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t a m bom da margem esquerda do Tejo a Badajoz ha de haver uni caminho "de ferro como ha nos outros paize», talvez nisto fossem excessivos, talvez nisto a sua imaginação os levasse muito adiante, mas e certo que não houve falta de patriotismo, (apoiados) é certo que o estimulo de ver todas as nações, a Allemanhu, a Inglaterra, que já gastou 60 milhões de libras esterjinas ern estradas de ferro, a Itália, todos os paize» da Europa empenhados em fazer estradas de ferro, esta companhia pelo menos ha-de-se-lhe dar credito de que foi impei i ida por uma força patriótica, que não é dado a todos apresentar, (apoiados)

E, Sr. Presidente, poderia o Governo rejeitar esta grande offerta só porque tinha uma clausula que podia ou não "ser adequada ao nosso Paiz nas presentes circumstancias ? Não senhor, o Governo faria muilo mal, se tal fizesse ; porque a Europa toda está em tal movimento de progresso, que nós imo sabemos se aquillo que hoje retirávamos neste sentido, daqui a dons annos teríamos de envergonhar-nos de o ter retirado, rtós nào sabemos se hoje esta estrada que parece que vai ficar aili isolada, sem ler um ponto de grande" movimento, porque não tem'um porto de mar em Badajoz, daqui a pouco nos fará communicar por caminhos de ferro com o resto da Europa^ (apoiados) Não vemos a Hes-panha empenhada em fazer estradas de ferro? Nào « para já; mas quem duvida de que em poucos annos islo possa acontecer? Não vemos fazer-se uma estrada entre Moscou e SanfPetersburgo ? Não vemos por toda a parle, mesmo em Paizes que ainda se podem considerar meio — selvagens Iraotar-se de fazer estradas ~de ferro? O' Sr. Presidente, quando vejo uma corporação de homens respeitados nesta praça de todos, de tantos estrangeiros... (Uma voz: — É o Roma). Sim, Sr. Presidente, é o Sr. Roma, um nobre membro desta Camará ; quem pôde duvidar (eu sou insuspeito, Sr. Presidente), que á sua intelligencia, que á sua honradez, (apoia." dos) que á sua promptidão em dar contas, (apoiados) e ainda mais, que á sua fortuna (lambem Na-poleâo queria os seus generaes afortunados), quem pôde duvidar, digo, que são Iodas estas circumstancias juntas aquellas que o t e e-m feito dominar nos capitães de quasi toda es->a Lisboa? Tal con-junclo de circumslancias o Governo nào o devia desprezar, não podia des>»reza-lo, e o Governo não legislou, fez aquillo que entendeu que era ulil ao Paiz, e vem á Camará apresentar os seus projectos; se a Camará o não entender assim, rejeita-os ; mas que ha aqui de prepotência, que ha aqui de violência, e de arbitrário?

Sr. Presidente , nào ha duvida de que algumas cousas na lei cias obras publicas fie um reservadas porá urn accordo entre.o Governo, e a companhia; o nobre Deputado tirou destas cousas todo o partido possiveí para mostrar ou querer provar que era o Governo que ficava legislando, que era a companhia mesmo a que ficava legislando, mas o nobre Deputado não altendeu a que essas clausulas ou essas válvulas de salvação, como lhe chamou, eram daquellas da natureza do mesmo contracto. Principiarei por aquella válvula de salvação, a que o nobre Deputado al-ludità. Sr. présidenle, se uma força maior, se uma catástrofe física desgraç^da-tuente cahir nesle Paiz se uma òccupação, ^equal-

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quer outro incidente obstar ao progresso das obras* seria necessário que estivesse ahi a condição? O* Sr. Presidente! Eu não sou jurisconsulto, rnas parece-me que este é um daquelles princípios que estão hoje ao alcance de todos, que estão hoje, e sempre estiveram ao alcance, e conhecimento de todos. Pois, Sr. Presidente, para isto era necessário condição expressa ? Esta condição e a mais natural que é possivel — a lei da necessidade;—queria o nobre Deputado voltar-se contra ella ? Sr. Presidente , o Governo conhece que a companhia tem entrado neste negocio de muilo boa fé, mas nern por isso tem deixado de estabelecer tudo aquillo que é necessário para a segurança da fazenda , para a segurança do Paiz; essas mesmas convenções de que fallou o nobre Deputado, e pelas quaes , e com as quaes formou um castello que parecia que nos ia esmagar, essas mesmas, Sr. Presidente, são estabelecidas naquellas cousas em que a companhia não deve ter interesse diverso "do Governo, em que o Governo não pôde lor interesse diverso do da companhia. Pois, Sr. Presidente , como se pôde imaginar que a companhia fosse composta de homens tão estultos que quizessom apresentar as taxas dos fretes excessivas ? (apoiados) Como era possível que quizessem similhante cousa ? No mesmo instante arruinava-se aernpreza. (apoiados)

Isto e claro, Sr. Presidente. Pois não e' o interesse da companhia, estabelecer as suas taxas rn-soaveis? ri eníão para que e esse susto? E ainda 'assim o Governo tem ioda a mão, tem toda a nucloridade nesse negocio. Seria não acabar. Sr. Presidente, estar aqui ^t responder a todas as observações do nobre Deputado ; o nobre Deputado nào pôde apanhar o pensamento da lei, e desde que se nào pôde alcançar o pensamento de urna lei, não pôde realmente haver discussão profícua ; então é que eu digo que a discussão é estéril , saber neste ou naquelle ponto traduzi-la á sua vontade, ler urn artigo, saltar pelo mais importante, isto não esclarece. A lei é simples, a lei é clara, o pensamento é o mais simples e o rnais claro possível ; se houvermos de ler estradas, ou eu me rn^a-

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