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missiveis os cálculos do nobre Deputado, porque «•lies falham na sua hypoitiese.. O nobre Deputado pôde figurar hypolheses a seu bei prazer, e sobre ellas fazer cálculos, escreve-los no gabinete cm cima da mesa ; lambem eu sou um dos escrevinhadores, também faço muito calculo, e sobre dados imaginários, sobre meras e evuntuaes íivpotlie-ses, e "" fi|n de tudo que tenho estado a fazer? Cousas aéreas; castellos no ar! Mas eu não chamo cestellos aerios aos cálculos do nobre Deputado; são matliematicos, são exactos; das hypotheses e (]iie entendo que senão deve partir, quando se quer prompla realidade: quem nosaffiança que taes hypotheses se verificam ? E então usarei de uma frase

, muito conhecida entre nós, e ate do nosso baixo povo — mais vale um pássaro na mão do que dois a voar: (apoiados) antes façamos agora algum sacrifício mais do que faríamos, dadas as liypolheses do Sr. Deputado, e que só se poderiam verificar daqui a quatro ou cinco annos; porque e mais vantajoso que nós desde já operemos noin o nosso credito de-saffrontados; embora se faça maior sacrifício desde já, porque esse sacrifício lia de ser compensado mul-tiplicadamenle, e todos sabem como se multiplicam os meios do credito; quem maneja as cifras, c quem sabe mover os capitães, não pôde deixar de reconhecer, que nós tiraremos muitíssima vantagem para o futuro de fixar desde já o juro da divida externa, ainda que agora tivessegios a certesa, que não temos, de o fazer por preço melhor que aquella que se aptesnnta ; porque neste intervallo nós poderemos mover o nosso credito, dar-lhe applicaçâo tal, que nos dê compensações muitíssimo superiores ao sacrifício que agora fazemos. Cálculos sobre eventualidades! Mas cálculos feito» sobre resultados certos e positivos, lêem uma consequência positiva e determinada.

Sr. Presidente, eu descançarei um momento para

f tomar alento!,... A questão e muitíssimo fastidiosa para quem ouve, mas não o é menos para quem entra nella ; (apoiados) uns applicam a força da sua altenção, outros já tem consumido muitos dias, e applicado a força do seu cérebro para fazer estes cálculos, e ha uma distancia assaz grande entre uma cousa e outra! Confesso, que realmente me acho um pouco fatigado! Mas não hei de fazer uma larga paragem; peço simplesmente um momento, (pausa)

A respeito da commissão que se estabelece no contracto, disse o illustre Deputado — que a operação foi proposta por os bonds-holders, que por tanto era contra os princípios ; porque quem propõe tem interesses, e não pode pedir commissão por fazer aquillo para que se offerece ! Como e contra os princípios, se e uma condição do contracto? Como podia o Governo dizer — acceito o contracto, mas não vos dou n commissão, se no calculo da proposta entrou já o lucro que pôde resultar dessa commissão? Não e' contra os princípios; está dentro dos princípios ; uns propõem, outros acceitam , ou recusam. Os conlracladores di-zerp — a compensação da differcnça do juro de 3 a 4, avaliada em ti m anno em libras 95:839, ou em perlo de 400 contos, durante 4- annos, ainda a não achamos suficiente para a pôr em parallelo com os direitos de que desistimos, e que tínhamos diante de nós; — e não fallo dos direitos que ficam SESSÃO N.° 3.

atraz , apesar do que disse o nobre Deputado; e já aqui li a opinião de alguém muito respeitável, que fez entrar ern linha de calculo as obrigações pretéritas, e as obrigações futuras, o que prova bem que a questão ainda não está decisivamente clara como o illustre Deputado suppõe; o nobre Deputado resolveu-a, e julgo que bem, eu sou da sua opinião.. (O Sr. Ãvila: — Nem podia deixar de ser). Mas e necessário que também .a tenham os nossos credores! E o citado decreto pôde dar logar a contestações: eu entendo a questão como o Sr. Deputado a entendeu, roas o que quero e' livrar-n>ve de eventualidades futuras; e também aqui usarei de urn dos nossos rifões rnuito conhecido — tnais nale uma má composição , que uniu boa demanda ; ern lodo o caso para evitar as eventualidades que podem vir a ler logar, e' melhor fixar as cousas quanto antes. O que os contractadores lêem obrigação do converter, são 4 milhões de libras esterlinas; em relação a esses 4 milhões de libras esterlinas hão de receber a differença do juro de 3 a 4, e um por cento de commissão que faz um dos elementos do prémio que lêem de receber pela desistência dos seus direitos futuros; porque e necessário ver, que este prémio que damos, não e para 05 conlractadores gratuito; para eiles e oneroso c muito oneroso; com elle compramos o futuro, e elles desistem dos direitos que tèem nesse futuro; uns, e outros andam bem ; uns e outros querem fixar a sua situação, e não querem depender de eventualidades futuras; elles não querem ; o Governo não deve querer; e eis-aqui porque eu desejo que a conversão se faça. Mr. Thornton que tanta opposição fez á primeira conversão, hoje faz a mesma a esta, prova evidente, que ella não lhe d;í lauta vantagem como o1 Sr. Deputado suppõe, e Mr. Thornlon

entende do negocio..... (O Sr. ^viia :—Veiu a

ella). Veiu porque os fundos estavam já citados; veiu quando não podia deixar de vir, porque lhe era rnais conveniente vir a ella. que continuar a manter-se na posição ern que seachava. Mr. Thornton viu que um decreto do Governo só lhe linha estabelecido meio juro; que desde logo não tinha direito a mais, por que se quizesse conservar esse direito, viesse á conversão ; e agora as cousas mudam rnuito de figura: não convertendo, ficam em pé os direitos que teem consignados nos seus bonds, e nos coupons annexos, se quizer esperar pelo tempo etn que elles hão de vencer-se; no caso antc rior, se os coupons dos seus antigos bonds lhe davam um direito, os acontecimentos posteriores lh'o tiraram, não podia argumentar com elles, porque a maioria dos.bonds-ho/ders linha acceitado as disposições do decreto de 2 de novembro.