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zeis dos dotes singulares com que o Ceo adornara a Alma da Angelica Filha que acabo de perder; os meus maternaes cuidados e desvelos tinham sido abençoados do Ceo; Eu podia ainda Chnmar-me feliz, mas hoje, só me resta submetter-Me aos impenetraveis Decretos da Providencia, e pedir-lhe forças para christãmente supportar a violencia da minha dôr.

« Para responder quanto Me e possivel ás demonstrações de profunda magoa dadas pela camara electiva logo que recebeu participação official do fallecimento da Princeza Minha Querida Filha bastará dizer-vos que li com lagrimas quanto mencionais naquella mensagem, e gravastes perpetuamente na memoria de uma Mãi inconsolavel e agradecida. (Assignada). =. Dona Amelia. = Palacio junto á cidade do Funchal, em dois de Abril de mil oitocentos cincoenta e reis.»

O sr. Vellez Caldeira: — Peço a palavra.

O sr. Presidente: — Se a palavra é sobre este objecto, permitta-me o sr. deputado primeiramente dizer que julgo interpretar bem os sentimentos da camara propondo-lhe:

1.º Se é de voto que se consigne na acta que a camara recebeu com o mais profundo reconhecimento a resposta de Sua Magestade Imperial): (Muitas apoiados)

2.º Que se transcreva por extenso na acta tanto a resposta como a mensagem: (Apoiados)

3.º Que seja o autografo da resposta depositado nos archivos da camara: (Apoiados)

4.º Finalmente, que a mensagem da camara e a resposta de Sua Magestade sejam publicadas no Diario do Governo. (Apoiados)

A camara approvou, em todas as suas partes a proposta do sr. presidente.

O sr. Vellez Caldeira: — Eu fui completamente prevenido por v. ex. no que tinha a propor á camara sobre este objecto.

O sr. Avila: — Peço a v. ex.ª que mande declarar na acta que a sua proposta foi unanimemente approvada

O sr. Presidente: — Assim se declarará na acta.

CORRESPONDENCIA.

Declaração: — Do sr. F. J. Maia, de que o sr. Affonso Botelho não póde comparecer á sessão de hoje, e talvez a mais algumas. — Inteirada.

Officios: — 1.º Do sr. deputado Saraiva de Carvalho, participando, que visto continuar o seu máo estado de saude não póde comparecer á sessão de hoje, e talvez a mais algumas. — Inteirada.

2.º Do ministerio da fazenda acompanhando as cópias das informações prestadas pelos directores das alfandegas grandes de Lisboa e Porto, e pelo director da casa da moeda, sobre o valôr e peso da prata amoedada naquella casa, em cada um dos annos de 1851 e 1852, quantidade de prata que ali foi levada desde o 1.º de janeiro deste anno, para ser amoedada; e bem assim da prata em barra, despachada por saída pelas mencionadas duas alfandegas na épica de que se Irada; satisfazendo assim a um requerimento do sr. Santos Monteiro. — Para a secretaria.

SEGUNDAS LEITURAS.

1.ª Proposta — Peço que a proposta do sr. deputado Magalhães Coutinho, sobre a administração militar de saude, seja tambem enviada á commissão de guerra.» — Palmeirim.

Foi admittida — E logo approvada.

2.ª Proposta. — Proponho que as cópias dos officios, que se escreveram aos srs. deputados, que ainda se não apresentaram nesta camara, e as respostas respectivas sejam remettidas á primeira commissão de verificação de poderes, para que esta o mais breve possivel declare quaes os logares vagos, conforme dispõe o artigo 109.º § 3.º do decreto de 30 de setembro de 1852. « — Pinto de Almeida.

Foi admittida — E logo approvada.

O sr. F. J. Maia: — Envio para a mesa tres pareceres da commissão de fazenda.

Ficaram sobre a mesa para opportunamente se tomarem em conta.

O sr. Pinto de Almeida: — Mando para a mesa o seguinte requerimento. (Leu)

Ficou para se lhe dar andamento ámanha.

O sr. Cazado: — Mando para a mesa um requerimento de Anna Pereira dos Santos e suas irmãs, pedindo que se lhe restituam as suas legitimas que, estando em deposito, delle foram tiradas em 1847. Peço que este requerimento seja remettido á commissão de fazenda.

Ficou para se lhe dar o conveniente destino.

ORDEM DO DIA.

Continua a discussão do projecto n.º 7 (V. sessão de 29 de março).

O sr. José Estevão: — Sr. presidente, se a camara tiver a paciencia de me ouvir por mais algum tempo, acabarei as ponderações que tenho a apresentar-lhe, sobre os varios assumptos de que nos occupamos — as leis da dictadura.

Detinha-me eu hontem em analysar o nosso systema financeiro, para fundamentar o meu voto, ácerca da contribuição de repartição. Eu li á camara uma nota das contribuições directas por districtos; não da contribuição directa recebida nos cofres, e applicada para a despeza geral do estado, mas das contribuições destinadas para os parochos, para as despezas municipaes. Sr. presidente, não sei porque todas estas contribuições senão hão de reunir em uma só; não sei porque nós não havemos de ler um systema de administração, e cobrança para todas ellas, e deixarmos de retalhar os rendimentos do estado, conseguindo assim uma economia, e livrando os povos dos vexames que lhes causam os recebedores destas differentes receitas. Este systema actual de arrecadação e cobrança das congruas é uma necessidade, e é uma desordem financeira, porque dá occasião a uma lucta escandalosa entre o parocho e parochianos, de que se originam demandas e processos; sendo muito mais decoroso e serio que fossem subsidiados pelo estado como todos os outros empregados.

Sr. presidente, nós fazemos commissões de inquerito para tudo; esta camara devassa tudo. Depois que se estabeleceu, felizmente, este direito no acto addicional, queremos usar largamente delle, e isto prova que nós apreciamos as prorogativas, e os direitos de liberdade que nos concedem. O banco que até aqui era um sanctuario que todos respeitavam, e em que «e não bulla, está sendo inquerido por com