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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

nente Antonio Ribeiro Mendes Negrão com o governo do districto de Benguella, o entre este e o governo geral sobre as sublevações que tiveram logar n'aquelle concelho nos annos do 1874 e 1875.

15.° Os autos de syndicancia mandada fazer pelo sr. governador geral José Baptista de Andrade, dos factos criminosos praticados por áquelles dois chefes no concelho de Quilengues.

16.° Uma copia do processo crime instaurado no juizo de direito da comarca de Loanda contra empregados da junta da fazenda publica, arguidos do crime de extravio do dinheiro pertencente á mesma fazenda publica, em consequencia de uns autos do investigação levantados pelo administrador do concelho de Loanda, o dr. Alberto Quedes Coutinho Garrido, ex-deputado as côrtes por esta provincia.

17.° O relatorio do visitador das repartições fiscaes das provincias ultramarinas, o sr. Antonio Pedro de Carvalho, ao sr. ministro do ultramar, sobre o estado da junta da fazenda publica da provincia de Angola.

18.º Todas as informações dadas sobre este assumpto pelos governadores geraes José Baptista de Andrade e Caetano Alexandre de Almeida e Albuquerque, e bem assim as informações dadas pelo secretario da dita junta Amaral.

19.° O relatorio da commissão nomeada pelo governador geral da provincia para examinar a escripturação da mesma junta da fazenda.

20.° Toda a correspondencia que, porventura, tenha havido entre o governador o o consul de sua magestade britannica na cidade do Loanda, a respeito do desembarque do uma expedição ingleza no rio Zaire, em 1875, para castigar varios habitantes d'aquelle territorio pertencente á corôa portugueza.

21.° Toda a correspondencia que, porventura, tenha havido entre o commandante da dita expedição e o governador geral, ácerca d'aquelle desembarque no Zaire de forças inglezas para ò fim indicado. = João Gualberto de Barros e Cunha.

Enviado á secretaria para expedir com urgencia.

O sr. Palma: — Mando para a mesa uma representação dos escripturarios do escrivão de fazenda do concelho de Lagoa, em que pedem, como outros funccionarios da mesma classe, que seja melhorada a sua situação, augmentando-se-lhes o vencimento.

Mando tambem uma representação dos empregados da fiscalisação do caminho de forro do norte o leste, em que pedem para serem contemplados com a garantia da aposentação ou reforma, como cem os outros empregados do ministerio das obras publicas.

Eu já fui chefe d'aquella fiscalisação, conheço os serviços importantes o trabalhosos que praticam esses empregados, muitas vezes com risco do vida, e parece-me que a pretensão é justa.

Peco a v. ex.ª que faça dar destino a estas representações, mandando-as ás commissões competentes.

Agora precisava dizer duas palavras a respeito da questão das obras publicas do Algarve; mas,.como fui prevenido, nas considerações que tinha a fazer, pelo meu amigo o sr. Luiz Bivar, e me conformo completamento com o que s. ex.ª disse, abstenho-me de fallar n'essa questão, porque me parece inopportuno e impertinente, emquanto o governo não estiver habilitado com os esclarecimentos da inspecção, a que mandou proceder, para poder avaliar se a mesma questão.

O sr. Telles de Vasconcellos: — Sr. presidente, mando para a mesa uma representação da camara municipal da Villa da Praia da Victoria, que pela mesa foi remettida á commissão de administração publica.

N'essa representação pede-se auctorisação para expropriar um terreno pertencente á cerca do asylo, e ser com elle augmentado o cemiterio.

Como este negocio é um pouco grave, requeiro a v. ex.ª que esta representação seja enviada ao governo para elle ouvir as estações competentes, e quando tiveram sido ouvidas voltar A commissão, e esta dará então o seu parecer como lhe parecer justo.

Sr. presidente, não pude assistir á sessão de sabbado. Circumstancias se deram que determinaram a minha falta aqui, contra minha vontade, mas vim hontem, o não encontrei na camara, nem encontro hoje, e por isso estou algum tanto contrariado e pouco á minha vontade, um sr. deputado, que, a pretexto da satisfação de um requerimento que ha tempos elle fez para que a esta camara fossem remettidos certos documentos, veiu fazer arguições ao coronel do regimento n.º 12 do infanteria, o é certo que eu, na occasião que aquelle sr. deputado requereu a vinda do alguns documentos, pedi que fossem remettidos, não sé os que elle pediu, mas os que elle não pediu.

Constou-me, porém, que o sr. deputado a quem me refiro, e que ainda não vejo presente, viera fazer accusações ao commandante do regimento de infanteria n.º 12, fundando-se apenas em umas correspondencias de um jornal de provincia, parte das quaes me consta leu á camara.

Vejo entrar na sala o sr. deputado a quem me refiro, e cumpre-mo dizer a v. ex.ª, á camara e a elle que eu desde antiga data desadoro, que qualquer membro da representação nacional, embora no uso do seu. direito, venha fazer quaesquer accusações a um individuo estranho a essa representação, sem os documentos na mão, podendo assim lançar suspeitas sobre a honestidade d'esse individuo e sobre a sua honradez. (Apoiados.)

Declaro á assembléa que conheço pessoalmente o digno coronel de infanteria n.º 12, que é um dos homens mais honestos e honrados que eu conheço. (Apoiados.)

Sinto que se viessem fazer aqui estas accusações apenas fundadas n'umas publicações de um jornal, sem trazer ao mesmo tempo as publicações que eram feitas em outros jornaes, talvez mais auctorisados do que aquelle que se citava; e como aqui se leu alguma cousa a esse respeito, permittam-me v. ex.ª e a camara que tambem leia só um periodo de um artigo do um jornal, que é conhecido e que me parece que não será muito suspeito, a Gazeta militar. Este jornal publicou varios artigos em resposta aos que eram escriptos no outro jornal.

Conclue um dos artigos da seguinte maneira, e não citarei nomes, porque isso ficará para quando vierem os documentos pedidos pelo illustre deputado, ou quando s. ex.ª annunciar uma interpellação a esse respeito, que é o que me parece mais regular.

(Leu.) _

Não leio o resto da correspondencia, porque ficará para occasião opportuna. Mas já que se leu isto, ha mais; porque é tão infeliz aquelle sr. coronel do 12, permitta-se-me que assim diga, que até por aquillo que se fez no regimento, durante quatro mezes que lá não esteve, por se achar nos conselhos de guerra, o querem tornar responsavel!!

Peco, pois, licença para ler n'outro jornal o seguinte:

(Leu.)

Fora d'isto lia muitos outros.

Ora, não me parece, pois, conveniente nem rasoavel apresentar estas questões no parlamento, sem virem acompanhadas dos competentes documentos;.o um simples artigo de um jornal, que póde ser escripto com paixão, não é documento. Não se lançam assim suspeitas sobre a honra e o caracter do um individuo. (Apoiados.)

O sr. Francisco de Albuquerque: — Eu não tenho suspeitas.

O Orador: — O illustre deputado diz que não tem suspeitas, não sei se as tem ou não; mas o que desejava era que s. ex.ª, vindo apresentar esta questão ao parlamento, a apresentasse em regra, e acompanhada do todos os documentos que a comprovassem. (Apoiados)

O sr, Francisco de Albuquerque: — S. ex.ª está