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deceasores sobre um assumpto, o qual não ha nenhum fora do Paiz frrais-.importante, e pelo $er é que justamente ba do ter prendido a a Menção do nobre--Mi* nislro dos Estrangeiros; a«sim como eu sei que for-ma o principal empenho das Mrésôes de que se acham encarregados os nossos Ministros no Brasil, e nos Es-tados-Unidos, e a cujos esforços empregados para ò bom êxito das ordens que se lhes tem dado, eu serei o primeiro a prestar aqui um testimunho do meu reconhecimento pela parte que nisso me cabe como súbdito desta Nnção a que todos nos gloriamos de pertencer.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Visconde de Almeida Garrctt):—Não tive á satisfação de ouvir o illustrc Deputado na sua exposição, pó-rt{m eHc fez-me o particular favor do repetir os tópicos principaes dessa exposição. Parecê-mé que ò Requerimento tal como está formulado nâò pôde à Ca-rnara desejar que seja attendido em toda a sua cx-lensâo. Ve-se da exposição feita pelo illustre Deputado, que só tracta de um negocio que pende, que não está decidido; e nem elle, nem a C.umirâ pôde deixar de reconhecer que um negocio de lanlo interesse, e que lhe posso assegurar que está activado com o maior zelo, não só por mini, senão pelos meus Antecessores, e por todos elles sem excepção de nenhuitij mas que hoje se tracta com mais actividade do que nunca, não pôde ser conveniente nem para a Camará, nem para o llluslre Deputado, nem para a Na* Ção.nom pnra os interesses do Commercio que as Notas e respostas respectivas a essa negociação scjain patentes desde já (Apoiados).

Eu intendo que rara e a negociação cujos documentos não devam ser presentes ao Corpo Legislativo, rnns que não ha só uma ern que essa apresentação soja conveniente em quanto a negociação não tem um successo, ou senão desespera delia cqrnplela-mente (Apoiados).

A Camará lenvmuito senso, conhece muito os negócios e os verdadeiros interesses do Paiz para desejar e exigir urna cousa em que a Nação não pôde ganhar nada, e sim perder. Esta questão acliva-sè, e e' um dos objectos de que me tenho occupado no curto espaço dn minha estada na Administração. E digo mais, ainda que ò logar não e próprio, mas pcrmit* ta-me a Camará este desabafo, nós somos nina Potência que poucos negócios graves políticos tem corri as outras; que rara e mui pouco importante parle pôde tomar nos negócios políticos; mns que leni negócios commerciaes e industriaes, em que interessa o verdadeiro progresso do Paiz, com potências Estrangeiras, para osqunes e preciso muito cuidado e muito zelo, mas que infelizmente tem muilo poucos Agentes para estas negociações, porque o nosso Corpo Consular não está organisado como devia ser, nom tem os meios de obrar como devia ler (Apoiados), Conviria anles que tivéssemos Feitores Commerciaes em Iodas as parles commerciantes do Globo como nos primeiros tempos da Monarchia, do que Cônsules com meio caracter diplomático, com suas fardas muito bordadas, mas com muilo pouco dinheiro e com muito pouca acção (Apoiados).

A Inglaterra prohibiu nos seus Cônsules o poderem negociar, e a França acnba de fazer o mesmo, porque quer que os seus negócios sejam Iraclndos e dirigidos -por homens experimentados, c nós não temos mais do que quatro ou cinco destes homens em

todo o Mundo. Isto não se podo fazer agora; mas deve tomar-se em consideração para se fazer quando puder ser; e no entretanto ò Governo com os poucos meios que tem, fará o que puder.

O Sr. Morae» Soares:— Ett estimo muito que o meu Requerimento proporcionasse ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros e ao Sr. Lousada õCcawâo para explicarem á Camará o quê ba a este respeito, isto é, tanto quanto nas circurnstancias quê pondera o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, Je 'pôde saber. Ha dias que eu dirigi uma Nota de Interpel-láçãò para a Mesa a fim de saber o que havia com relação ás "reclamações de Inglaterra, e mesmo ás que o nosso Governo tem feilo a respeito dó comrnercio dos vinhos, e annunciei esta Interpcllação porque intendo ser esta matéria a de maior gravidade para o Paiz.

. Segundo as noticias que lenho recebido de diversas partes, o comrnercio do vinho está paralisado péla in-certesa que ha, porque senão sabe qual será a solução quê poderão ter estas reclamações ou negócios pendente?', e islò causa gravissimos damnos nó Gom-mercio; e tanto assim que a exportação pela barra do Porto tem diminuído considerávelmente, o que tem alterrado b paiz vinhateiro do Douro, e Iodas às terras visinhas. Portanto intendo que nnb ha objecto hoje que reclame lanlo aattençâo do Governo e desta Camará como este negocio (Apoiados).

Ora, o Sr. Lousada, por occasiàó dê fàllar. nesta matéria, deixou entrever que alludiu lambem ao modo porque sê, está praticando o nbominoso trafico da escravatura branca, porque é preciso quê sê saiba que ha também escravatura branca ('O'Sr. Lousada: ~ Eu não usei de similhanlc expressão) uias ré feria'-sé a r?tn emigração (O Sr. Lousada: — Peço cm nome dos próprios infelizes Portugueses quê para lá vão que sé lhe não de esse nome). Mas dou-lho eii, Sr. Presidente ; quando eúi todo ó Mundo se estão fazendo os maiores esforços para acabar corri acscravatuiá dos negros, não devemos nós consentir a escravatura do nosso Paiz—escravatura — porque cú sei que muita da gente que sáe das nossas províncias, soffre mais que os escravos dos sertões, c então e preciso quê sê pó-nhn cobro a isto. Confio nos esforços do Governo ; sói também que o Governo tem empregado todos os meios para obstar n esse mal, que não d possível estorvar de um dia para outro; iriasi nó entretanto cumpro o meu dever chamando a ullençãó do Governo sobre este negocio.

Em quanto á expressão que usoi de direitos dijfe-rcriciaes no Requerimento, referi-me á documentos ofíiciáes em que elle se encontra ; e meímo porque intendo que neste caso seda um verdadeiro diréilo difterencial. Eu sei rhuitó bem que 6 imposto dê entrada c saida só pôde assentar sobre três dados — volume, peso e valor — mas intendo que se faria um serviço no Paiz se acaso se tornasse por base o volume, porque a dos valores é flucluante, e a do peso e alterável de um momento para oulro.