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íó% incònvehièetes,, ínherenles á-snà situação, e por isso o imposto dê Fabricas nada têm com os outros; Estes campos não são invadidos só pelo Tejo, 'taiíi-betn o são pelas ágoas dos montes, .e aquilló de que se tracta agora, e.de obstar ao effeito cksita"* à^oas, para isto e qòe se'estabelece a contribuição de que se traeta : lo^o", nada tem ella com às Fabricas.

Às Camarás Municipais de SsVntárem, Cartaxo, e Azambuja resolveram —^em oniro tfrnpo dar esta contribuição para á*abertUra desta Valia, e diligenciaram qtie a dita abertura se fizesse por uiuiò des-Va conUibuiçã-o ; porem "não pôde isto ser lavado a eíTeito, em consequência d* se inostrár pelas primeiras estimativas, que a obra exigiria grande fundo pecuniário, e disponível em prasos curtos. "Se uni empréstimo sobre a contribuição se houvesse effectuado, por certo que para o pagamento do ca-pilal'e juros, i\iíò seria possível hypothecar a contribuição por menos dos 40 annos; ainda mesmo não fatiando da limpeza é conservação succossrvá. K' claro (pie, a Valia, urna vez aberta, não pôde prescindir de despezas annuaes -rert-as , e de outraâ em reparações óccasionaes, e deste enlertenituento ficam os campos desligados', porque ,a Companhia toma sobre si essa obrigação para o futuro. Foram estas as razões , porque se concordou em Conunis-sào no estabelecimento do práso de 40 annos erh máximo. A Comrnissão entendeu que podia copsU gnar e^ta clausula na redacção da Lei, pnrtjuè ainda que não tivesse sido votada expressamente, já eu'disse hontem que $ quando eu propiiá e»te pfaso ha Camará, ninguém o impugnou, e a Camará ac-quiesceu tacitamente a elle; quero dizer , que a Comrnissão não f*>z mais do que escrever aquilló que á Camará tinha tacitamente approvado ; ao-ora a Camará decida como quizer , a minha convicção e que esta contribuição não e nociva nem gravosa fiara aquelles'campos, aíténtos os bens, que lliès resultarão necessariamente da obra.

O Sr. Xavier da Silva: — Repito ò quê muitas vezes tenho d U:to, que a obra tem vantagens, e que só me opponho ao modo porque se quer fazer, e/jíiantO' ao insistir-se que a Cantara tinha acquiescidç) a esta ide'a, devo dizer que em Leis não ha acquiescencias, ha votações; S: Ex.a 'sabe melhor do que eu, que a Camará não votou, que ó Contracto poderia ser por 40 anoos; verdade é que S. Ex.a disse nó seu discurso a, primeira vez que fallou, para prevenir uma falta que tinha u Lei, que o prazo dó Contracto"po-desse ser ate 40 annos, mas eu não podia entrar na questão se havia de ser por 40, 30 ou 50 anncbj porque este objecto não estava em vdiseussão. Ora devo dizer que eu desejo que á empreza se façam boas todas as condições, mas só aquelias que forem .possíveis; durei o meu voto para que por 40 ou 50 annos, mas o que dí^o é que com esta -contribuição va^nos obrigar arjuolles campos apagar mais uni imposto local, que não e' nada manos que 8 contos dê réis por anuo. . .

Ainda ha {mucos dias que faliei cdm vim lavrador daquelíe ponto, e. me dis e que todos reconheciam as vantagens da abertura da Valia, mas que por o modo que queriam fazer estji obra, era impossível nas actuaes circurMStHncias. É verdade que os povos quando se reuniram em. 1836 mostraram muitos bons .desejos de que a Valia se abrisse, mas S. Jix.a dev Vê lembrar-se que nesta mesma occasiào, os povoa

do Concelho d'Azarribujeira á vista da contribuição de uma moeda por cada rrioio de terra, jènuriciaraoi; 'ao beáefício dó melhoramento da Valia:" o mesmo:, ha de acontecer agora, corri outros Concelhos, e,, muito mais quando se conhecer ó,ue o Contracto, dif-fere dó primeiro, em que as Câmaras deviam fazer a obra, é tinham a administração dó ó, u e era seu; e agoVa e um emprehèndedor que quer fazer as obrasj. e que pertende sujeitar os povos daquéllesÇóncèlhóã é útná contribuição sobre os campos, e.a pagar psx direitos de navegação; isto não é possível, por cón>; sequência por todas estas razões parecè-me quê S. Ex.a não poderá deixar de concordar, que a cóntri*. buição seja só por 10• annos-, e mesmo porque da, Lei das estradas que á pouco se voíòu ;, hão de re«» èultar inuitos melhoramentos, e os direitos de nave*. gação hão de produzir mais dós 4 contos em que se) calculou érh 183í>, e ha de dar mais de 8 contos dê; reis, que e o juro de 5| dós 160:000$ que sé per« tendem empregar. Duvida-se que o canal ha de prejudicar a navegação do Tejo? Pois o tempo Q. demonstrará. Eu. estou certo de que o can.al, feito pelo modo. que disse o Sr. Monsinho, com eclusfs, se pód.e fazer sem ser necessário sangrar muito, o Tejo,í ilias a conveniência da -émpr.eza, para q.ue todos &&, sirvam do canal, ha de-fazer que a sangria, do. Tejo; seja tal, que a navegação dei lê h a-de acabar nos mezes do estio. Digo isto muito claramente, e o tem» pó o demonstrará em pouco. Por consequência lan* ce-sé a contribuição unicamente 10 annos; e já não, e pouco; porque lá lhe ficam os impostos da nave^ gãção. e o ThesOuro para supprir, se O reridiinentó não chegar ao juro de 5 2 ,

O Sr. Mouainho d* sllbuq--ierque-• —r Nada prec|-; saria eu dizer sobre a insistência que foz o Sr. Deputado em se ter inserido ò período de 40 annos ; sem ler sido votado expressamente pela Camará, porque já disse que não era matéria votada , e que devia ser discutida. Por consequência a insistência, - do Sr. Deputado não pode ter por fim o interesse, publico; porque a matéria está em discussão: se porem e urna simples reprehehsâo á Cornmissão ou, a mim, por terrrios inserido esâa disposição indevU damente, devo dizer quê ninguém tem direito are-prbhénder-me j ou ensinar-me , não me dou como reprehendido, 'e- só na Camará admilto O direito; de reprehender-mè como Deputando.

AgorX direi entrando na matéria. O CoricelliOí d'Azambiijeira , totiio o Sr; Deputado sabe , não possue quasi terras algumas no campo, póssue mui poucas terras baixas; quàsi todas são altas; e essa, é a razão porque esse Concelho rhenos apoiou a coiuribuição para a limpesa da Valia, e .se recusou até a tornar parte nessa empreza. E que lhe responderam os outros Concelhos ? Que tomavam sobre si esse déficit, embora a Azarnbnjeira se separasse da empreza: tanto era o interesse que tinham na obra. N , - -..•-.-