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serna para desejar; mas entre nós essas publicações não podem ser feitas com a mesma facilidade, com que são feitas em outros paues: em primeiro logar, o nosso systema de administração de alfandegas não está tão bem montado como em outros paizes; cem segundo logar, as nossas vias de communicação não do luo faceis, para que de um momento para outro e possa fazer esse apanhado de todo o movimento das alfandegas. E necessario attender a que não lemos os meios que tem os outros paizes á sua disposição — os nossos meios são ir dos mais pequenos. Entretanto eu não sei se se publicou a estatistica de março; não tenho certeza, mas tenho idea que rim.

O nobre deputado sabe que um dos trabalhos mais attrazados entre nós e o trabalho estatistico, e o ministerio tanto reconhece que este trabalho e muito importante, que já mandou estabelecer em cada uma das repartições do ministerio de obras publicas, commercio e industria, uma secção de estatistica especial. Tem-se procurado colher todos os dados que é possivel não só do paiz, mas fóra do paiz pelo que respeita ás nossas relações exteriores quanto ao commercio; mas por ora não e possivel haver um trabalho completo. O governo tem-se empenhado em apresentar estes dados que já tem colhido, mas o nobre deputado sabe que estes dados aos retalhos não provam nada, não podem sei vir de illustração a ninguem. Comtudo eu estou prompto a apresentar a camara todos os dados que reconheça que podem servir de algum esclarecimento aos nobres deputados, o que o governo puder ter ao seu alcance.

O sr. Nogueira Soares: — Sr. presidente, no sabbado quando aqui se apresentou o contracto de obras publicas, eu pedi a v. ex.ª que convidasse o governo a remetter a esta camara os trabalhos do engenheiro Dupré sobre este assumpto, que tinham sido impressos, relativos ao caminho de ferro de Lisboa á fronteira de Hespanha, e mais especialmente sobre o caminho de Lisboa a Sacavem. A camara votou que viessem esses trabalhos; mas esses documentos ainda não bastam. Nós precisamos instruir este processo com todos quantos esclarecimentos possamos lei, para que a camara possa votar com todo o conhecimento de causa — por isso eu mando para a mesa este requerimento que é de summa importancia (Leu).

Aproveito esta occasião para mandar igualmente para a mesa uma representação da camara municipal de Barcellos, na qual pede ao governo lhe conceda uma casa, que foi adjudicada á fazenda publica e que leiu sido posta em praça por duas ou tres vezes, não tem achado comprador. A camara representante explica as vantagens que podem vir ao municipio desta concessão, no qual quer estabelecer um quartel para alojamento de tropas — por isso peço a V ex.ª que tenha a bondade de dar a direcção conveniente a esta representação.

O sr. Presidente: — Tanto o requerimento, como a representação lerão ámanhã o competente destino.

O s. Palma. — Sr. presidente, pedi a palavra simplesmente para dizei ao nobre deputado, meu amigo, que aquelles esclarecimentos a que se referiu, e mais alguns, nós já hoje os pedimos ao governo, por uma deliberação tomada na commissão, para esse mesmo fim.

O sr. Nogueira Soares — Sr. presidente, o illustre deputado o sr. Palma, por parte da commissão disse, que tinha pedido ao governo os documentos, de que tracta o requerimento que mandei para a mesa, por isso limito-me a pedir a sua impressão, para serem distribuidos na camara. A remessa só, não satisfaz; não pode servir senão para a illustre commissão, mas eu quero-os, para que todos nós tenhamos conhecimento delles. (Apoiado) Por isso eu insisto que v. ex. consulte a camara sobre se consente em que esta consulta que eu peço do conselho de obras publicas e minas seja impressa, quando vier, e se distribua com o parecer da commisão.

O sr. Presidente: — Na occasião em que viciem os esclarecimentos pedidos, consultarei a camara.

O sr. Maia (Carlos): — Mando para a mesa o seguinte requerimento. (Leu.)

Ficou sobre a mesa para ler ámanhã o competente destino.

O sr. Arrobas: — Sr. presidente, mando para a mesa um parecer da commissão de malinha, sobre a proposta do governo, para a fixação da força de mar.

Ficou sobre a mesa, para ter amanhã o competente destino.

O sr. José Estevão: — Sr. presidente, mando para a mesa uma representação da camara municipal de Penalva d'Alva, districto da Guarda, em que pede á camara que haja de determinar a quantia que foi necessaria para que por conta do estado se mande concertar uma ponte perto do mesmo concelho, cujo estrago affecta as communicações geraes daquelle districto.

Mando igualmente para a mesa uma representação dos habitantes da freguezia das Cabias de Vizella, e suas visinhanças, do concelho de Guimarães, em que pedem que com maior promptidão se mande acabai n estrada do Porto a Guimarães.

ORDEM DO DIA.

O sr. Presidente — Entrou-se na ultima sessão na discussão do projecto n.º 28, porque não estava presente o sr. ministro da fazenda. Agora que s. ex.ª está pi escute, devemos passar ao projecto n.º 31; no entretanto achando-se inscriptos sómente dois srs. deputados, sobre a generalidade daquelle projecto, se a camara conviesse em continuar na sua discussão da generalidade, dentro em pouco tempo acabava, e passava-se logo ao projecto n. 31.

O sr. Vasconcellos: — Eu peço a palavra sobre a generalidade do projecto 11. 23.

O sr. Presidente — Então não podemos proseguir nesta discussão; vamos ao parecer n.º 31. (Apoiados)

É o seguinte

Parecer (n.º 31.) — Senhores: A commissão de commercio e artes examinou attentamente o projecto de lei, apresentado a esta camara, na sessão de 8 de abril, pelo sr. deputado Antonio dos Santos Monteiro, e lendo ouvido, na conformidade da vossa resolução, a opinião da illustre commissão de fazenda sobre a doutrina do mesmo projecto, vem hoje apresentar-vos, o seu parecer.

O projecto do sr. Santos Monteiro tem por fim fazei novamente reviver a disposição do artigo 3.º da carta de lei de 30 de janeiro de 1851, quando elevou a 1$000 réis o direito de exportação de cada mano de pinta em bruto, barra ou quebrada, revo-