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achar de riíelhor partidot? Quem não sab:e

,- -.A agricultura dos cereaes dominante nos Açodes, e em grande parte, de-Portugal-, está muito mais íavprecida pela legislação do que a nossa, que é de vinh-os: "os cereaes do Reino e Açores hão pá-, gãm quasi-tributo algum por sahida, e o jiosso vinho, da Madeira ainda hoje carrega òom o direito de sahida, que ha pouco nomeei; o vinho "do Douro , verdaxle é que paga 12^000 réis por pipa, mas também.

Parece-me pois ter'mostrado na maior evidencia, que mui -differentes são as nossas circunstancias das . de Portugal e mesmo das das Ilhas dos Açores, e que bem. longe de pagarmos menos pagamos mais

que Portugal. Agora, Sr./Presidente, já que fui obrigado para responder aos Srs. Deputados, que se anteciparam em nos fazer ópposição antes de chegarmos á Tabeliã, a sahir do círculo marcado por V. Éx.%. e com todo o direito, para a discussão,* permitta-me V. Ex.a que eu accrescente alguma cousa mais a respeito dos três artigos, que perten-dèmos exceptuar, que são o bacalháo, o arroz, e o ageite de peixe. Além das rasòesjá ditas, que ;mi-litam em favor do bacalháo pela escassez de pescado ern nossos mares insulares, accrescendo que este género nos é fornecido pelos nossos melhores fre-

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guezes de vinho, que são os JLnglezes, e os Americanos do Norte, e que este género .ainda rnesmo com o tributo,, comparativamente suave, que pagava antes das Pautas, e até mesmo sem pagar trijbu-to algum , já dava muito prejuiso, e era necessário combinar bem as especulações com os negociantes das Ilhas Bermudas, e com os da Terra-Nova, e dos Estados Unidos, e dividir os interesses entre o bacalháo e o retorno nos vinhos para se poder sustentar ; e como-este negocio é de primeira necessidade, e a que não podemos dar substituto, se o sobrecarregar-mos de direitos, não só redusimos as classes trabalhadoras a um estado deplorável 'na Madeira, .mas até nos expormos a perder o Com-mercio deste género-, e portanto o producto do imposto para o Estado. Em Portugal quem não pó-, •der comer bacalháo, ainda pódecomer sardinhas salgadas, pescada, etc. mas na Madeira nada disto ha.

As rasões em que nos fundamos para pedirmos a differença a respeito do arroz é pela falta de cereaes que temos na Madeira, porque Portugal não tem sufficiente para jio-lo fornecer, e porque este também é um dos géneros, que nos^fornecem os-consumidores dos nossos vinhos, os nossos antigos fre-guezes da Carolina do Sul, e da Georgia, nos Estados Unidos d'Amer-ica, paiz com que muito cori-vei» manter e augmentar todas as relações de Com-mercio pela vasta eriça povoação que elle nosòffe-reee com os hábitos mais favoráveis,ao^Commercio de nossos vinhos. " •

Finalmente o azeite de peixe, por não o termos .por falta de pescas, de que o lirar na Madeira, em quantidade• sutficiente, porque não temos azeite do» cê ? nena o podemos ter, porque eu conheci na Madeira urna oliveira, como uma raridade, e creio que já nem essa existe; e já que consumimos o azeite doce de Portugal, não seria muito vque Portugal cedesse essa differença em beneficio das classes mais pobres da Madeira, que dclle fazem uso^parà se alumiar. , _

Sr. Presidente, o dommercio dos nossos vinhos, tem deminuido espantosamante desde a paz geral para cá : muitas são as causas-, que para isso tem concorrido, e algumas d'ellas que impossível é re~ mediar: não devemos porém aggravar aquellas a que podemos dar remédio, e cegos de cubica fiscal não vamos dar golpes mórtaes em nosso Commer-cio*, .aff-ugentando dê nós os meios mais seguros -de o alimentar, porque se assirn o fizermos, havemos de redusir-nos ao estado de nem para nós. nem para o fisco colhermos fructo"algum.