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-ta-a mais de um conto e seiscentos mH réis, e parte de cem mil réis já liquidados: pedem que se lhe 'mande pagar, e tendo já reclamado ao Governo, *> como não tern tido resposta, pede aresta Gamara que tome em consideração este objecto, remettendo esta representação ao Governo com recoEnmerída-ção. , • • - •• • _• . • .- • -•

O Sr. Barata Salgueiro: — Sr. 'Presidente., pedi a palavra para apresentar ura projecto de lei.-; mas antes de ô ler parece-me que devo dizer algumas cousas acerca-do seu objecto, por variar.sobre cir-cumstancias locaes, e pouco vulgares; e isto para que ao: menos-mereça da Camará o fav.or de não ser reA jeitàdo inlintine, mas sim remettido ásCommissõea _a quê-deve ser, e pedirei que seja remettido. .

Na semana passada apresentou o Sr. Deputado Gorjão uma representação da Camará Municipal da.Villa da Certa, pedindo que se torne a abrir o: -Seminário de Bora jardim. O .mesmo Senhor OTOAI largamente k favor desta representação^ e .o mesmo fez outro erudifissimo Deputado, mostrando ambos, louváveis desejos de que alli se restabeleçam .estudos,;" e cesse a ignorância em qu.e se. acha submergido a Clero daqueiles; sitios. Não parecerá muito'que sen-. tisse iguaes desejos eu, natural da.quellas visinhançaâ, e que nesse Seminário estudei preparatórios, e theo-logvav eu- que conheço, e lamento a grande. jgnoran-s cia daquelle Clero, e,que entendo que o Estado teirji ' necessidade, e obrigação de promover a instruçção: publica civil e religiosa, fazendo toda a-despeza conx. pativel co.m suas forças pára :coaseguir. ò ter bons Clérigos-, e para os alimentar depois de erripregados no serviço'ecclesiastico. Que sejam alimentados.digo (e isso não vai louge da ordem dó dia), alimentados^ e não pagos, como bontem se disse nesta casa, af» firmando-se que são propriedade dos Clérigos'os seus benefícios ,^e-os rendimentos delles. Doutrina esta que muiíõ offendeu os meus amigos, porque• offende a doutrina ortodoxa doGhristianismo, offende a raa-v xima do Evangelho =grati-s.accipisií graíes deitei serviços espirituaes não se vendem, não se pagam. Quewque o Estado á sua custa promova a instrue-çâo"-doCiero, que ao depoià o aiimente, porque-ins-c t r u ido , e--meramente alimentado, não;;póde haver' grande receio de que elle faça a-Hiança corn o despotismo para opprimir as nações, como hontem -se1 disse nesta casa, que. o Clero fazia sempre. Al^uma-s vezes 'O tem feito, é verdade, porém muitas vezes te m bem , e em Portugal temos exemplos, elle em consequência de'sua ignorância e riqueza se te m posto e.m .guerra com governos de toda a forma, sejam despóticos'-ou liberaes; porém muito mais quando Hberaes, ou que se jactam de liberaes, que muitas vezes são mais despóticos os. governos que dizein ré-ger-se por constituições. Animado destes deseios, querendo que o Clero, e mesmo a mocidade dacfoei1-lês sitios seja como convém educada, eins.trnida, arrancada da ignorância que hoje os opprime, vi na mesa a dita representação. Mas por sua leitura me convenci logo da impossibilidade de por simi-lhante'meio se conseguir o fim, e bom resultado que se pertende. Quanto ás rendas -de que era sustentado aquelle Seminário, que na representação se pede -i-que se-torne a abrir -^consistiam em doze'Capei-las incorporadas na Casa -do Infantado, e das quaes a administração foi cediéa aos-Padres dá Congregação da Missão, que administravam aquelle R. Se^