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especial dos estudos, n que uie dediquei, é a mmba laboriosa vida clinica, afastam-mt? para bewí longe daqueile campo , onde tem de se debater esta doutrina ; todavia de ta! magaitude e elía, ted responsabilidade pesa «obre o "Deputado, que tem de -votar nesle assumpto, que eu me reputo na ;'h'eeiessidade de consignar tnH)bem de uma maneira •«xY>Ueita , e calhegorica quaes são os meus princi-pios>, e minhas indeslructiveis co-nvicções a este respeito.

*• Sr. Presidente, a Religião do Estado e' indubitavelmente a Calholica Apostólica Romana; o art. 6." da Carla Constitucional e antes a traducção , e manifestação de um sentimento felizmente gravado-, no coração de Iodos os Porlúguezes, do que uma disposição imperativa , ou preceptiva. Ha opiniões tão profundamente arraigadas no coração dos povos j que seria uma insensatez staliiir disposições Legislativas em contravenção delias: é o que se verifica em Portugal a respeito da sua religiosidade. Esta Camará , Sr. Presidente , tendo a restrieta obrigação-de velar pela Constituição dó Estado, inxisittrfocwitie por it-so velar igualmente péla observância do arl..6.° Mas a Religião'do Estado pôde perigar por um de dous modos, ou porque práticas áfeHisuas nella se introduzam, e a Religião de pura e divina que é se torne desvairada e fanática ; ou porque afrouxando-se .a sua disciplina passe insensivelmente do indiffere.ntissimo para a'ifr;piedade. O fanatismo e a impiedade são por consequência ostiscolhos deScyla eCarybdcs, entre os quaes pôde naufragar a barca de Pedro. E quando iodos os ilh-istres" Oradores , que iue !èem precedido, e cujas intenções profundamente respeito, temem, o excesso fanático, «ti só temo o perigo da impiedade!

Pof desgraça nosso, Sr, Presidente, por desgraça nossa, iia longos'annos se foz uma larga sementeiru de ideas .ímpias , immora*-» e anti-.religiosas ; e estava reservado para a geração presente, ou colher o acerbo fruclo daquelia sementeira, ou segar uma a uma .todas essas espigas toxica- , que .matam insensivelmente no coração de um povo virtuoso, o 1 mais bello sentimento que elie pôde nutrir a— Religião. — A missão sublime de um Governo sábio e virtuoso, em Portugal seria hoje a de fazer abortar •ç&sa germinação venenosa-, e destruidora da Moral publica; e esse Governo com doutrinas ta-es não pó» -dia deixar de contar com o meu fraco apoio.

'A Religião Calholica Apostólica Romana' não poete siibsifeíir sem a união com a Cabeça visível da Igreja sobre a terra, o SUIMDO Pontífice. As nossas felaçòes para com a Corte dv Roma são por conseguinte dtij>!icadas , isto. e, poliiica» e diplomáticas, como d'Estado para Estado', e religiosas e í-spirituaes, .como d'.- Filho submisso para com o Pai coinmiim dos Fieis. Mas hoje que «s Srs. De-•pulaclos alcunham de impotentes os analhemas do Vaticano, que e que podem temer da parle de Ro-ÍRft ? Que susto é t:s!e fjuf constantementc aqui se tpier imprimir desses desejos, e propensõcs da Cu-tia de Roma para alargar e estender o seu d o m í* •fiio? Se o Surnmo Pontífice n-ão pôde destronar um •Re-i, se o Clero e fraco, se a excomniunhão não • «terra, o que e qi.ie se teme da parle da Cúria Po n'* lificia l .Serão acaso as •cohortes Romanas? fiisum ieneatit am.ici !

Têm-se aqui fatiado da nomeação dos Bispos, e

da ac(juiescencia ou repugnância , que da parle dê Roma tem havido para a sua confirmação. Contra a não confirmação d*algum doseleiios vejo eu sempre argumentar com as prerogalivás offendidas da Coroa, e com as isenções despresadas da igreja Lusitana. .

Sr. Presidente, eu entendo quo o direito da confirmação pertence tanto ao Sumrno Pontífice , co-m

Neste mesmo mez , em que estamos (Março) faz 12-2.annos que nesta rnesma Cidade n'uma Assernbléa respeitável, e que não pôde sor suspeita a esta Camará , agitava-se uma questão similhanle a esta! Na Sessão do 1.° de Março de 1821 dous grandes luminares da* Côrles de então os Srs.'Arcebispoda Bahia, e Bispo de Beja , historiando o direito de' apresentação declararam u que no Concilio Tole-tano, e'ra de 665, foi a primeira vez que se concedeu aos Fundadores.das Igrejas de nomear um Clérigo idóneo ao Bispo, para este o instituir na Igreja, r Pelo decurso do tempo passaram os Pontífices" Romanos a conceder aos Príncipes,

Houve et» Portugal, Sr. Presidente, um Prin-cipe , cujo nome .respeito, que era o filho perdile-cto da Santa Se: dous Bispos nomeou o Governo desse Príncipe, um era Deão da Se .paia que fora nomeado Arcebispo, n'uina illustre casa deites Reinos, e Prior iVJór da Ordem de Christo, e o outro lauto da confiança desse Governo, que fez parte d'uma das Commissôes mais importantes dessa e'po-ca ; a Santa Se recusou-se á confirmação. d'um e d'outro , nunca foram' Bispo», e nunca se entendeu que nisso houvesse quebra da Auctoridade Real. E sabe V. Ex.a quem foi. substituir o primeiro dos nomeados, aliás tão qualificado? Um pobre fradinho Varatojano L. Oh ! Sr. Presidente, onde se achará esta igualdade tão appetecida, e nunca encontrada, como no centro do ChristiariUmo ?