O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1879

Em 1863 determinou o sr. duque de Loulé que se construisse uma estação em Lisboa, mas em vista do caracter provisorio que tinha, a administração do caminho de ferro do sul, por conta do estado, mandou se construir uma modesta estação de madeira, junto á ponte dos vapores, de combinação com os directores d'esta companhia. O serviço da grande velocidade melhorou muito, mas o de pequena ficou como estava, isto é, com o despacho na estação do Barreiro.

Acabado o privilegio da navegação do Tejo á companhia dos vapores, ella prohibiu á companhia ingleza, que atracasse os seus vapores á ponte, no que tinha direito de fazer, por isso que a ponte lhe pertencia por seis annos em quanto navegasse com os seus barcos. A companhia do caminho de ferro pela sua parte não consentia que barcos que não fossem os seus atracassem á ponte do Barreiro.

N'estas circumstancias tornou-se necessario resolver de prompto por isso que o publico não podia estar á mercê dos interesses e caprichos de duas companhias rivaes. Foi por isso que o meu antecessor ordenou que o serviço da grande velocidade se fizesse na ponte do Terreiro do Trigo, o que ainda hoje tem logar.

O director geral da alfandega, por vezes me representou, que não podia continuar ali tal serviço, e que se tornava de absoluta necessidade e estabelece-lo em outro local, por contrariar os interesses do commercio.

Terminando tenho a fazer a seguinte declaração. O governo fez tudo quanto lhe foi possivel nas circumstancias em que se achava para fazer o melhor contrato em beneficio do seu paiz. Se a camara entender que este contrato não é bom e o rejeitar, e se o actual governo podér fazer um melhor, será mais uma rasão para me felicitar por ter saído daquellas cadeiras. Aproveito esta occasião para agradecer á camara a attenção com que me ouviu, e concluo visto que já deu a hora.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para a sessão de ámanhã é a continuação da que vinha para hoje.

Está fechada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.