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to desle importantíssimo objecto; e no seu opúsculo apresenta resultados, quo devem merecer muito a atlenção do Corpo Legislativo, e do Governo. Este mesmo cavalheiro e illustre professor de medicina, legalmente habilitado, pede a attenção do Corpo Legislativo a respeito do nosso hospital de alienados, que não pôde ter tal nome, para se dar a estes desgraçados unia mais feliz posição, que a tantos respeitos se recommenda pela caridade christã. Espero que a Camará haja de receber este objecto com agrado especial, como costuma receber outros. (Muitos apoiados)

Foram recebidos com especial agrado, e mandaram-se distribuir os exemplares.

O Sr. Silva Cabral: — Sr. Presidente, corno os dois objectos sobre que a illustre Com missão de Fazenda acaba de apresentar o seii parecer, tanto o que tem relação com as reclamações da divida brazilei-ra, como o dos mil e dez contos, são já ha muito conhecidos por esta Camará e pelo Paiz em geral; por isso parece-me que bastaria que fossem impressos no Diário do Governo, para amanhã se discutirei!), e nesse sentido peco a V. Ex.a queira consultar a (/amara; porque logo tenho que fazer outro requerimento, que vem a ser, que a Sessão amanhã comece ás 10 horas, porque tem também de acabar mais cedo, pelo= motivos que iodos sabemos; e para que possa haver tempo de se tractarem os objectos que foram dados para ordem do dia, é que eu tenciono fazer esta proposta, mas em primeiro logar re-queiio a impressão dos dois pareceres no Diário, com urgência.

Resolveu-se que fossem impressos no Diário do Governo de ántanhá, e que amanhã entrassem em discussão.

O Sr. Presidente: — Continua o Sr. Silva Cabral com a palavra.

O Sr. Silva Cabral:—Mando para a Mesa o parecer sobre as alterações feitas pela Camará dos Dignos Pares sobre a lei do sêllo. A Cornmissão achou muito rasoaveis estas emendas, e por isso as appro-vou. Peço portanto a sua urgência, e que se tracte já desle objecto.

O Sr. Pereira de Barros: — Sr. Presidente, eu pedi a palavra para fazer uni requerimento, quando o Sr. Agostinho Albano, leu o parecer da illustre Cornmissão de Fazenda sobre a proposta do Governo, relativa ao empréstimo dos mil e dez contos. (Fozes : — Agora não está em discussão). O Orador: — Mas e um requerimento que eu tenho que fazer, e creio que se não pôde negar-me a palavra, (apoiados )

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado.

O Orador: — Sr. Presidente, quando em uma das Sessões passadas se apresentou aqui a proposta do Governo sobre este negocio, pedi eu a palavra, por que julguei que podia nessa occasião fazer algumas observações sobre ella; entretanto entendeu-se, que não era então o logar competente, e por isso não insisti; mas hoje que apparece a mesma proposta, e Já corn o parecer da Comrnissão que se conforma com o tal negocio dos mil e dez contos, negocio que «u lenho trancado na garganta ha rnuito tempo, não poàso dispe.nsar-me de dizer alguma cousa sobre •elle.

Sr. Presidente, eu não sei como seja possível vir

ÍXCSSÃO N." 16,

apresentar-se um negocio desta natureza, no armo de 1845 a esta Camará, tendo-se deixado de pagar vários vencimentos e indemnisaçòes aos servidores do Estado, da ciasse daqtielles que derramaram o seu sangue em defeza da liberdade; bem como os titu-los azues, de que ainda ninguém se lembrou, e que teern sem duvida muita mais justiça, do que o negocio em questão, e e' nestas circumstancias que se per-tende approvar uma medida que eu não posso classificar, senão como injusta? (Uma voz: — Ainda se não tracta de discutir o parecer da Commissão). O Orador. —Ainda rnais, Sr. Presidente, quer-se pagar esta divida, quando ainda hoje as feridas vertem sangue! E feridas que foram causadas com os meios que por esse empréstimo se deram ao usurpador, os quaes se empregaram contra os fieis servidores do Estado, que defenderam oThrono da Rainha, e a liberdade do Paiz. (apoiados repetidos) Isto e' exacto!.... Isto ninguém me pôde negar, (apoiados) (O Sr. A. Albano: — Nego). O Orador: — O Sr. Deputado pôde negar, mas parece-me que aqui não pôde deixar de haver alguma tranquibernia. (O Sr. A. idlbano: — A palavra, Sr. Presidente; isto é um insulto, que se dirige á Commissão). O Orador:— Sr, Presidente, eu não insulto a Commissão, nem nenhum de seus membros; eu sou muito prudente, rnas entendo que approvando-se este projecto, vai escandalisar-se muito, e muito o Paiz. ( Pro\es: — Ora não e assim). O Orador: •— Não é assim! Pois veremos. Por ventura não ha dividas muito tnais sagradas do que esta, que ainda se não pagaram ? .. . Não estão ainda immensas propriedade?, tanto nos subúrbios desta capital, como nos da cidade do Porto, a quem se protnetteram indemnisaçòes, e que ainda ate hoje se não deram?... E vindo agora a approvar-se uma medida desta natureza, não vai escandalisar-se oPiiiz?.. Sr. Presidente, eu estou certo de que esta Gamara não ha de consentir n'uma cousa tão injusta, corno esta ! .. .