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-para aerecliíar que O nobre Deputado não r de maneira alguma prejudicar, nem levemente ausar d'âmno á negociação de que se irada ;-« por faiito, -o .nobre Deputado, estou certo, que sé ha de satisfazer coin a minha resposta, tjue é de quê nada posso dizer sobre este objecto. O nobre De-pijtadtj sabe uiuito bein que em negócios de melindre é de ponderação o Governo nunca é forçado a dar informações, senão -quando entende que não ha nisso nrejuist) para.o serviço publico; agora toda e •quahjuer declaração qtie eu fizesse, reputo-a prejudi-tial, não digo ao Governo, mas ao Paiz; e o no-fcie Deputado.não lia de querer essa resptírisabilida-de. — Não tenho mais nada a diser.

O Sr. I-\tustin& fia Gama : ™ Conheço a importância do objecto, e por isso que a conheço é que me não posso saíisfazer. cmn «'resposta de S. Ex.a, por •fcérto .pouco toiienehte, :on a mais incoherente que s.e deu em Parlaineulo algum. Eu jverguntei se as ftegociaçÕes a que.alludi esíão pendentes, ou se es-tãx> rota?, e porque pergunto eu isto r Porque o Cotmnereio esirangeiro está informado de que.as negociações estão rotos, aotnesino tempo que o Cotn-feiercib T^aciofiãl que nos deve ser tão caro, e que «ífectivatiiente. o é a rniin mais qtsç o Commescio feltra ligeiro^ ignora tudo. Os Estrangeiros saoem o Ijue l^ão de fazer, como hão de viver, porque tem íecfebido informações de que eu tenho noticia, eme ?ão mfficientes couro negociante ; mas na.minha qu.a-iítiíide de Deputado devo procurar saber officiahnen-fe fio iMinistro dos Negócios Estrangeiros -da Rainha ' tle.;'Povrilga! 'o esl.atío desta negociação, não para /nmn porque não preciso/ mas. j>ara c.op1i-ec'iinento eus -geral cio Commercixj Portuguez. A resposta f>ois í]U'e se •dcti imo -satisfaz : por consequência o Sr. Mi-iiiâíro d-eve -dizer u Se a negociação pende , ou se festá rtí-iíi.'» Ist-o -é uiná necessidade urgente que re-tíii-aianl os iníeresses ii\aieriaes'do Paiz., que estão sendo afféctados pvla incerteza ao mesmo j)a'sso q'u-e tjs l^trangieiros «stão-âo facto do succedido, tem ts^vibto , du'do as suas ordens et c. Espero pítis que S. lis.* ,t;'ingin.do-se á pergunta dirá francamente se «s nt-gociáçõess -existem ou não existem ; se estão ••ioícú, o ti uão-e'stáu rotas: é isto.quê espero ine di-%á , -e depois da sua resposta peco a palavra.

O Sr. Mi'iiílro c/os Negócios Estrangeiros; —Eu hvà'Q sei -qwtí iniWtnacões -são essas qire t,etn lido o '•Còunnef-cto Poiíuguez ; não sei-que credito ciliciai Alieis teu); '«eiii realmente isso é da minha com-pe-lencia. Eu deploro «s prejuisos que a .demora-desta ntígòciaçãò li;»-) causaflo; o illusire Deputado por , ííiicUS vj-ut «s sinta, nãt) bs senie por certo tna'is do ^tj-ue eu ; itta%~esiou convencido' -cie

Sr.'Presidente, iiiem disto nada posso responder;

t-entui à-cuascieucia;-como iVlmusiro deque vnui grave

xlamiio a própria negociação, se respondesse ao no-

'-br-e De-pat«do , como elle deseja; é isto poia o que

digo , e o nobre Deputado nada mais pôde exigir.

