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O Sr. Gorjdo: — Mando para a Mesa uma Representação da Camará Municipal de Grandola, a qual expõe a esta Camará os graves inconvenientes que sobrevirão não só da extincçâo do Terreiro publico, pore'm mesmo do Projecto de reforma da-quelle estabelecimento, apresentado na Camarados Senadores em Sessão de 27 de Abril; e recommenda a maior atlenção sobre o projecto de tanta transcendência. Por esta occasião considerarei que todos sabem quasi geralmente o abandono em que se ' acham as estradas publicas do reino; uma das que mais se recente deste abandono , é a estrada que conduz desta Cidade para as caldas da Rainha, estrada que na estação em que entramos, é muito frequentada.

E' sabido de Iodos que me ouvem, que uma das bondades daquella estrada principalmente nos sítios ermos , eram as fontes que davam grande commo-didade aos viandantes, entretanto na distancia de quasi sete legoas acham-se inutilisadas pala maior parle, essas fontes publicas que haviam, sendo mais para sentir n'aquella parte aonde não ha poços e, no tempo do verão, nem ha regatos, isto não só incommodo para os viandantes, mas ate' de grande prejuiso, muito principalmente por causa dos animaes que condusem gente, fe transportes, por isso que não lêem onde possam beber agua. Eu.sei que a despeza que se poderia fazer paia o sou reparo e muito módica, pelo menos em compararão com a utilidade publica; creio que não e\cede a 600$ réis, ou eu calculo muito mal; por isto faço o seguinte requeiuuenlo, (leu. dar-se~ha conta na segunda leitura."] Bem sei que o Governo tem traclado de ver se pode reparar a estrada , o que já se acha' comettido á repartição do cenlio das obras publicas, entretanto, como e pequena a dospeza, sempre faço o meu requerimento para activar este objecto.

O Sr. Cardoso Castello Branco: — Mando para a Mesa lima representação da Camará de Coimbra na qual se pede se conceda o sello á Alfândega da Figueira da Fo%. Peco que este requerimento seja remettido á Coinmissâo competente.

O Sr. Alberto Carlos: — Mando para a .Mesa uma representação da Camará da Figueira da Foz pedindo acerca do extincto Convento de Santo António daquella Villa, para Cemitério, e casa de audiência. Quando for tempo eu darei as razoes em que se funda este pedido, por que- tenho disto conhecimento bastante.

O Sr. JWidosi: — Mando para a Mesa um reque-limento dos Lavradores do termo de Lisboa, os quaes reclamam a reforma do terreiro publico ; estes Lavradores têem um requerimento na Com-missão de Fazenda, que creio veio remettido do Governo. Esta reforma e de grande interesse, tanto para os Lavradores do termo , como para os de toda a província, os quaes solTiem vexames e pre-juisos, polo actual systema do Terreiro, que tern regulamentos obnoxios para a agricultura. Devo porem ponderar á Camaia.que na outra sala co-Ie-gislativa ha urn piojecto de reforma que estú acabando de se discutir, por isso não poderemos entrar nesta matéria até que este se appiesenle: de mais na Commissão de Fazenda existe uma pioposta minha sobre as vendagens, deve-se pois remetter á mesma Commissão este requerimento, para ser to-

mado em consideração quando vier a Lei da Ca-mara dos Senadores.

O Sr. Teixeira de Moraes: — Sr. Presidente, acabo de receber e vou mandar para a Mesa duas representações; uma da Camará Municipal de Villa Real, e outra da Camará do Concelho de Santa Martha ; as quaes falando ambas no mesmo sentido; e ate' a mesma linguagem, fazem uma tristíssima exposição do estado de miséria, e de ruina em que se acha aquelle malfadado paiz do Douro; a Camará de Villa Real pede providencias, que facilitem a exportação dos Vinhos do Douro para os seus cultivadores não perecerem de fome, ou não serem obrigados a abandonar, e entregar as suas propriedades aos Exactores Fiscaes, por não poder rem pagar as contribuições, e impostos.

A Camará de Santa Martha pede, que seja adoptado, e approvado por, esta Camará o Projecto apresentado na Camará dos Senadores pelo actual Ministro da Justiça; aquém rende o devido elogio.

Peço que estas representações vão remettidas á Commissão Especial dos Vinhos, e a esta, rogo a V. Ex.a que convide para apresentar o resultado dos seus trabalhos no menor espasso de tempo que lhe for possível, a fim de applacar de alguma maneira a desesperação em que estão 05 Lavradores do Douio.

O Sr. Sá Nogueira:-— Mando para a Mesa o seguinte requerimento (leu, e dclle se fará, menção na segunda leitura.}

O Sr. Presidente: — Ha muitos similhantes ins-criptos, mas a hora está muito adiantada e por isso pnrece-me que devemos passar á ordem do dia.

O Sr. Ferreira de Castro: — Eu cedo da palavra, era uma representação, mas a hora está muita adiantada.

O Sr. Alheira: — Sr. Presidente, mando para a Meza Um requerimento, que é o seguinte.... (leu 9 e se dará conta na segunda leitura)

E ngora, Sr. Presidente, aproveitarei a occazião para fazer um outro requerimento, mas para isso direi sóduas palavras para o motivar. Serei breve; não cançarei a Camará.

Sr. Presidente, disiribuio-se aqui, á dias, 'um contracto celebrado entre o Governo de S. M. e o Coronel Lucolte, para a construcção daseslradas da província do Minho, construcçâo, sem duvida, da maior transcendência, e que deve marcar^uma nova época para aquella província.

A província do Minho, Sr. Presidente, é talvez a província de Portugal que tem piores estradas; e sendo ella, como na realidade é, a mais populosa, a mais fértil, e no seu tanto, a mais commercial, e também aquella que mais direito tem a ser primeiro contemplada debaixo deste ponto devislu. Bern haja pois o Governo que tanto se interessa na sua prosperidade.