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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Discurso do sr. deputado Mariano de Carvalho, proferido na sessão de 22 de abril, e que devia ler-se a pag. 1299, col. 2.ª, d'este Diario

O sr. Mariano de Carvalho: — Desejo responder em muito poucas palavras ás observações que acaba de fazer o sr. Franco Frazão.

O illustre deputado queixa-se de que eu lhe chamei faccioso e injusto. Não me peza na consciencia ter dirigido expressão alguma offensiva a s. ex.ª Disse só que me admirava que a paixão partidaria influisse a tal ponto no animo de s. ex.ª, que se esquecesse do que dispõe um artigo do codigo administrativo. D'aqui a chamar faccioso e injusto ao illustre deputado vae uma enorme distancia.

O illustre deputado quer-me considerar faccioso, porque diz que eu sou procurador em causa propria. Com o ser membro da opposição, creio que não procedo por espirito de facção, mas em vista do que dizem documentos authenticos e factos publicos. Não discuto, porém, se sou ou não faccioso; o que posso dizer é que não fui eu que redigi a ordem em que se mandava prender o cidadão a que s. ex.ª se referiu.

O illustre deputado diz-nos que esta questão é apenas levantada por intrigas locaes. Não quero saber de intrigas locaes; do que quero saber é de uma ordem redigida e assignada pelo juiz, pela qual se mandou metter na cadeia um individuo que, segundo as leis, não podia ser preso.

O illustre deputado offereceu-se para provar, pelo codigo e mais leis em vigor, que aquelle homem devia ser preso.

Mas s. ex.ª offereceu-se apenas para provar, e não pro-