-O Sir. F. da Gama: ~— Fico entendendo, fico sa-

"bendo o que já sabiá antes de fazer a interpeilação,

~*—q-ue .o Sr.-M-iniblro não pôde, não deseja, não

;quer dar as explicações cathegorieas que eu tinha . direito, a exigir em beneficio do cooimercio do meu "• Pàiz — saiba pois o meu Paiz que eu não faltei ao meu dever; saiba elie que ~eu sei pura mi m que as negociações estão rotas; e o meu Paiz fará desta declaração o i)só que quizer conforme o credito que rne der, assim como ajuizará da resposta do Sr. Ministro. Aonde está o embaraço sei eii: deelara-lo-hei porque é tempo. O Ministro ínglez sempre.qu e tem recebido participações acerca desta negociação, manda-as a Board" of Trade , q.ue nós chamamos Juntado "Comniércio, ali são chamados todos os negociantes, -todos os homens interessados, para que discutindo a matéria emitiam a-sua opinião, dão-na Com franqueza, e Lord A.b'erdeen mestre dos mês* três em dirigir negociações desta ordem, considera •as differentes opiniões, funda a sua, e-remelte-a para Lisboa ao'seu Ministro. Em Portugal não se tem

' - .

feito isto, tem-se feito o contrario; ha um anno que, •a negociação corre ás escondidas", ninguém e ouvi*. .do,, e só. foi hontem, apenas hontern á hora extrema ' que se chamaram alguns Directores de Companhias para darem o seu parecer com muita pressa,'porquê na segunda feira parte o Paquete, e o Governo tem de dar uma solução; á primeira vez exije-se pressa-, mas para .que? O-Governo Portuguez pôde manHar .as respostas que quizer, mas a negociação principil acabou, está rota. O Governo pôde amanhã, pôde no outro dia fazer nova Proposta, mas nova , ficando a outra COLHO se nunca se tivesse falindo em tal. .Note-se porem que eu, longe de nisto fazer censura ao Governo, felicito o Governo e o Paiz por se ter. destruído tal negociação : queria-apenas" ouvi-lo da boca de S. Ex.a: pela minha parte eu nunca desejaria ver o meu Paiz ligado a Convenções, porque .se lhe faltarem a ellas, não fará senã.o caiar-se como faz quem não tem forca : o medo que eu tenho. e que isto seja mais.'um motivo para nos irmos met-•ter não sei aonde, nem com rjuem, netn para •que..'*, não digo mais-.

O Sr. Minhlro dvs Negócios R&lrungeiros :- —Eu - quero dizer .t,'..''

O Sr. Presidente: —-Não pôde fallar sem que a •Camará o corrskiía. , '..'..

O Sr. »Vhni&iro dos Negócios -E-sirangsiros: -—Eu apenas queria dizer .... -

O Sr.: Presidente: — 'Eu 'consulto a Caraàf

O Sr. J. 'Estevão : — Também eu quero fallar .. . '(Sussurro)..

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros : —^Eu cedo: digo só ,q u e o que o Sr. Deputado disse não é. exacto. '

O Sr. Presidente:.—- Como cede, não te u lio a cônsul-tar aCamara senão sobre o pedido dx> Sr. José Estevão.

O Sr.s/íise E'ste-vão: — 'E\i\ Eu ta.-tn-bem cedo." ',

O Sr. Mousinho: — (Sobre a ordem). O objecto

- desta inlerpellação é nimiamente .grave, .para que

com um pretexto fútil deixe de se esclarecer a inateria :

rogo pois a V. Ex.a que consulte a Camará se con-

senteque o Sr. Ministro falle; oobjecto é gravíssimo.

O Sr. Presidente:— O Sr. Ministro ceJeu da palavra, não tenho sobre que consultar a Camará. ,A Ordem' do Dia para a Sessão seguinte é a continuação da de hoje., e subsidiariamente o Projecto N»° 44. Está levantada a Sessão. -*- -Kra-in cinco, à-oras da-l&rde-, O .1." REDACTOR,, '