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exercer o Ioga r de Deputado com qualquer com-inissâo não subsidiada; por consequência já só vê que não ha incompatibilidade em desempenhar uma commissão, se essa commissão não é subsidiada. Portanto parece-me que o Deputado pôde exercer com-missões desta ordem sem ser obrigado ao perdimento da sua cadeira, uma vez que o Governo venha á Camará pedir a competente auctorisaçâo.

O Sr. Presidente: — A questão primaria era se se havia de conceder ou não a licença pedida pelo illustre Deputado o Sr. Plácido; depois o Sr Deputado Hollrernan pediu que este negocio fosse a uma Commissâo. São portanto dois pontos a discutir: Primeiro— ha de concedcr-se a licença? Segundo — ou este negocio tem de ir a uma Commissâo? Portanto peço aos Srs.'Deputados que se restrinjam a estes dois pontos.

C) Sr. Leonel Tavares: —A minha opinião e que imo se neguo, nem se dê a licença som o negocio ser primeiramente examinado por uma Commissâo, o que o Ministério seja ouvido. Conheço a gravidade do negocio; e paiece-me que ninguém me levará a mal que eu deixe de ser severo na apreciação do íacto; mas por em quanto não me parece que haja legar nem para atacai, nem para defender. As vezes o zelo faz mais mal do que bem (Votes: — Votos, votosj. Volar-se-ha depois de eu fallar. Agora o que me pá-rece mais conveniente para Iodos é resolver que o negocio vá a uma Commissão 'sem se tractar mais da maleriu, e que essa Commissuo oura o Ministério, se «raso elle quizcr dar essas informações (foaea: — Votos, votos).

O Sr. Holtreman:— Sr. Presidente, o requerimento não foi feito com nenhuma outra intenção senão simples e unicamente para que o negocio não fosse decidido com prccipitnção. Quando me referi da primeira vez ao annuncio que podia ser que algum inimigo do Sr. Deputado o tivesse mandado publicar, foi porque me pareceu impossível que o Sr. Deputado acceitasse a direcção das obias do Minho! E por essa direcção que apparece annuncia a recons-trucçâo de uma casa em B» r cê lios, no annuncio que passo a ler (Leu).

Eu bem sabia que o Sr. Deputado eslava exercendo a commissão de director das obras da barra do Porto, commissão esta que não é subsidiada, agora o que eu não sei e' se o Ioga r de director das obras em Barccllos e ou não subsidiado. Portanto se o an-núncio se referisse ás obras da barra do Porto, eu não fazia menção delle, mas todos sabem que o Porto não é Barcellos. O Sr. Deputado quando se tractou da Lei das Opções, declarou, que renunciava aos proventos de director das obras do Minho, e que fican« do assim, na sua opinião, a commissão não subsidiada não era obrigado a optar: esta sua opinião não foi seguida pela Camará, e só depois de se fazer crer que eslava comprehendido no numero daquelles que rram obrigados a optar, e que, antes da discussão especial do Parecer da Commissâo a respeito de sua opção, declarou que optava pela cadeira de Deputado. Torno a ler o annuncio (Leu).

E preciso que a Camará *e quer que a respeitem, respeite ella as suas decisões, porque não ha cousa nenhuma que desacredite mais os corpos-collectivos do que elles deixarem de cumpiir as suas resoluções. Insto pois em que o negocio vá a uma Commissãp, pura que ella dê o seu parecer.

Ora já se vê que é como Inspector das obras do Minho, e que não tem nada com as obras do Porto; eu não tinha lido já o annnncio todo porque mequiz certificar; eu sabia que o Governo o linha nomeado para uma commissão, e que elle apesar de acceitar não eslava no caso de perder o seu logar de Deputado, porque a commissão não é subsidiada; mas a commissão para que elle foi nomeado, não e' no Minho e' no Porto, e elle vem aqui assignado como Inspector das obras publicas do Minho; por consequência isto e objecto de muita consideração para a Camará ; e'necessário, repilo, que a Camará faça respeitar as suas decisões, porque se o nãO fizer, não pôde ser respeitada, e e por isso que eu peço que este negocio vá a uma Commissão para dar sobre elle o seu parecer.

O Sr. Barjona: — O negocio está eíleclivãmente discutido. Eu confesso que não gosto das ceremonias de chaiiternidade c outras sjmilhantes, ma* a fallar a verdade também me não pôde agradar de modo nenhum esta sem-cerirnonia com que o Ministério nos tracta. Nomeou-se o Sr. Deputado Plácido de Abreu para urna commissão sem se pedir licença á Camará, nem se lhe dar satisfação alguma: parece-me isto falta de consideração. Estou convencido que o Sr. Ministro do Reino não pediu já licença á Camará, porque se esqueceu. Não podia ser outra cousa, porque conheço S. Ex.a, conheço os seus precedentes e os serviços que tem feito á causa da liberdade. Mais nada digo.

O Sr. Secretario (Rcbello de Carvalho); — O Sr. Plácido de Abreu não fez proposta alguma á Camará, escreveu-me esta carta (Leu),

Em virtude desta carta e que eu apresentei a proposta.

O Sr. Holtreman:—Eu pedia a V. Ex." que a Commissão encarregada de dar o seu purecer sobre este objecto não fosse a Commissão de Opções, por. que eu pertenço a essa Commissâo.

.E pondo-se logo á votação a

Proposta do Sr. Holtreman —foi opprovada.