O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

SESSÃO DE 5 DE JUNHO DE 1885 1987

Não votará, pois, toda e qualquer moção em que, mais ou menos, claramente transpareça a idéa de benevolência para com o governo.
Actos como aquelles que o sr. Emygdio Navarro e outros descreveram á, camara precisam de ser condemnados, se não quizermos que a pouco trecho o sr. ministro do reino substituía a sua tutela á aceito dos podei es do esta do, e estabeleça por sua própria conta a tyrannia em uma cidade sujeita ao regimen liberal, que a constituição consigna e manda respeitar.
(O discurso do digno par será publicado na integra guando s. exa. devolver as notas tachygraphicas.)
O sr. Presidente: - Estão sobre a mesa seis moções, e como todas concluem por se passar á ordem do dia, têem de se votar pela ordem por que foram apresentadas.
A primeira é a do sr. Elvino de Brito, a segunda a do sr. Azevedo Castello Branco, a terceira do sr. Eduardo José Coelho, a quarta do sr. Marçal Pacheco, a quinta do sr. Emygdio Navarro e a sexta do sr. Luiz do Lencastre.
A votação começa, portanto, pela do sr. Elvino de Brito.
O sr. Eduardo José Coelho: - Peço licença para retirar a minha moção.
Foi retirada.
O sr. Presidente: - Vae ler-se a moção do sr. Elvino de Brito para se votar.
É a seguinte.

Moção de ordem

A camara, lamentando que o governo violasse os principios de liberdade e tolerancia, passa á ordem do dia. = Elvino de Brito.
Posta a votos foi rejeitada.

O sr. Presidente: - Segue-se a moção do sr. Azevedo Castello Branco.
Leu-se. É a seguinte:

Moção de ordem

A camara, satisfeita com as explicações do governo, passa a ordem do dia = José de Azevedo Castuto Branco. Posta á votação foi approvada.
O sr. Presidente: - As outras moções consideram-se prejudicadas.
Occupou a cadeira da presidencia o sr. Luiz de Lencastre.
O sr. Presidente: - Continua-se na ordem do dia e tem a palavra, que lhe ficou reservada, o sr. Consiglieri Pedroso.
O sr. Consiglieri Pedroso: - V. exa. faz favor de me dizer a que horas fecha hoje a cessão?
O sr. Presidente: - As cinco horas da tarde, por isso que tem de haver sessão nocturna.
O sr. Consiglieri Pedroso: - Restam, portanto, poucos minutos e v. exa. comprehende a posição embaraçosa em que estou para tomar a palavra, visto não me ser possivel concluir hoje as considerações que tenho a fazer ácerca da questão do Zaire.
Já hoje, tendo começado a usar da palavra para continuar no meu discurso, fui forçado a interrompei o em consequência do incidente de que a camara se occupou e que durou duas horas.
Agora teria de interrompel-o de novo e por isso, não desejando estar durante três dias a usar da palavra, pelo menos apparentemente, pedia a v. exa., que, a exemplo do que já se tem feito, permitia que eu deixe de usar da palavra durante os minutos que faltam para dar a hora, ficando-me reservada para amanha.
(S exa. não reviu.)
O sr. Presidente: - O sr. Consiglieri Pedroso, que já fallou em outra sessão, e que hoje interrompeu o seu discurso por causa do incidente de que a camara acaba de occupar-se, acha mais prudente continuar amanhã o seu discurso.
Por consequência eu tenho de consultar a camara.
Os srs. deputados que são de opinião que o sr. Consiglieri Pedroso tique com a palavra reservada para amanhã tenham a bondade de se levantar.
Decidiu se afirmativamente.
O sr. Tito de Carvalho: - Por parte da commissão dos negocios externos, mando para a mesa o seguinte

Requerimento

Requeiro, por parte da commissão dos negocios externos, que lhe seja aggregado o sr. deputado Guilhermino de Barros. = Tito de Carvalho.
Assim se resolveu.

O sr. Presidente: - A ordem do dia para amanhã é a continuação da que estava dada e mais os projectos n.ºs 101 o 102 e para a noite o projecto n.° 109.
Está levantada a sessão.
Eram quatro horas e três quartos da tarde.

Redactor - S. Rego.