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1500 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

IV. Copia de toda a correspondência entre o governo civil de Vianna e a administração do concelho dos Arcos que respeite as condições do hospital, mudança dos doentes, demissão dos facultativos etc. = O deputado, E. J. Goes Pinto.
Mandou-se expedir.

JUSTIFICAÇÕES DE FALTAS

1.ª Declaro que o sr. Borges, deputado por Beja, tem faltado a algumas sessões por motivo justificado e é provavel que falte a mais algumas. = O deputado Eduardo José Coelho.

2.ª Declaro que tenho faltado ás quatro ultimas sessões por motivo justificado. = O deputado pelo circulo n.° 47, Vieira das Neves.

3.ª Tenho a honra de participar a v. exa. e á camara de que não pude comparecer a algumas das ultimas sessões por motivo justificado. = Visconde do Rio Sado.
Para a acta.

REQUERIMENTOS DE INTERESSE PARTICULAR

1.° De Julia Carlota Garcia Moreira da Serra, pedindo uma pensão.
Apresentado pelo sr. deputado Luiz de Lencastre, enviado á commissão do ultramar, ouvida a de fazenda, e mandado publicar no Diario do governo.

2.° De Guilherme Augusto Vidal, aspirante auxiliar semaphorico, com exercicio na estação telegraphica principal do Lisboa, pedindo, como encarregado do serviço maritimo, a gratificação annual de vencimento de exercicio como têem os demais encarregados de serviço das estações principaes de Lisboa e Porto.
Apresentado pelo sr. deputado Lopes Navarro e enviado á commissão de fazenda.

O sr. Elvino de Brito: - Pedia a palavra para quando estivessem presentes os srs. ministros da marinha e ultramar e do reino para tratar de um assumpto ao qual já hontem me queria referir, o que não fiz por v. exa. não me ter concedido a palavra.
O sr. Presidente: - Eu hontem não dei a palavra ao sr. deputado, porque já passava da hora. A sessão não estava prorogada, e eu não podia prorogal-a, porque não posso alterar as disposições do regimento, não obstante a muita consideração que tenho para com s. exa.
O Orador: - O que eu peço de novo a v. exa. e que me reserve a palavra para quando estiver presente algum dos membros do governo, que indiquei.
O sr. Julio de Vilhena: - Mando para a mesa uma representação da camara municipal de Beja e de alguns dos quarenta maiores contribuintes d'aquelle concelho.
Conheço pessoalmente os cavalheiros que assignam este documento e posse assegurar que são dos mais respeitaveis pela sua posição social e pelo seu caracter.
N'esta representação pedem os signatários que o governo proponha ao parlamento uma medida provisoria, tendente a augmentar os direitos ,de importação sobre os trigos estrangeiros, soccorrendo assim os lavradores d'este concelho com a urgência que o caso exige.
Não posso deixar do ler um periodo d'esta representa, porque o assumpto, como v. exa. sabe perfeitamente, é muito importante.
N'este periodo, dizem os representantes:
(Leu.)
Como v. exa. sabe, eu tive occasião de annunciar uma interpellação ao sr. ministro da fazenda ácerca da questão agricola nas suas relações com as finanças do paiz; s. exa. não se deu ainda por habilitado para responder a esta interpellação.
Não tenho empenho em realisal-a; no que eu tenho empenho é em saber da parte do governo se tenciona tratar d'este assumpto, antes de se encerrar o parlamento.
O assumpto reclama providencias urgentes. (Apoiados.)
A situação em que se encontra o paiz, no tocante as suas condições agricolas, e muito principalmente o districto de Beja, carece de prompto remédio da parte do governo.
A crise existe e tende a aggravar-se, porque as causas que a determinam não são transitórias.
Tenho a honra de representar o circulo de Beja nesta casa e não posso deixar de declarar que tenho muito prazer em defender tudo quanto tende a prosperidade d'aquelle districto.
Sinto não ver presente o sr. ministro da fazenda, porque desejava que s. exa. me declarasse se effectivamente o governo estava resolvido a tratar d'esta questão ainda na presente sessão legislativa.
A questão agricola e uma questão em cuja solução têem do cooperar muitos elementos, e certo, mas isso não dispensa o governo de adoptar desde já os que se pedem n'esta representação.
Julgo necessario que o governo não deixe encerrar o parlamento tem mostrar ao paiz o maximo empenho na resolução d'este assumpto.
Podia, alongar-me em muitas considerações a este respeito, mas, como não vejo presente nenhum membro do gabinete, limito por aqui as minhas considerações. Peço a v. exa. consulte a camara sobre se permitte que esta representação seja publicada no Diario do governo.
Approvada a publicação.
O sr. Luiz de Lencastre: - Mando para a mesa a representação da sra. D. Julia Carlota Garcia Moreira da Serra, na qual, pelos motives que expõe e eu tenho por justos e procedentes, pede a esta camara uma pensão.
Peço a v. exa. queira dar á representação o destino que tiver por conveniente, e reservo-me para em tempo sustentar o pedido que a camara faz a representante.
O sr. Goes Pinto: - Mando para a mesa um requerimento pedindo esclarecimentos, pelo ministerio do reino, respeitantes a questões havidas na administração do hospital dos Arcos de Valle de Vez.
Tendo de passar-se á ordem do dia, vejo-me obrigado a guardar para uma das proximas sessões algumas considerações que desejava expor a camara.
O sr. Ferreira de Almeida: - Em sessão de 4 do corrente, tive occasião, por dever do cargo, de fazer umas declarações com respeito á questão dos salgados do Algarve ás minhas palavras suscitaram da parte do sr. Marçal Pacheco algumas observações onde, a par de referencias agradaveis, se encontram outras que acho menos decorosas para mim e para o parlamento, e a que tenho de referir me.
Antes, porém, preciso fazer uma ordem de observações que justifiquem, tanto quanto eu poder e souber, a maneira seria, digna e conveniente que me prezo de ter observado a todas as questões que tenho tratado no parlamento.
Eu sei, porque me foi dito aqui, e até na presença de v. exa., sr. presidente, que me precede um conceito, porque todos nos temos mais ou menos um conceito publico, de que eu era violento, turbulento, tempestuoso e não sei que outras cousas mais graves e feias n'este genero.
Invoco por isso o testemunho da camara para que diga, se nas vezes em que tenho fallado, geralmente nas questões de marinha, em que naturalmente sou um pouco versado, se é certo que fui, talvez, um pouco violento no tom, como o sr. ministro da marinha accusou nas suas considerações, eu muito senti e sinto que v. exa., com o largo ti-