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easa, é cujos officios de amiáade rnuito se desejam ,; o se recebem, mas a quem se não dá o direito de; intervir nos arranjos domésticos, porque esses pertencem á família da casa, e as queixas do bom , .ou. ináo manejo dos afazeres comrnuns ao casal, sendo originadas entre os membros da família, são regaladas pelo seu chefe; e deste simili o que se pode muito 'bem applicar ao presente caso e, que regular os trabalhos da Camará só pertence ao seu Presidente, e qvie as reflexões, e exigências a tal respeito pertencem também somente aos que são membros delia, qualidade que hoje se nào dá ein S. Ex.a o Sr. Ministro do Reino, sendo por tanto mui vigorosas, e "subsistentes as razões do meu nobie collega o Sr, Seabra. (Apoiados.) ......

Passando agora ao objecto da discussão, cumpre-me dizer que ratifico ainda o que disse'na Sessão anterior, principiando por dizer que o Sr. Ministro da Guerra nào negará, porque é verdadeiramente cavalheiro, que nos disse mui' expressamente ==rque ò Sr. Fontoura ia, coadjuvar = e entào beaí deve deduzir-se que elle não vai tomar o cominando das operações em primeiro, dado mesmo o ca»o que vá commandaí uma força debaixo das ordens do General da Divisão, e neste caso betn se entrevê'quanto será possível dar ao General do Algarve quem o coadjuve , sem ser necessário vir tirar á Camará uru dos seus Membros. Mas, Sr. Presidente, eu entendo que mn coadjuva dor é t-nui a propósito, e mais convenientemente dado, quando essa coadjuuaçâo é sol-licitada pelo qu;e necessita ser coadjuvado, porque nào encontra entre os que tem debaixo das suas or- ./ deus quem seja capaz de o coadjuvar j nào consta porem qife o Sr.Simào Pessoa pedisse tal coadjuva-dor ^ o que certamente aconteceria se entendesse ser-lhe necessário, visto quesendo responsável peloexito' de sua comrnissào lhe pesa muito grave imputação,-se fôrvrnal succedida pela sua ominissão emsollicilar os meios necessários. Entendo pois que estas medidas devem sempre ser tomadas em combinação, e de, accordo com as auctoruiades a quem ellas vào dizer respeito, porque de contrario podem produzir desin-telligencias, e ás vezes acarretam resultados bem pouco favoráveis, o que ainda que não ejde suppor nem dodigno'Coinu>anúanie actual do Algarve, nem do illustre Coronel nosso collega, porque o'bem da sua Pátria é de. ambos o único alvo, comtudo pode acontecer como acontece 'muitas vezes, e acontece nesta Camará, que sendo Lguaes os princípios se dif-fira nos meios de os levar á pratica, resultando d'aqui â possibilidade de dar-se uma desinteliigencia entre Officiaes tão próximos em graduação , e tão igualados em commissào.; Ora, pergunto eu, (e isto nào e tuais que uma curiosidade) se esta hypothese se verificar, e sendo certo que um dosdous terá então de ser removido, qual o será? Eu creio que o posso afiançar, ao menos estou disso bem convencido, .e a escolha para continuar ha de certamente recahir no que foi mandado pelo Ministério, que se acha no poder, e provavelmente aqui irá dar tudo a tina! (apoiado) , embora o Sr. Ministro da Guerra, que na òccasião da sua proposta fazia soar para cada um doi> lados da Camará as expressões, que julgava mais lhes agradariam, se virasse para o Ia io direito quando disse'== que so Governo não tencionava d« modo algum tirar do cominando do Algarve o digno Briga- -deiio Siuião Ptíísoa=: muito obrigatória è a condes-

cendência de S. Exc.a para todos os que apreciam, como devem , os serviços, e qualidades do Sr. Pessoa, mas pouca firmeza se pode fazer em taes promessas : á allegaçào de mudança de circunstancias, que serve de pretexto a tudo, a necessidade de manejar meios para se conseguirem'fois, e.muitas outras cousas pod"ém fazer falhar tão conciMaiorias promessas, e a final a grande razào = o Governo está no seu direito-= vfíin tapar a boca a todos, e.,acabar todas as^questões; e esta e' hoje, sem duvida, quasi a única refíão, e a base da política governativa; dá política, Sr. 'Presidente, que tanto se torna funesta nos nossos dias, porque alçando-se já quasi universalmente sobre as ruínas da justiça, e da moral, lhes vai substituindo o arbítrio, e até o indecoroso, política •) cujos ominosos influxos impregnando1 .ps mesmosThronos, e reflectindo delles sobíe os .Ministérios, diífunde a iminoralidade pelos ,ani,mos dos povos, porque estes não chegando a penetrar nos arcanos de tão tenebrosa política,tsó recebeu^ as impressões, e os effeitos da luimoralidade, imitando os exempjos que se lhes dá, tanto mais facilmente quanto eUtis lhes vem de lào alto, e daqueltes que na sua própria ccaducta lhes devem servir de modelos, verdades estas que se não podem contrariar á face da historia do século, e de que desgraçadamente se apresentam tão flagrantes documentos.