectado com a difficuldade de levar a effeito o Relatório do augmento de força que propõe a Commissão i a isto responderei que não e' feito o tnesm0 recrutamento repentinamente, e' um processo demorado que durará talvez um anno ; por consequência pouca in-pressão fará no Paiz. Tem-se lambem insistido muito sobre a maior despeza que será preciso fazer se se adoptar o Parecer da maioria da Commissão: posso asseverar, corno já o Eu de outra vez, que a differença da despeza, entre o que propõe a minoria da Commissão aquepropò> a maioria é aproximadamente de cento e oitenta contos ; por esta quantia não deixará a Camará de adoptar o Parecer da maioria.

Tem-se por isso, durante esta discussão, fallado da política dos nossos alliados, da protecção que tomos a esperar delles para podermos manter a nossa independência. Eu enléudo que para poder contar com o auxilio de um áíliado e preciso ser forte; pois do contrario não e urn auxilio que se alcança, é uma tutella pesada, e demasiadamente CJibtosa,í;omo e sempre atutella estrangeira ; não e preciso sair do nosso mesmo Paiz para achar numerosos exemplos do que acabo di?dizer. Procuremos por tanto ser forte* e independontesor nós mesmos e sem protecção .estranha. Continuo a voíar pelo Parecer da maioria da Commissão.

O Sr. Barreto Feio: — A matei ia está esgotada, e julgo que o não estará ene DOS a paciência cia Gamara, mas, pois me chegou a palavra, sempre direi alguma cousa, ainda que não seja senão íparu expor ,a razão do meu voto. ; ,?*' a