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^convenceram : a differença que pedimos a favor des-

~1e artigo, e' porque não ternos ali abundância depei? Ttes de que se possa tirar azeite; nós tâobem não té1 TOOS abundância de gados principalmente porcos, como ha em Portugal e nos Açores', com as gorduras

~ mutilo désarasoada, pedindo alguma differença no azeite de peixe ejm beneficio das classes pobres que com elle se alumião, e que delle precisão para trabalhar de noite. — Já por outras disposiçôess se tem tornado na Madeira a sorle das classes pobres e trabalhadoras quási insuppo.rtavel; agora até • se quer' com este artigo pô-los ásescuras: porque ellesnão se podem alumiar com velas dê cera, nem podem com o custo djp azeite doce, e se o de peixe for muito carregado de direitos virá a ficar-lhe igualmente cato —: eile e também um dos artigos que nos vem pelos consumidores de nossos vinhos. ' - Já que estou em pé' aproveito a occasião paia dar á explicação para que tinha pedido a palavra. Eu assignei aquella Lei, a que o Sr. Tavares de Macedo alludio, « ainda me preso hoje de o ter feito ; porque nessa Lei procurávamos, por rrieio de -um grande sacrifício a favor dos expostos e de outros encargos do Districto, fazer^bem ao meu paiz, -e. a "Portugal todo; diminuindo a importação eslrangei-ya daquillo que podíamos ter até certo limite: na* quella Lei tivemos nós em vista obter meios para satisfazer aquelles encargos ; e preferíamos antes.ti-•rar algum pão da boca de deixar morrer á nrneria 'centos de expostos; este foi o(principal fim, e entre outras razoes allegamos que, ainda que o pão *se tornasse um pouco mais caro , esse effeito pelo menos concorreria em beneficio da agricultura naciq-Tiál dos cereaes, e do augmento de que ella é susceptível na Madeira : mas é bem sabido que este au-•gmento não pôde ser a,ponto de a Madeira dar cereaes para si; e.que elle depende de outras cousas ; •como o aproveitamento e encanamento das agoas de rega: as obras para este fim ainda .não estão concluídas; outras estão projectadas, por empresas á nossa custa, quero dizer por empresas particula-'res, que estão empatadas por-o Governo não ter dado as licenças de que se carece e quê ha tantos rnezes estão pedidas. Se o Sr. Deputado-pois, quiz com' a citação desse Projecto de Lei achar em nós contradicçâo, e reputar a Madeira paiz de cereaes, como já fez quando a equiparou a- és te- respeito com os Açores, enganou-se. Nós podemos'ter mais alguns cereaes de meias terras.acima.e estamos fazendo por isso: já a/cultura da-batata.tem augrnentado mui.--to, mas corn isso tudo não poderemos conseguir, sem milagre, pôr-nos a este -respeito na situação das Ilhas dos Açores e da ráaior parte de Portugal.

••Quanto a outras producções, é verdade que o nosso

- abençoado clima ihes é favorável r-nós podemos, ter producções, e effecti vãmente as temos de todas as par-

• lês do mundo ; mas de todas pouco -porque, o terre-no é pequeno, e nem mesmo o café, eoassuear pôde dar para o nosso consumo sem sacrifício :dos vi-

nhos ; mas tudo isso leva tempo e não se auxilia com a exorbitância do imposto em questão. O Sr. Deputado por Coimbra, que costuma tirar muito partido das contradicções que imagina achar nos outros ; mas que, permitta-me que lhe diga com franqueza , nem sempre é muito feliz nessa ~sua, táctica de argumentar, pretendeu achar em mini conlra-dicção por. eu dizer que a navegação na cosia da Ilha era muito difficil. O Sr._Doputado poderia ter tido a condescendência de attender a que eu mui destinctamente fallei da communicação por mar

'com o norte da Ilha. E ainda assim mesmo se esta, faz com que o bacalháo despachado na Alfândega do Funchal, que fica ao sul e é a única da-quella Ilha, chegue a essas terras muito mais caro , não faz .com que, sendo este género desembarcado em pontos-mais próximos por contrabando, lá não chegue mais.barato: .é este desembarque em grande faz conta e basta que seja em certas écopas do an-no,'0 que não faz sendo por miúdo e ern todo oan-no como d'ellé precisa o cultivador: e se o género não for carregado de direitos, não se irá ninguém meter nesses riscos, e as cousas seguirão o seu caminho ordinário e legitimo. E m fim, o género que tem , de fazer despezas com a conducção, por menos fica , custando menos peío^contrabando. Insiste este -Sr. Deputado que ha outras terras de Portugal que estão no, mesmo caso; pois faça o mesmo para ellas; ou pelo menos indique a esperança de o fazer no direito das pautas como nós indicámos: e em fim, quanto ao Douro, se eu quizesse descer muito ao fundo das cousas talvez 'ách'asse>'á razão deste silencio nos Srs. Deputados pelo Douro: ella pôde ter por fim interesse muito attendivel.; -mas o nosso firn não o é -menos; A nossa infelicidade ríes!e'caso é esse interesse' âlidaf separado ' do beneficio -que pretendemos para a nossa Província, e então pelo menos não se diga que nós é que somos réus de e.s-pirilo'de interesse provinciano.

^ O Sr. À. Carlos: — Quando pedi a palavra era pai'a fazer uma observação : creio que o azeite.de peixe é, por almude, o outro é que é por arroba; e por isso na redacção se emendará. - Agora a respeito do que disse ò nobre Deputado pela Madeira ,à respeito de eu achar contradicçâo, é certo,, que se o não cassei em uma contradicçâo total, ao menos foi visível pelo que diz respeito ao .'Norte da Ilha. Por esse lado , segundo-confessa o Sr. Deputado não se pôde desembarcar; e então ficamos descançados ; eu contento-me com isto... Quanto ao resto elle conveio que era muito difficil

.fazer a comparação do que se passa nas Províncias de Portugal com o, que se passa na Madeira. A

'respeito de isemptar o'Douro, o Sr. Deputado ha de reconhecer que isso não era possível no centro do paiz ; porque não havia o bacalhau que fosse para o Douro levar uma marca que o isemptasse ; o,tributo é geral por necessidade, e assim o deve ser toda a tabeliã em discussão. •

O Sr. Mousinho da Silveira:—Sr. Presidente, Portugal é um paiz àe mui grande abundância de azeite", e uma prova é que talvez agora exporte quinze ou vinte mil pipas; este, azeite pôde. ir de todos os portos de Portugal para a Madeira, sem