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coirsa urgente nVsta prmeira"parte'; roas-cn-mo s« costuma gastar muito tf mpo com cita , proponho que V. Ex.* consulte a Catpàraí, áe^qVer psa-s-sar ju á,segunda pnríe da Ordem do Dia.

O Sr. 'Sá Nogueira: — Peço a pala\ra para m-torpellar amanhã ou depois o Sr. Ministro da Fazenda bôbrv os meios que-S. Ex/ tenciona empregar, |>ara "pagar o^dividendos Ingleses, que* se vent-em ,ein Outubro, e desejo fazer esta interpellação para que áultima hora não venha fazer-nos votar uilta Lei por força.

O Sr. Presidente: —^Queira mandar para a Mesa, por ebcnpto, o objecto sobre que quer interpelia* o Sr Ministro; agora vou consultar a Camará sobre o R í-q tie ri mento do Sr- Ferrer.

A Cornara resolveu que se passasse á segunda par-te ,da' ordem do dia.

O Sr. Almeida Garrei l: ~ Eu pedia a palavra sôim- a » para aprrsentar, em nome de utiía Oatnmissão, de que sou membro, o seu parecer; é da Commvssão especial^ que foi encarregada de redigi* um Projecto de mensagem a S. Magestade sobre os desgraçados acon-tecimr-ntos da Viila da Praia. O Projecto e o seguinte:

PROJECTO DE MENSAGEM A S. MACESTADE--

Senhora— A Camará do»> Deputados da Nação Por-tugueza, interpetre fiel do» sentimentos deste povo genemso, envia respeitosamente á Presença de V. Magestade a expressão de sua mágoa profunda peio calamitoso successo, que des.lruiu um dos mais nobres padrões da gloria portugueza, e redusiu á miséria e deixou foragidos etu sua própria terra tantos milhares de Cidadãos.

A Praia da Victo/ia guardava em si o mais antigo monumento das nossas fortunas e façanhas an-tigai, e era ella u, e^mo .monumento de um desses recentes prodígios dehéfoismo, com que tão poucos Portugueses reconquistaram para V. Magestade o Throno, e para a Nação a Liberdade,

A'quella terra sagrada, áquelles povos hoje tão infelizes, a todos os nossos Cidadãos que habitam o Archipelago dos Açores devemos os Porluguezes todos uma grande divida, V.Mageslade mais que ninguém : é forçosa esta ocasião de.solvermos parte delia. A gloria de V. Magestade, a honra da Na-rão Porlugueza estão empenhada*.

A Camará vem agradecera V. Magestade as promp-tas e enérgicas providencias, com que para logo se Dignou mandar acendi r ás primeiras necessidades d'aque!te povo desgraçado; ella vem protestar so-Jvninemente, que está prompta a cooperar com o Governo de V. Mageslade em tudo quanto for necessário pata se reparar tamanho infortúnio.

Senhora, esta calamidade terrível no principio do Seu reinado não ha de ser de ruim agouro. Mais tremenda foi a que enlutou os primeiros annos do Governo d'aquelle grande Príncipe terceiro Avô de V. Magestade, e que em vez de o abater, suscitou as energias de seu grande coração.

Assim como á voz do Senhor Rei O, José' 1.", Lisboa surgio de suas cinzas, e o Reino prosperou pela sabedoria das Leis e do Governo; á voz da Rainha D. Maria II a Praia da Victoria ha de levantar-se das ruínas, e o Reino ba de levantar-se também da prostração, em quejaz, com a sabedoria das Leis e com a de um Governo justo e verdadeiramente Nacional. Sala da Comtnissâo em 8 de

.lídho de Í841. —/. K. £ Mmtidv Gartetf^F. ?• Coelha, J-.E~ .4breu Tavares. , ,, -.

•_; O' Sr. Presufcn&e ; -r- A Camará terna $ delUáírrir se quer já occupar-«e em discutir este Projecto de mensagem , se quer que seja impresso, ou basta que -fique sobre a M*êsa -pafa ser consultado.

O Sr. Izidr.o Chaves:—Eu entendo que não e necessário1 imprimir-se ,! ôrêio rhesnTo que se poderá discutir quanto antes. ' • '

O Sr. Celestino 'Soares:—'Ao menos séfftpre seria bom que se imprimisse n& Diário do Governo.

O Sr. Jeronymo Coelho: — Parcce-me que não ha quem impugne o discutir-se já este Projecto,- e então parece-me que é desnecessário i m prirn ir-se ; e *e não ha qaem peça a palavra~t leia-âe novamente, como c do Regimento , e vote-se já sobre elle.

A Camará resolveu que se entrasse já neste objecto.

Depois de lido na Mesa o Projecto disse;

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. Kuge-! n io'd'Almeida.

O Sr. Eugênio d'Almeida : —-Cedo da palavra.

O Sr.~ Almeida Garrett: — O Sr. Deputado, quê acaba de ceder da palavra, observou-me que a ex-presáâo — /^, M. mais que ninguém — , que vem exarada neste Projecto e' menos própria, e men-oí exacta, por-isso que os Porluguezes devem mais, por isso que gozamos da liberdade; e como o Sr. Deputado cedeu da palavra, para me dai occasiãfo $ explicar Cata expressão, eu declaro que a Corn-rnissào não tem duvida em alterar esta redacção.

O'Sr. José Êstevào:—'Sr. Presidente, o que me parece é que tnando-se e4a expre-sAo; fica a di-vid,a do Tlirono confundida com a do Paiz: e eu desejo que es»a divido 'senão confunda , porque desejo que senão conftmda a parle da divida do Throno com o sentimento tle gratidão1 dos povos. Km papeis d^sta ordem as idéas fund;)mentaes devem ser claras e terminantes. Trazendo tirada esta fiase — f^. M. mais que ninguém— confunde-se a divida do Throno com a divida do Paiz , e e' preciso que o'Chefe do Estado seja considerado como uma pai-te do Paiz para ter a parte da divida da qual elle senão pôde desconhecer devedor ás Ilhas dos Açores; em consequência eu desejaria que senão tirassem e^sas expressões , porque enlendo que a liberdade para o povo vale mais que oThiono, mas que o Throno tem igualmente unia divida impoitantis-sima , e por isso queria que as dividas do Paiz e do Throno senão confundissem , e que em qualquer fe-da^ção em que se assente; fosse fst* ideVexarada.