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Sr. Presidente! Declaro, que estou doente, e fatigado das discussões destas duas semanas. Apezar disso queria continuar a discutir, mas assim declaro-me impossibilitado de o fazer. Estou prompto u sacrificar a saúde e a vida pelo interesse do pai/, mas o paiz não tira partido algum destes sacrifícios! Sr. Presidente, eu opponho-me, com todas as minhas forças a esse requerimento. Tinha tenção, quando me levantei, de lhe propor uma substituição; mas não o faço : vote a Camará o que lhe parecer.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Sr. Presidente, eu persuado-me que o nobre Deputado não tinha razão paia tomar lauto calor nesta questão ; não linha razão alguma para proferir as expressões que proferiu contra o Ministério, e contra a Camará : o que e patuscada, que palavra e esta? (apoiados) Os Srs. Deputados é que estão procurando desacreditar o syslema representativo ; que frases soo estas de querer o Ministério e a Camará que se discuta o orçamento d^ patuscada ?

O Sr. Ávila:—Peço a palavra.

O Sr. Presidente:—Eu não posso deixar de dizer, que me admira que o nobre Deputado diga que a Camará eslava mangando....

O Sr. Ávila:—V. Ex.a me dará a palavra, e eu explicarei o que disse.

O Orador continuando : — Eti lenho a palavra, e como Ministro da Coroa tenho direilo a ser ouvido nas discussões, lenho direito a ser escutado, todos os Sts. Deputados podtm pedir a palavra, e faltarem no seu logar. Eu principiei dizendo que IDO não parecia ler o Sr. Deputado muita razão em tomar tanto calor ivesle negocio ; ale'aqui creio que não offendi ninguém. Sr. Prtsidenle, acaso só *e entende o systema representativo desta forma, quando um Deputado pede ao Ministro do» Negócios Estrangeiros esclarecimentos, e que apezar de dar o Ministro esses esclarecimentos, e de achar-se a Ca-inara habililada para votar, se não vola sem que os Srs. Deputados cheguem a não ter mais vontade de fallar ? Será assim que se entende o systema representativo? O que não é systema representativo e' virem oito, e dez orçamentos á Camará, e não se votar nenhum, (apoiados)

Sr. Presidente, ha dois meses que está nesia Camará o orçamento, parece-me que tem havido tempo de sobejo para se estudar; demais o Governo representativo e um Governo de confiança ; eu não quero, nem o Governo quer a confiança da «ppo-siçâo, antes quer dt.Ha Ioda a guerra po»s vr| para bem do mesmo regimen tepresentativo. Ha dois rnezes que o orçamento foi para uma Cornmissâo de membros escolhidos desta Camará; esta Com-missào leve as suas portas abertas, francas para Iodos os Srs. Deputados que quizesbem esclarecer-se sobre qualquer ponto , e é no fim disto que se pede o adiamento da dUcu&sâo, porque apparece uma ide'a nova, que se deve estudar! Estamos bem aviados se em tudas as questões que se tractassem nesta Casa, porque apparecessc uma ide'a nova, que transtorna todas as idéaâ tecebidas, se adiasse a questão principal, deste u,odo nunca sahiria daqui uma lei. Hoiitt-m apresentava-se uma proposta para acabar com a administração do correio, hoje apresentar-se-hia outra paia que se introduzissem os correios de pombas, ou outra cousa ainda mai* exquisila; seria prudente dizer-se á Camará.— Sr.:,KÂo N.° 23.

Pare lá que queremos estudar? Isto e'quenão e'sys-lema representativa» Ha dois rnezes que o orçamento se acha nas mãos dosSrs. Deputados, os que qui-zessern entrar na discussão, já o deviam ter estudado, e se a palavra dever pôde offender alguém, ré-tiro-a , ruas parece-me que tem tido bastante tem* pó para o estudar.

Sr. Presidente , não se quer discutir? Quer, sicn senhor, e discute-se, (apoiados) e não se diga que o Ministério e devedor de grandes favores á oppo-siçào, não se traga para aqui a oppoíição de 1840 para se di/er que temos estado em agoa de rosas , porque tanta opposição fazem quarenta Deputados faMando por seu turno, como urn que queira fallar quarenta vexes, a questão e a mesma; tudo quanto se vai tractar nesta lei, já está tractado em detalhe.

Sr. Presidenle, se os Srs. Deputados quizerem fazer justiça ao actual Ministério, confirmarão de certo no interior das> suai convicções, de que o Ministério tern feito tudo quanto tem podido para reduzir a despeza do estado áquillo que e possível reduzi-la sem detrimenlo do serviço, e lenho muita pena de me ver obrigado a dize-lo ; mas peço perdão ao illiistre auclor da emenda ; o que se queria fazer ao meu Ministério era iranstornar toda a ordem de serviço.

Sr. Presidente, depois da Cornmissâo ter traba-lltado por tanto tempo, de ler as suas porias abertas a todos os Membros desta casa por tanto tempo antes de apresentar o seu parecer , parece-me que devia de haver mais alguma deferência para C'>m ella ; Sr. Presidente, a primeira dignidade do Parlamento é o decoro nas suas frazes, desde que nós aqui introduzirmos as frazes da praça, havemos ir íiiaí; ninguém presa mais do que eu o systema representativo, tenho feito pela sua estabilidade lia Qôaiinos os sacrifícios que lenho podido, (apoiados) f» neces?aiio que Iodos concorramos para o mesmo fim. Estou prompto para suslenlar todas as verbas, e não faliarei mais para não cançar a Camará.