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via ainda um outro de mui grave .importância que rsauitos nobres Deputados sabem qual e' (e que certamente a Camará ,náo quererá que agora o appré-sente) e por isso e' que. essa concessão teve logar sern disputa alguma ; e-eis aqui -á razão de differen-ça entre uma e'outiwa. Mas díz-se «é preciso que a proposta do Governo seja Constitucional e que a rã-aao do bem do.Estado exija essa concessão: e não será Constitucional esla proposta ? A ;Constituição no artigo 52 diz. « N'os casos em que;o bem do Espado exigir que algum Senador ou Deputado saia das ;Côrtes para outro serviço , a respectiva Gamara o poderá auclorisar:» Se o Governo diz na sua proposta que a razão do ;Estado exige que um nobre' Deputado saia para ser empregado em serviço publico no AlgarVe, é evidente que ella está feita na forma da Constituição, e foi constitucionalmente appresentada: bastante me admirou que um distire-cto membro desta Assembléa na primeira Sess'ão erii que/ se encetou esta discussão, dicesse u que era preciso entrar no camzVzho Constitucional! » é verdade que elle se explicou hoje, e muito bom foi que se explicasse , porque sem a sua explicação, de certo que.a minha admiração continuaria; e com todo o fundamento, não seria só a minha, mas à de todos aquelles que soubessem o que a Constituição diz, e o modo porque a proposta foi .appresentada; e!le hoje, como disse, explicou o sentido das suas palavras e se bern me lembro disse que essas paía-vras se redimam, ao modo, ao Aquando, e-.aos motivos da concessão pedida j mas, Sr. Presidente, também me parece que pouca razão tinha oillustre Deputado para dizer isto , pois q;ie o Governo ainda Jhe não tinha disputado, nem lhe disputa, nem lhe pôde disputar a analyse , que queira fazer, do co-nio , do quando e dos motivos da; concessão1, que: se pede; e se nenhum dos membros do Governo ain,da lhe disputou isso, a que vem então as pala- ' ( tempo d*entrar no caminho Constitucio-

nal-— ?! Certamente ainda não tinha motivos para tal dizer; e.eu accrescenlp mais, Sr. Presidente, que o Ministério actual jamais hade sahi-r do caminho Constitucional; porque é composto de membros que presam tanto as liberdades publicas como qualquer dos illustres Deputados ; o Ministério actual compõe-se de membros que têem dado tantas^garantias ás liberdades publicas nas circumstancias em que se têem achado, como outro qualquer nas eircumstan-, cias em que se possa ter visto; e certamente, n.ão é o Ministério actual tão falto de pessoas que desde a sua primeira infância tenham feito serviços á liberdade .Constitucional do paiz para que, se possa desconfiar delle; e asseguro, outra vez o repito, que o Ministério actual jamais hade sahir do caminho Constitucional, jamais hade ir para b das arbitrariedades; hade pelo contrario com toda a energia , e cora toda a força que tiver á sua disposição, prover, e darão paiz a tranquilidade de que tanto precisa (apoiados).

Tenho demonstrado que a proposta é constitucional , resta-me simplesmente demonstrar, que a razão do Estado exige que o illustre Deputado que se pe-dio seja concedi do. Exigirá, ou nào exigirá , Sr. Presidente, a razão, ou o bem do Estado, que se aca-'be quanto antes, o mais breve possível, cornas guerrilhas do Algarve?! . . . E não e' para ver se-se aca.-ba/com a guerra do Algarve que b illustre Deputado

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e' pedido?. .. Não este por .consequência, só par isto, bem dem,onstr,ado que a razão .do Estado o exige?.. Mas diz-se, Q é verdade, que o illustre. Depu-> tado não se obriga a acabar com a guerra do Algarve dentro em lò dias, e outro iliuslre Deputado acrescentou — deve ser em íre% dias. .*..". Ora Sr. Presidente, parece-me que shnilhanteobrigação senão'po-de exigir, como já tão bem demonstrou um illustre Deputado, ou por outra, parece-me que não e.deco-

' rozo exigir urna sitnilhante obrigação; e não havia d'hàver jamais, homem, ou memoro do Parlamento, ou mesmo empregado píibiiço, tão mentecapto que se sujeitasse a uma sirnilhante condição ; Sr. Pre-

.sidente se d'essa obrigação depende a approvação da proposta, então jáo,Governo conta com ella rejeita-

, da, porque nernelle, nem o illustre Deputado pedido , se sujeita a siqiilhante condição , e lambem me

•parece que ella não era cousa muito conveniente para figurar n'uma discussão. Nem o Governo, nem a Camará, nem o illustre Deputado, nem homem ne-G.h.uni poderá avançar que hade acabar com aquella guerra; eassi«ncomop illustre Deputado aindaagora muito fortemente se levantou contra o argumento das eventualidades, assim lambem eu me posso agora levantar contra o seu argumento, que e' tambeni d'even-tualidâdes ; iss.o tudo depende do futuro, e o futuro não nos e dado prever; o que unicamente se pode exigi r e que. se façam todas as diligencias, que se empreguem todos osexforços, para que quanto antes se possa pôr termo áquelle flagello:; i,s.so e' o que o Governo quer, o que o Governo deseja, e para conseguir o que pede oillustre Deputado: mas diz-se, esse flageílo pôde ser acabado , ou podem-se fazer os ex-

forcos para o acabar com outroofficial — é verdade que nos não faltão officiaes, e eu que tenho sido sempre admirador do Exercito Porttiguez , a favor doqual tenho sempre fallado no parlamento, como podeín at-teslar as discussões d'etle e as minhas falias que se acham impressas, desde 1834; eu que tenho agora, a honra de me sentar aqui como membro do Gabinete , digo qvue tendo sido admirador do Exercito Por-tuguez , não lhe havia de fazer a grandíssima injustiça desuppôr que só o oíficial pedido seria capaz de fazer exforços para acabar com á guerra do Algarve; mas assim mesmo, Sr. Presidente, sem. negar peri-

"cía, nem,valentia, nem strategia, a muitos e muitos officiaes do Exercito Portuguez, com tudo concorrem circumstancias no nobre Deputado, que fazem com que o Gjoverno o pedisse antes, que a outro qualquer.

Eu vou agora explicar essas circumstancias particularíssimas que concorrem no nobre Deputado.