O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

mentos *ào sempre apresentados na Gamara dentro dos limites da possibilidade e conveniência; quando se pedem quaesqner esclarecimentos que utacam a possibilidade e conveniência, o Governo responde nesse sentido, isto e, que os não pôde dar, e fica assim satisfeito o requerimento; por consequência se houver algum inconveniente em o Governo apresentar esses esclarecimentos, elle responde por essa forma, e nenhum ha em se approvar agora o requerimento (Apoiados).

Disse o illuslre Deputado, como irrogando censura ao Governo, que achava que tinha sido inconveniente a publicação do programma para se confiar a cons-trucção do caminho de ferro a qualquer cmpreza que se apresentasse a solicital-o, isto antes da approva-çâo do Projecto que está na Camará, sobre este importante assumpto; a este respeito pouco posso accres-cenlar ao que acabou de dizer o Sr. Casal Ribeiro, no entretanto abundando nas suas idoas, intendo que o Governo não pôde senão merecer elogios da Camará, porque neste caso não fez mai* do que adiantar trabalho que era preciso depois na prnt'ca, e tudo quanto e adiantar trabalho neste sentido, intendo que c conveniente para o paiz ; porque intendo lambem que a construcção de uma linha de caminho de ferro em Portugal, e nesta direcção, é n m dos elementos que mais facilmente podem concorrer para o desenvolvimento e felicidade publica do paiz (sípoiado*).

Agora, respondendo ao Sr. Casal Ribeiro a rés» peito da inutilidade que achou no meu requerimento, PU não posso ser conforme r.om a sua opinião, c S. S.a mesmo de ulgurna forma upprovou o que ou peço no meu requerimento, dizendo que intende ser conveniente que haja a maior som mu de esclarecimentos possível a respeito deste objecto, ou de qualquer outro que venha á Carnata, e se ha conveniência ern que haja grande somtna de esclarecimentos sobre todos esses objectos, está visto que querendo eucolligir alguns esclarecimentos, ainda que não sejam todos, não ha nisto inconveniente ; por consequência intendo que tenho também respondido a essa parle do discurso do illustre Deputado, e que o meu requerimento não deve reputar-se inútil. Disse mais S. S.a, que o estabelecimento de uma linha de caminho do ferro em Portugal era de certo o incentivo mais poderoso para o desenvolvimento da nossa prosperidade publica ; mas se nós não tivermos a certeza de que esta linha de caminho de ferro, sendo traçada ale Badajoz, haja de seguir no Reino visinho, de certo essa felicidade publica não ha de caminhar com a pressa fjue nós todos desejamos, e então devendo esse caminho de ferro produzir para nós um ónus e uma despeza muito avultada, sendo as nossas circumstan-cias financeiras tão desgraçadas que a receita publica não chega para fazer face á despeza, muito menos poderemos carregar ainda com o ónus que necessariamente ha de provir á Fazenda Publica do estabelecimento dessa linha de caminho de ferro ; e por isso seria para desejar, que viessem esses esclarecimentos, nào para afrouxar neste empenho, mas para considerarmos e*t,e Projecto com mais madureza c cuidado, senão tivéssemos a cerlc/a de que esta linha seria seguida no Reino visinho. Kra por isso que eu desejava muito ter desde logo a certeza de que a continuação desta linha de caminho de ferro havia de progredir no Reino visinho, apenas começasse no nosso, e ate que andaria ao mesmo tempo e a par.

Sr. Presidente, votar com o Governo quando ell

O Sr. Barjona: — A matéria está discutida, e por isso direi só duas palavras. A primeira é, que tenho rasões para acreditar, que, ao menos por ora, não ha intenção da parte do Governo de Hespanha ern fazer a linha de caminho de ferro de Badajoz para o interior, e a segunda e para diser aos meus colle-gas que nào julguem ser um argumento de grande força o que se escreve nos jornaes estrangeiros; eu não lhe acho essa força, talvez pelo muito patriotismo que lenho. Todos nós sabemos como aqui se escrevam muitas cousas por encornmenda, e se escrevem aqui, com muita mais facilidade se escrevem lá fora (riso) : eu estive lá muito tempo e sei como isso se faz. j\ào digo niuis nada, c dou por concluído o meu discurso.

O Sr. Leonel Tavares: — Sr. Presidente, parece-me que da approvação do requeiimento sempre pode haver alguma utilidade, e se o Governo intender que não deve mandar para aqui o que se pede, declara isso rnesmo e acabou-se. Agora quanto á censura que se fez de o Governo ter publicado o pro-gramrna sem haver a Lei, não sou suspeito no que vou diser, mas nesta parle intendo que o Governo fez bern, porque não se podia começar pela Lei a estabelecer as condições e era melhor e mais conveniente começar como o Governo começou : as condições apresentadas pelo Governo no seu programma podem ainda ernendar-se, e depois hão de ser feitas e confirmadas por uma Lei: por consequência da publicação desse programma não resulta mal algum, antes vantagem porque vai já chamando a attençao dos capitalistas nacionaes c estrangeiros sobre este objecto. Agora quanto ao requerimento ap-provo-o, porque, se não houver inconveniente, bom é que venham á Camará esses csclarecimenlos.

O Sr. José Maria Grande: — Actualmente o objecto não merece discussão; não se tracta senão do requerimento; se se traclasse do caminho de ferro, ou de fazer considerações sobre este assumpto da mais alta transcendência, que já foi considerado como urna linha não só europêa, mas transatlântica, então sim ; mas como não se tracta disso, eu não tinha pedido a palavra a V. Ex.a senão para fazer um requerimento a fim de acabar com esta questão, c como não ha mais ninguém inscripto cedo da palavra.