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"da mais ampla clemência. Este syslema, em quanto fielmente seguido, teve os resultados os mais importantes, e atrevo-me a dizer que, se elle tivesse sido ern tudo e por todos lealmente abraçado, houvera elle poupado muito sangue, evitado muitas injustiças , e desviado da nossa situação actual pesadíssimos encargos; mas não c dado ao homem remediar o passado!

Sr. Presidente, cumpre-nos agora acabar de uma vez com Iodos os vestígios de oppressão , a extmc-ção delles está consignada no Decreto de Pacifica» çâp, executemos, completemos, torno a repetir, este Decreto sem reslricçôês, sem mesquinhez, e com lealdade. Se para se conseguir tão importante resultado são mister sacrifícios, façam-se esses sa-• orifícios, nem nos prenda a consideração subordinada de interesses materiaes. Sr. Presidente, no verdadeiro interesse dos Estados a moralidade publica, a.justiça nacional , está sentada muito acima das considerações ordinárias; e ganham, altamente os povos quando oserícargos que sobre elles pesam » s à o encargos que os moralizam !

Sr. Presidente, eu quero que os Governos da rni-•nba terra possam ir buscar o merecimento, possam ir aoenconiro dos serviços onde quer que elles è\i:v-tam , sem que seja obrigado a distinguir entre os •oulrora vencedores, e os outrora vencidos. Entre •esses últimos não ha peitos cobertos de cicatrizes pela defeza da independência desta terra? Não ha membros mutilados, e outros curvados pelos trabalhos das Campanhas a pró deste Estado? Não ha jfrentes encanecidas sob a barretina do Omcial , ou chape'o do General nas pelejas de oulrora -Nacio-•naes, e até Europeas? Sr. Presidente, Collegas Legisladores, o procurar a laes homens uma sorte tão •suave, quanto .o permiltefii as faculdades deste Paiz, -é para nós todos um dever sagrado.

Sr. Presidente, do que eu lenho dicto não deve concluir-se que os erros das Administrações passadas tenham recahido somente sobre a classe de homens de que actualmente nos occupamos; estes erros, Sr. Presidente, e as desastrosas consequ

Sr. Presidente, em vista destes princípios, entendo eu que devemos collocar os Omciaes de qu*» :tracta esta Lei, na 4.a Secção do Exercito, alli .poderá o Governo aproveitar o merecimento e serviço de alguns; alli daremos a todos elles uma situação decente e honrosa , e a uma situação decorosa tem direito todos os Membros de qualquer Sociedade. Os stigmas indeléveis, os signaos permanentes de reprovação, criam á Sociedade, que tem a insensatez de impô-los, inimigos irreconciliáveis, inspiram sentimentos de permanente rancor, e um senlimenlo de hostilidade justificável, e até'certo ponto nobre. Sr. Presidente, não ha homem que

possa submetter-se a uni ferrete permanente de ignominia: ao soffrimento á desgraça, á miséria é o homem susceptível de resignar-se, a alma reage com altivez contra o peso do infortúnio; mas mal-do homem que acceita resignado osello da infâmia !

Sr. Presidente, com o intenio de satisfazer cabalmente ás disposições do Decreto de pacificação do Augusto Duque de Bragança, de esquecer pata sempre as distincçòes que Elle determinou se esquecessem , e de assegurar aos indivíduos a que esta Lei se refere uma subsistência indispensável; tanto eu como alguns dos meus Collegas nesta Camará combinam-os ern ofíerecer uma Emenda ao Projecto da Commissào, a qual Emenda eu vou mandar para a Mesa. Tem ella por base a classi- . ficação dos Officiaes, de que só tracta, na 4.a Secção do Exercito, e seguem algumas disposições a esta subordinudas; antes porém de remett