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* a certeza de que hão de ser chamados para qualquer serviço que se queira estabelecer. Rejeito, Sr. Presidente, a idea de se entregar á Administração dos Corpos massas para pão, etape e forragens, porque o conhecimento que adquiri do que e' o Com-missariado, e do que são em geral esses Conselhos, faz com que tenha essa medida ou por lesiva para a Fazenda Publica, e prejudicial ao soldado, ou de graves inconvenientes para o Governo.

O Plano apresentado pela illustre Commissâo de Guerra que quer que os Conselhos de Administração organisados segundo o que se determina na Ordem do Dia n.° 7, de 14 de Fevereiro ultimo recebam o pret, e administrem massas para pão, elape, e forragens pelos preços que se lhes estabelecerem no Orçamento, as qtiaes serào distribuídas ao soldado, ou pagas em dinheiro, parece incrível que rTeste Paiz, onde as medidas dos sólidos são tão variadas, onde os preços dos géneros differem tanto, e onde finalmente as colheitas são tão incertas, que a Com-missão entendesse que as Cortes se achavam suffi-cientemente habilitadas para estabelecerem massas para pão, etape, e/orragens seis mezes antes das colheitas, sem podeiem contar corn a abundância, ou escacez do atino, nem com a eventualidade do •movimento dos Corpos; porque taes sítios ha, onde a massa para o pão seria excessivamente calculada a 2ô reis, como na Beira Baixa, e ern outros sitins da Fronteira , em quanto não seria bastante em Lisboa 40 réis, nem 45 em muitas outras povoações do interior. Mas não é assim, a Commissâo de Guerra reconheceu todas estas difficuidjde, preveniu-as mesmo ,-determinando que o pão fosse entregue ao soldado em espécie, ou pago cm dinheiro segundo mer lhor convier j o que equivale a dizer-se que se a massa para pào bfferecer lucro aos Conselhos Administrativos dos Corpos, contraclando o fornecimento ern espécie, seria esse o syslema preferido; mas se a massa não chegasse para o custo do pào, n'e3se caso dar-se-ía em dinheiro ao soldado, isto e', dar-se-lhe-ía uma quantia , com a^qual elle nào poderia comprar o pão necessário para seu sustento, lista disposição do Projecto c horrível, nem esta Camará pôde querer sancciona-la com desprezo das Leis, que assim comoexigem dosoldado um serviço duro, e arriscado, assim também lhe devem assegurar a subsistência, e empenharern-se por milhares de providencias, em que essa subsistência lhe seja fornecida de boa qualidade, é ern peso certo. Eis-aqui pois uma consideração jque de per si só me levaria a votar contra o Piano em discussão ; porque tenho para tuim que o 'primeiro dever do Governo, é velar pelo bom ira-ctamento do soldado, não consentindo que elle arruine a saúde, e vá entulhar os Hospiiaes, onde mais tarde tem de p^gar bem caras essas economias, que tenho por urruinadoras da disciplina do Exercito, e só proveitosas para os Conselhos de Administração, se éque a eilês ficam pertencendo, como devo crer, pelo silencio do Projecto, e pelo que se está actualmente praticando, as sobras das massas, quando as haja.

Mas, Sr. Presidente, não e' só olhado por este lado que o Projecto em discussão é prejudicial ao soldado. No systema das massas entregues á Administração dos Corpos, ainda ha outrn circuinstancia que o repelle. Que garantias se dão ao soldado, de que se 4he nào ha de fornecer pão de má qualidade?