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das partes, aqual-peço que seja apoiada, e appro-tada por esta Camará—O Deputado por Coimbrã -^Guilherme Henriques de Carvalho.

Sr. Presidente , toda a Camará- estafa conforme na importância e urgência desta representação, e então não terão duvida em apoiar e>"approyar o meu requerimento.

O Sr. Alberto Carlos: — Sr. Presidente, para a Cama-ra'avaluar a urgência do negocio, basta que saiba que-no ukrmo atino faleceram em Coimbra á08 Expostos ;-sófíosqne entraram, escaparam 9,; e um açougue da humanidade isto por falta de dinheiro-, por miséria, e por senão ter cumprido uma lei. Eu estimaria qi}e estivesse presente "o Sr. Ministro da Fazenda, para que elle ouvisse as instancias desta Ca-mara, para que se dê cumprimento á lei, porque não ha pretexto algum para que uma lei vigente se não execute ; desejava q"ue o (Sr. Ministro estivesse presente, e que se demorassei, ate elle chegar, a discussão deste requerimento; 503 vitimas reclamão uma providencia prompta.

O Si\ Pre&idenle:— A sua opinião está prejudicada cora a resolução de que o • negocio e' urgen-te.

O Sr. Sá JVogncira: — V. Ex.a disse que a opinião do Sr. Deputado que acaba de fallar não era admissuel por isso que a Ca aia rã ti n lia declarado urgente o requerimento do $i', Deputado por Coimbra, .muito bem ; esse requeiiraento 'é de muita importância, a Camará decediu muito bem a meu ver, ora agora eu approyo o requerimento HO q-ue diz respeito a pedirem se esclarecimentos a'o Governo, e para que se lhe iccomende que execute a lei', ou que a faça executar, agora tnrlo quanfo-e 'épi-niào desta Camará sobie a matéria, não acho conveniente ; e apesar da attenção q'ue dei a eáse* requerimento não pude entender muito bem, mas parece-me que ha uma parle, em que se intrepôe uma opinião da parto da Camará, se e' CORTO eu percebi, essa parte neste sentido eu a rejeito (oSr. Piesfidentr), As expressões a que se refere o Sr. Deputado são estas—(contrariou o sentido e a ba*e da, lei") — ahi e' que eu me opponho a uma opinião' em 11 tida p.ela Camará, eu approvo o requerimento1 para que o Governo faça execuiar a lei, o paraq'.ief se pecam os esclarecimentos de que Irada o Sr. Deputado; esta questão e'da maior importância: questões desta natureza hão de vir todos es dias; aqui; e necessário não prejudicar a matéria parn a qual se carece uma medida geral; esta medida não se pôde tomar cie repente, isto depende de esclarecimentos, a meio mais prompto para isso seria exercer o direito que nos confere a Constituição, for-m-ando Commis-òes de inquérito, para examinar o estado das Misericórdias em todo o Reino, e d/»s Expostos, ou que se recomende ao"Governo qu-e forme Conmnssòes destfs, paia- examinar os f ar l o s, e não para si; melterem entre 4 paredes e dizerem o que lhe parecer, mas virem no conhecimento do? factos e aplicar ao mal o remédio; o que nós sabemos e que a mortandade dos Expostos e lionivul, que morrem mais de metade dos que entram todos os nnnos ; para remerhar islo eu proporia que se formassem Com missões de inquérito; mas estando a Sessão, con^o esta, minto adiantaria:, eu pediria que se recommenclasse ao Governo foimasse estas Com-missões, para que na Sessão seguiu lê, elle proponha um projecto de reforma, tanto das mizericor-

dias, como d'Admirtístração Geral dos Expostos, para ver se de. algum modo nós poderemos evitar esta mortandade horrível q-ue ha todos os dias; f; limito-me unicamente a" {fazer lembrar isto, e mandarei para a-Mesa a mirih-a proposfa. Aquestão e' muito milindrosa, ernais do que alguém supõe ; devemos observar que nos Paizes estrangeiros onde se tem estabelecido as rodas de Expostos, 'morrem mais destes, do que nos Paizes onde as não lia; á factos minto recentes a este. respeito , á um Pau que por ser bárbaro, não tinira rodas de Expostos, depois que este Paiz formou parte do Tmperio Fran-cez , e_se estabeleceu o Sistema' de Admin-istração dos Expostos como em França, o que aconteceu foi o morrerem mais do que q irando não exeslia Administração, isto e para mostrar o quanto a questão e delicada, e que se não jjóde resolver de salto, le-mitome a fazei estas observações', e a declarar que approvo o requerimento no sentido que fallei, e a lembrar que seria conveniente a nomeação dessas condições.

O Sr. Presidente do Conselho: —Eu não me opponho à que o' requerimento seja remettrdõ ao governo, más ò mesmo Requerimento aponta que ha rrlguma contradicçàò"na Lei: mas não* e este o objecto prinèipal por que eu pedi a palavra , mas sim para pedir a V. Ex:.a quèvfizesse o favor de convidar a iriusftfe Gonímfôsào de-Fazenda para dar o seu parecei' sot>fes o- modo de utilisar-se a decima vencida, metltódo'ésWPníleèkfo no projecto apresentado pei# 'SrV -líflftiiâtro tia Fazenda; á falta de melòí, e á necessidade de os appticar á divida recente e ma'Í3 urgente e' devida a causa destes males qu"e sé larriéMífrit-j'?" que èfi tarríbem lamento como qtiaiqtoer Sr., Dé^faxho, porque não pôde deixar de ser lamentada.-

O Sr. Presidente: — O Sr. Ministro pede que a Commissão de Fazenda dèo seu parecer sobre o projecto a que alkidiu.

Umci voz. —- Está rios Senadores. Fozes. — não lia projecto scíbre sãimiliianfe cousa. -

O Sr. Presidente do Conselho: — Creio que o meu eolltiga' teu esse projecto quando o outro dia cipiesentou dois.

O S-i. Romttr: — Não ha projecto nenhum sobre tal matéria ; um dos projectos que se apresentou foi para a venda dos bens onerados; e outra para a- venda de!lês e'm geral.

O Sr. Ferrer: —' (sobre a ordem.) Eu antevejo que a Camará estará concorde cmapprovar o reque-umento; e um negocio de vida, ou de morte; então discutir uma cousa em que todos estão concordes, é escusado; e por isso parece-me que estamos nos teimos de julgar a matéria discutida.

Tendo o Sr. Presidente, consultado a Cfirríara, esta decinui que a mataria estava discutida.

O Sr. Presidente p o z o lequei imento á votarão e f f i i ajjj)rovado , salva a redacção.