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Ora, Sr. Presidente, que pagamos nós pela es-fcala ascendente de três, quatro, cinco, Seis, e depois, cinco por cento no espaço de sessenta annos, e que e' o que se exige de nós por esta conversão? Eis.-aqui a questão. Que pagamos nós, Sr. Presidente ? Nós temos de pagar ern números redondos no espaço de 60 annos pela escola ascendente vinte e nove snilhõcs, e setecentas mil libras esterlinas, e que pagamos nós pela conversão juntando-lhe mais cem contos para amortisaçâo nos primeiros 20 ânuos, e depois delíes a quantia necessária para operar a amortisação nos seguintes quarenta annos ! Vinte e seis milhões e trezentas mil libras esterlinas, calculando já corn a commissào accrescida ao capital. E deve notar-se que considerei esta cornmis-«•ão como paga em bonds ao preço do mercado, ao mesmo tempo que considerei ao par os bonds comprados para a amorlisaçâo tanto para a dos primeiros vinte annos, como para a dos restantes quarenta. O calculo foi feito com a máxima segurança. Elle dá portanto cm resultado não só, como digo, urna economia de três milhões e quatrocentas mil libras esterlinas, mas a inapreciável vantagem de nos acharmos no fim de se*-.enta annos com a nossa divida extinctn, edesenfeudados de uma praça estrangeira, rritretonto que continuando a escala ascendente teríamos de pagar naquelle periodo mais três milhões e quatrocentas mil libras, ficando no fim delle com o mesmo enorme peso de divida que hoje existe. Este calculo e exacto, este calculo não pôde faltar, eu respondo por elle. (apoiado)

Como se pude dizer que uma operação que dáes-te resultado, o resultado de uma economia immen-sa , o resultado que nos liberta para sempre de uma divida qne nosopprime, senão devesse acceitar ? Como se pôde dizer que é ruinosa, que não vale nada?... (apoiado) Eu espanto-me ao ouvir taes proposições, (apoiados) (O Sr. jfvila :—Deixem-me fallar, não me tirem a palavra que eu responderei). O Orador.-—Eu não é que hei-de dar, nem tirar a palavra ao Sr. Deputado, (apoiado) O Sr. Deputado não apresentou aqui os seus cálculos?... Quando o fez, interrompeu-o alguém ? (apoiados) Deixem-me apresentar os meus, e não me interrompam por Deos quando o faço, tanto mais, que ene persuado

tos o ficarem desenfeudados de uma praça estraii* geira ?. . . (apoiadosJTemoa nós na no^sa mão fazer uma operação com mais vantagens r... (apoiados) Não, Sr. Presidente, (apoiados) E ainda digo mais, porque esla operação senão intendeu bem, esta operação e uma operação de conversão, e de amortisação, (apoiados) é uma operação mixta. (apoiados) E não olham os nobres Deputados que chegando a concluir-se esta operação, nós ficamos com margem aberta, que nós ficamos habilitados para conseguir tudo qmnto ó nosso credito nós pôde trazer ? (apoiados)

Sr. Presidente, vem aqui fazer-se a conta a 100 contos, n quatro annos, quanto se gasta , o quanto se perde , de donde sabem , de donde não sahem , isto são tudo cálculos mesquinhos, é preciso ver a transacção no seu complexo; quanto são os seus encargos , quanto são os que pesavam sobre nós pelo outro systema, mas tirar um resultado geral, (apoiado) É preciso olhar a questão da conversão pelo lado da conveniência geral; é preciso ainda considerar que feita ella ficn sempre o Governo com a possibilidade de tirar para o futuro todo o partido, se o nosso credito poder p ogredir; não ha duvida que se o Paiz continuar neste estado de tranquiliidade e es* tabilidade emque tem existido, seja qualquer que for o Governo que nos succeder, porque não estr.tnos em tempo de recear que deixem de vir as capacidades do Paiz ao Ministério, se o nosso credito progredir fica-nos a porta aberta, para nos pormos ao nível1 das outras nações, (apoiados) Sr. Presidente, nada de egoísmo, é necessário acceitar o bem seja feito por quem for, (apoiados) é necessário não desaproveitar esía occasião. (apoiados) E eu faço votos, Sr. Presidente, para que a conversão não seja só dos 4 milhões, mastim do lodo. (apoiado, apoiado) Eu faço votos em nome do Paiz, em nome mesmo do Sr. Deputado que hoje faz opposição a essa operação, para que de futuro nós possamos desembaraçar-nos em todo desta divida, (apoiado, apoiado)

Sr. Presidente, eu tinha muitas outras considerações afazer, mas eu declaro á Camará que estou tão cançado que tne não é possível continuar, mas antes disso direi, Sr. Presidente, que estou tão convencido das grandes vantagens desta operação, que não me é possível deixar de dar os maiores louvores ao seu em-prehendedor, (apoiado^ apoiado) que embora delia lhe resultem benefícios, ella é com superioridade em beneficio geral do Paiz. (muitos apoiados) Sr. Presidente, eu declaro que o invejo, não pelos seus capitães que muitos os teem sem mérito algum, não me importa isso; faço muito gosto da minha cadeira de Ministro, tenho muita honra em merecera confiança da Sobrana, tenho muita honra em merecer aconfiança das Camarás, mas trocaria por ter o meu nome associado a esta . grande operação ; por merecer os louvores que sempre hade ter o einprehendedor; pelas bênçãos que sempre ihe hade lançar o Paiz, (apoiado, apoiado) por esta operação, pois não conheço uma operação como esta> nunca em Portugal se fez uma operação que se apresente mais recheada de grandes resultados, e benefi-cios para o Paiz do que esta. (fozes: — Apoiado, apoiado, muito bem, muito bem).

O Sr. Presidente:—A ordem do dia para ama» nhã é a mesma. Está levantada a Sessão. — Eram onze horas da noite.

O REDACTOR,