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(Í 50)

Õ Sr. Ministro,da Justiça: *~'Com

,i:O Sr. Presidente: — Entra em discussão na sua generalidade o Projecto de Lei N.° 63. .- Q Sr. Roma:'-s- DirTicil e' á tarefa dê quê estoo encarregado. Grande e', o peso que tenho sobre meus JÍK>mbros4 Mas grande e também a niinha coragem, qiie se-firrna nas minhas profundas convicções e no sincero desejo que me anima de concorrer, quanto possa, para o bern do Paiz.

< Se na presente qnestàp se l rã ciasse unicamente de demonstrar a verdade, fácil, facillimo fora o .empenho; porem não, a dificuldade consiste erri V.encer e destruir preconceitos, receios e appreheh* SQes ^f preconjçeitos, -receios e apprehensi*ves que não podem deixar de-còivsiderar-se muito seriamente.

Em tão melindrosa conjunclura e nécesswrio quê eu me dirija ao Sr. Presidente, pedindo'a S. Ex.a que seja hoje comigo indulgente e benévolo, não em jattenção a cnirti , inrts «m aitençâo á gravidade da questão que me proponho resolver.

Sr. Presidenie, peco, co:m effeitô a V. Ex.a que 'deixe correr livremente o meu espirito pelos earnii jihos .que escolher, para chegar ao fim a que se di-rigç, que é o mesmo da presente distussãõ". Sc eti toaiítr por alguns rodeios, não me tolha WEx.a o -passo j na certeza de que o farei unicamente por interesse do objecto que nos occiipa-, . Depois de fazer esta petição, asseguro a VT. Ex.a

.. .Disse eu que nesta questão a difftculdade hãorcõn-sistia em demonstrar a verdade, mós em destruir preconceitos , teoeios e apprehensôes. Não ha du* vida .que exiblein preconceitos,, receios e apprehen-Yões — não iiã dúvida q

Se em muitas doenças, o êxito dos rnedicarnen»

los depende> em grande parle, da confiança no

JFacultalivo ; quando se'. Irada' de unta doença do

espirito, a confiança no F-acultativo e' de neceâsi-

' .ditde absoluln.

, Eis-aq\si pois como tne vpjo obrigado à apresen* ta? os rríeus Diplomas—^a fazer'todas as diligencias paia alcançar essa confiança, sem a qual era vão procuraria combater « doença a que teu Iro allu-,dido.

E' sempre muito desagradável para uri) hornern X|»e «e otha na situação, em que tne vejo coUocatio tlesttí líiomCMiti», ter de faltar de ú ; mas, visto que é necessário , não recuarei diante das minlríis. rc*-.luctancias: fallarei de Tuim, contando com aln-dulgencia da Carrtará.

. Efn Dezembro de. ÍS3í? entrei pela primeira vê?, nesta Casa , e nunca, desde etiltio, os, meus prin-«ipios ou as fitinhas convicções .se dobraram a con-aideraçàp ou contefnplnçàh alguma,'.Desde logo ii)a«. nifestej. ò níeu .propósito *~- nunca perdi as-.occasiôefc •q«^ se oi<ç nas='nas' _.fazenda-='_.fazenda-' e='e' do='do' p='p' pelas='pelas' _.administração='_.administração' _-reformas='_-reformas' phignáf='phignáf' economia='economia' na.='na.' offerocerfim='offerocerfim' da='da' pela='pela'>

despesas do Estado. O rneu proceder político aeaf* reloti-íWe, por muitas vezes, graves desgostos; por muitas veies fui accusado de ser homem inflexível , 'duro , orgulhoso e ate ingrato — ingrato sim, porque nem o sentimento da gratidão pôde etn rni.m dobrar a minha consciência, na presença do meu dever.

Mas não basta para um homem ser acreditado', dar provas irrefragaveis de firmeza e constância de princípios —do cumprimento fiel dos seus deveres. Sei quaes são as ide'as da e'poca — sei que é muito difficil ver nas acções dos outros homens j impulsos nobres e generosos ; que é muito diflficil suppôr os homens movidos, por outro sentimento que não seja o do egoísmo; que é muito djfficil , em fim, acreditar na palavra do homem , quando se não julga inspirado por seu interesse material. Trei pois com as ide'as da e'poca : como quero e preciso ser acre* ditado nesta occasiãp, íarci alarde do meu interesse material, invocarei o egoísmo.

Não tenho Inscripções algumas, averbadas em meu nome na Junta do Credito Publico, mas, para a minha fortuna-** maior ou rnenor , pequena ou grande, como queiram chamar-lhe-—tenho na Companhia de Credito Nacional uma som ma muito considerável ; e .como as Acçô>s desta Companhia representam ínscripções da Junta do Credito Publico, e evidente que tanto importa possuir dês» sãs Acções como destas Inscripções. Posso, por lanto^ dizer que o meu interesse material depende essencialmente do melhoramento do Credito Publico. •

Mas ainda isto não basta ; porque fé o homem e' lerdo, ignorante ou estouvado pôde caminhar em sentido avesso aos seus próprios desejos, aos seus próprios interesses. Longe, muito longe.de mim ;i loucn presumpçâo 'de .ser homem eminente em cou-!»a atgurna — longe c muito longe a presumpçào de ser homem distincto eín qualquer objecto; pó. rém creio que na matéria sujeita posso p^rlender não ser tido, por inteiramente ignaro* Invoco a experiência — invoco os factos. Todos sabem que tenho concebido, dirigido e. levado felizmente ao -tabo , coul auxilio de alguns Collegas , gigantescas empregas financeiras; .e por estas e outras provas, julgo que não devo .ser considerado, no objecto que ^se discute', nem comojeido, nem como ignorante , nem como estouvado.

Eis-aqui os títulos com que espero obter a confiança que snllicito: os meus princípios e as minhas convicções não vergam a contemplação alguma ; o meu interesse material depende essencialmente do melhoramento do Credito Publieoj.e na presente questão não posso ser reputado .lerdo nem ignorante. Coro estes títulos espero ,ser atlendido e acre-diíado. ' .